Arquivo para Sulanca - Rodolfo

Entrevista com Jorge Feitosa, o cão de Inácio

Dedico esse ajuntamento em especial à São Jorge e a Ogum. Invisíveis reverenciados, por entre tantas dádivas, como guardadores da forja, do metal, da cutelaria. Afinal, a tesoura forjada em metal que uso para desenvolver o meu ofício é um instrumento de libertação para mim, desde a infância.

Registro fotografico: @agfotosite / @marcelosoubhia
Casa de Criadores 54ª edição – Ajuntamento #01|2024

Participando em mais uma edição do evento de moda Casa de Criadores em São Paulo, o santacruzense Jorge Feitosa segue sendo um expoente da moda baseada na cultura da Sulanca. Caminhando para evolução de suas narrativas nas roupas que costura, Jorge se ver agora como artista no que faz. Um novo passo destrinchado nessa entrevista que ele concedeu ao blog contando tudo sobre o seu momento e sua nova coleção intitulada: O Cão de Inácio.

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Rodolfo: Ano passado, você completou 20 anos de trajetória profissional na moda. Como você iniciou sua carreira e como foi o seu primeiro desfile?

Jorge Feitosa: Ano passado, 2023, completei 20 anos de trajetória profissional na moda, contando como marco inicial o meu primeiro desfile em 2003, que aconteceu no Teatro Municipal de minha cidade natal, Santa Cruz do Capibaribe/PE. O início das comemorações se deu pela realização da Exposição DO PRIMEIRO AO PRÓXIMO, que aconteceu de modo itinerante em dezembro de 2023 por três diferentes cidades de Pernambuco, sendo elas Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru, cidades importantes no Polo de Confecções do Vestuário do Estado e na capital Recife. A ação contou com uma exposição (fotos, looks e meus cadernos de processos), um talk (onde eu contava um pouco dessa trajetória) e um desfile com dez looks representativos do trabalho que venho desenvolvendo, encerrando o evento em cada uma das cidades.

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Rodolfo: Pensando na sua trajetória, o que você considera o alicerce para sua caminhada na moda?

Jorge Feitosa: Ao pensar sobre como alinhar esta trajetória profissional, minha cabeça foi inundada por lembranças das coisas que realizei antes e que foram o alicerce para esta caminhada relacionada com a moda. Principalmente tudo aquilo que está atrelado ao meu universo infantil, já que comecei a brincar com a máquina de costura aos seis anos de idade.

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Rodolfo: Como foi sua infância e como ela influenciou sua carreira?

Jorge Feitosa: Sendo uma criança inventiva, eu vivia montando coisas, como carrinhos de lata, maquetes e livros com papelão, tijolinhos e bois de barro, naves espaciais e casinhas com restos de madeira, roupinhas de bonecas com retalhos. Ou vivia dançando, desenhando, brincando de “escolinha” na calçada da casa onde morava. Eu acabava brincando com tudo isso junto. E por isso mesmo, eu não era bem o modelo de criança que talvez os adultos em volta esperassem que eu fosse. Tido como arteiro, acabei ganhando um apelido da família do meu pai (que se chamava Inácio): “O Cão de Inácio”.

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Rodolfo: Você mencionou que seu apelido tinha a ver com sua inquietude. Como você via isso na época?

Jorge Feitosa: Pelo que lembro, nunca fui uma criança má. Mas, com o tempo, entendi que esse codinome foi dado porque eu não parava quieto, passava o tempo aprontando alguma brincadeira, que na maioria das vezes estava relacionada com a construção e elaboração de algo. Sempre costurando, serrando, colando, pregando, isso tinha a ver com o não acesso aos brinquedos comerciais. Já que minha família não tinha condições financeiras para adquiri-los, eu inventava os meus, em meio a estímulos — “Nossa que menino inteligente!” — ou comentários de desaprovação — “Isso é coisa de menina!”

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Rodolfo: Você acredita que sua infância influenciou diretamente sua trajetória profissional?

Jorge Feitosa: Costumo dizer que tudo que precisamos para nossa vida, recebemos quando criança. Toda ferramenta elementar está lá na nossa infância. Por isso, entendo que, para além de minha trajetória, este desfile/ajuntamento fala sobre todos nós. Sobre o que nos aconteceu quando criança e que nos colocou onde estamos hoje, sejam as coisas boas ou as que não nos deixaram tão contentes assim. Esta ação é um movimento para lembrar sobre o processo de SER, e não especificamente do ESTAR, pois ser professor, ser designer, ser estilista e ser artista, eu já o era, antes mesmo de estar aqui. Afinal, desde criança eu já era um cão arteiro!

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Rodolfo: Você tem uma mensagem para os pais sobre a criatividade das crianças?

Jorge Feitosa: Libertem as crianças do julgamento adulto. Estranho e inadequado é o olhar neutralizador sobre a infinita criatividade que elas cultivam.

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Rodolfo: Como você enxerga esse momento da sua carreira?

Jorge Feitosa: Esse momento é de assunção! De assumir para os outros, pela minha arte, o que cultivo desde sempre. Nada do que se possa ver é novidade, tudo é colheita. Tudo está guardado em mim, num relicário habitado pela minha criança.

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Rodolfo: Falando sobre os materiais que você usou nesta coleção, o que você destaca?

Jorge Feitosa: Sobre as matérias-primas usadas nesse ajuntamento que foram para a passarela da Casa de Criadores 54, além do reaproveitamento da própria produção, utilizei vários artigos da SANTISTA Work Solution – @santistaworksolution – e SANTISTA Jeanswear – @santistajeanswear -, com destaque para o artigo DENIM WORK com a tecnologia NO WASH produzido com algodão reciclado, sem necessidade de lavanderia. O tecido prêt-à-porter. Cortou → Costurou → Vestiu. O Denim da SANTISTA com conceito moderno, sustentável e original.

Conheça mais do trabalho de Jorge Feitosa em seu Instagram: @jorgefeitosa.jf

Sobre Rodolfo Alves

Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.

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A transformação digital do mercado de moda em Santa Cruz do Capibaribe

Como a pandemia modificou as formas de vender no polo de confecções: pesquisa revela mudanças nos negócios da região

Santa Cruz do Capibaribe é considerada a cidade mãe do polo de confecções Pernambucano, com milhares de pequenos empreendimentos de confecção de vestuário. A Sulanca, como ficou conhecida, é hoje parte de uma cultura do trabalho empreendedor na cidade. A produção, surgida com reciclagem de retalhos na década de 1960, diante da geografia seca e os baixos investimentos na economia local, foi uma estratégia de sobrevivência para muitas famílias. 

Imagens de 29 de abril de 2020 – Blog do Moda Center
Filas organizadas para as entregas e despachos serem feitas às transportadoras na reabertura do estacionamento.

Ao longo dos anos os negócios, em maioria, estabelecidos informalmente, tiveram crescimento significativo, trazendo renda para a população local e regional. O processo produtivo que, além de Santa Cruz do Capibaribe, engloba cidades como Taquaritinga do Norte, Toritama, Caruaru, dentre outras, teve o fluxo de desenvolvimento alterado com a Pandemia da Covid-19, nos anos de 2020 e 2021, obrigando o comércio a ser fechado nos períodos de lockdown. 

Moda Center Santa Cruz volta a realizar feiras a partir de segunda-feira (07.08.20)

Os centros de compras que substituíram as feiras populares nas ruas, no início do surgimento da Sulanca, como hoje o Moda Center (gestão privada em condomínio de lojas e boxes) e o Calçadão Miguel Arraes (gestão pública municipal de lojas e bancas) tiveram que ser fechados, ou quando em momentos de menor número de contaminação, passaram a ter abertos somente os estacionamentos, para entrega e despacho de mercadorias que eram comercializadas através de canais digitais como, por exemplo, redes sociais; transformando profundamente a cena da comercialização de roupas feita na região. 

Print com imagem de postagem no blog do Moda Center – toque no link abaixo para ver a matéria completa

Moda Center e prefeitura alinham mudanças após decreto estadual
que suspende atividades econômicas e sociais em horários específicos

Calçadão Miguel Arraes e Moda Center

Ambos os centros de compras são empreendimentos compostos de lojas, boxes/bancas funcionando com logística e calendário de feiras semanais. Os centros de compras são compostos, em média, por mais de 15 mil marcas/pontos de vendas. E comerciantes de várias cidades do Agreste e até de outros estados como Ceará e Paraíba participam da movimentação econômica gerada pela cultura da Sulanca (venda atacadista de roupas nos dias atuais). Link para matéria da foto abaixo tocando aqui.

A pesquisa

Tendo em vista o interesse em mapear as transformações ocorridas nesse cenário, a pesquisa “Transformação digital no mercado de moda em Santa Cruz do Capibaribe – PE” aponta os dilemas enfrentados por atores e atrizes, fazedores e fazedoras da moda local; os desafios de sobrevivência nos piores dias da pandemia; bem como as possibilidades de renovação e também desafios coletivos nas formas de comercializar as roupas fabricadas principalmente em células de produção familiar.

Veja o vídeo da Pesquisa em meu canal no Youtube tocando aqui

Embora a pesquisa tenha um recorte geográfico específico, os dados apresentados são bastante representativos para todo o Polo de Confecções Pernambucano.

Apoio Institucional – Observatório CDL Santa Cruz

em volta de uma mesa estão katyane Michele secretária executiva da CDL Santa Cruz, Bruno Bezerra, presidente da CLD Santa Cruz e Rodolfo Alves, produtor executivo da pesquisa. Ao fundo em uma tela de TV Sandra Roberta participar remotamente ao vivo da Reunião com imagens de relatórios sendo apresentados.
Reunião da CDL Santa Cruz com Sandra Roberta para os alinhamentos diversos da pesquisa – fevereiro de 2022

Atenta aos movimentos transformadores do comércio causados pela pandemia da Covid-19, nos anos de 2020 e 2021, quando todo o comércio fechou, e posteriormente seus desdobramentos em 2022, a CDL Santa Cruz apoiou a realização da pesquisa, a fim de investigar como as empresas da região estavam lidando com as transformações nas vendas; além de querer compreender quais transformações poderiam ser vistas de imediato; e como as ferramentas digitais e as vendas pela internet estavam sendo agregadas por quem fabrica e vende moda na cidade. 

Objetivos da pesquisa

Como parte dos objetivos, a pesquisa pretendeu fazer o mapeamento da cena em transformação com adesão abrupta dos meios digitais para as vendas; bem como observar dificuldades e gargalos deste setor nas vendas online; além de, a partir das informações levantadas, criar espaços propositivos para soluções coletivas e direcionamento de políticas públicas que visem a emancipação digital de comerciantes e lojistas na cidade. 

Fotografia feita durante os dias de realização da pesquisa. Já com as feiras voltando ao funcionamento comum, mas muitos pontos fechados.

Realização da Pesquisa 

A pesquisa foi realizada entre os períodos do último trimestre de 2021 e primeiro trimestre de 2022. Sob orientação metodológica da pesquisadora Sandra Roberta (Cientista Social – Unicamp/SP) e coordenação de campo de Rodolfo Alves, uma equipe treinada esteve em campo para colher as informações junto aos comerciantes. 

O período escolhido para aplicação da pesquisa formata um cenário de crescimento nas vendas justificado pelas feiras de alta temporada (verão e final de ano) e onde a movimentação nos centros de compras aumenta bastante. 

Entrevistadora abordando comerciante nos boxes do Moda Center

3 insights prévios que a pesquisa revelou

1 – Perfil de empreendedores que atuam no mercado atacadista, destacando a participação feminina no trabalho, seja com as marcas e/ou na gestão dos negócios. 

– 2 – Mudanças no uso dos espaços destes empreendimentos, utilizando-os em grande medida para entregas das mercadorias encomendadas por meios digitais. Ou seja, com as vendas online, os pontos de vendas físicos começam a ficar em segundo plano.

– 3 – Em comparação com pesquisa feita pela CDL Santa Cruz em 2017, foi possível observar que a presença digital das empresas no polo praticamente dobrou num intervalo de 5 anos, principalmente pelas necessidades causadas durante a Pandemia da Covid-19. 

Sandra Roberta pontua que:

“Esta pesquisa é um marco como iniciativa e também como apanhado de informações, num volume nunca antes tão representativo do polo, especificamente na cidade Santa Cruz do Capibaribe. É uma pesquisa pioneira com resultados que impactam a forma como precisamos olhar para o setor e indústria têxtil na região. Olhar para como as vendas têm sido transformadas pelo digital é um indício de transformações sociais também muito relevantes, pois as vendas, mesmo estando na ponta final da cadeia produtiva, são o que de fato mantêm o fluxo econômico do agreste acontecendo.”

Para Bruno Bezerra, presidente da CDL Santa Cruz:

“A pesquisa traz uma visão realista do perfil do nosso vendedor online. Comparada com uma pesquisa de 2017, a nova pesquisa mostra que no intervalo de 5 anos (2017 para 2022) praticamente dobramos o número de empresas vendendo online. Contudo, em muitos casos foi a iniciativa do comprador em optar pelo canal online, que fez o vendedor entrar nesse mercado digital. A pesquisa apresenta alguns desafios, como por exemplo, a capacitação de pessoas para atuar de maneira profissional no mercado digital, além de nos mostrar que, apesar de todas as evidências de crescimento das vendas online, ainda existe uma resistência ao digital.”

Os dados de apresentação da pesquisa foram agrupados em 4 eixos temáticos que pudessem dar ludicidade ao volume de informações gerado, bem como organizar estes dados para melhor exibição ao público em geral. Abaixo alguns dos dados que a pesquisa revelou:

EIXO 1 – PESSOAS QUE FAZEM:
perfil de respondentes, universo pesquisado, classificação de gênero entre outros.

EIXO 2 – CONTEXTO DE COMO FAZEM:
– atuação do mercado realizando vendas – recortes de antes e depois da pandemia

Dado para comparação com a pesquisa CDL Santa Cruz de 2017

Dados atuais desta pesquisa

Demandas levantadas qualitativamente na fala dos entrevistados a respeito de suas dificuldades em lidar com vendas digitais.

EIXO 3 – ANALÓGICO E DIGITAL:
– presença e atuação online – tecnologias e acessos

Dado para comparação com a pesquisa CDL Santa Cruz de 2017

Dados atuais desta pesquisa

Dado para comparação com a pesquisa CDL Santa Cruz de 2017

Dados atuais desta pesquisa

Dado para comparação com a pesquisa CDL Santa Cruz de 2017

Dados Atuais desta pesquisa

EIXO 4 – APOSTAS DE FUTURO:
– as necessidades e perspectivas de futuro para as vendas no setor

Realização:

  • BOX FASHION – MARKETING DE MODA
  • OBSERVATÓRIO CDL SANTA CRUZ 
  • SR CONSULTORIA

Apoios:

A pesquisa Transformação digital no mercado de moda em Santa Cruz contou com apoio de: Nacional Têxtil, Fashion 4 All, Calçadão Miguel Arraes, Moda Center. 

FICHA TÉCNICA E EXPEDIENTE

PESQUISA CDL SANTA CRUZ: TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO MERCADO DA MODA EM SANTA CRUZ 
REALIZAÇÃO: CDL Santa Cruz do Capibaribe – Pernambuco
Bruno Bezerra – Presidente CDL Santa Cruz
Katyane Michele – Secretária Executiva

CONSULTORIA E EXECUÇÃO
Sandra Roberta Alves Silva (SR Consultoria)
Rodolfo (BOX FASHION)

COORDENAÇÃO GERAL DA PESQUISA
Sandra Roberta Alves Silva

COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DE CAMPO
Rodolfo
Iziêlda Ferreira de Menezes (Assistente)

EQUIPE – PESQUISA DE CAMPO
Cássio Vitorino da Silva
Danielle Stefhane Xavier do Nascimento
Iago Menezes dos Santos
Iziêlda Ferreira de Menezes
Jefferson Ferreira de Santana
Maria Karla Ferreira Costa
Priscila Vanessa do Nascimento
Thammy Grislayne Araújo de Farias

TABULAÇÃO DOS DADOS
Rodolfo
Iziêlda Ferreira de Menezes

ORGANIZAÇÃO (Produto Final)
Sandra Roberta Alves Silva

DESIGN E EDITORIAL GRÁFICO
Rodolfo 

APOIO – INSTITUIÇÕES PARCEIRAS
Nacional Têxtil e Fashion4All
Moda Center
Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Capibaribe

DIREITOS AUTORAIS

Os direitos autorais deste material pertencem aos seus executores e estarão por exclusividade contratual em tempo determinado, reservados a CDL – Câmera de Dirigentes Lojistas de Santa Cruz do Capibaribe/PE e parceiros apoiadores. Nenhum conteúdo parcial ou total, poderá ser reproduzido, sob qualquer forma ou meio, sem a prévia autorização dos autores.

Entre em contato pelas redes sociais para solicitar acesso a pesquisa: @cdlsantacruz ou @rodolfo.blog

Sobre Rodolfo Alves

Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.

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Coleção A FEIA FERA FEIRA (ou a REDENÇÃO da Santa Cruz) de Jorge Feitosa

A coleção Jorge Feitosa apresenta a Feira da SULANCA (feira de vestuário popular), que surgiu entre as décadas de 1960 e 1970, em Santa Cruz do Capibaribe, cidade do Agreste Pernambucano, como uma entidade divina, mística. O costureiro sulanqueiro Jorge Feitosa explica a linha de suas ideias:


“Apesar de simples e rústica (FEIA), a feira se espalhou pelo centro da pequena cidade mudando a realidade desse lugar. Foi engolindo tudo que pudesse ser motivo de estagnação (FERA). Transformando com o passar dos anos, a cidade onde surgiu, na principal produtora de confecções do estado (REDENÇÃO), livrando as pessoas da fome e da tristeza de ter que sair do seu lugar natal”.


Esse é o cenário poético do novo trabalho, que resume o culto a essa entidade “A Feira da SULANCA”, alimento vivo do seu ofício, com tudo de bom e de ruim que ela oferece. Percebendo a sua força, sua voracidade, seu exagero, Jorge diz continuar aprendendo com a feira, esse lugar de ajuntamento de diferenças, que o movimento do novo, só acontece quando há a disposição de todos.

Atualmente “a casa” da Feira da SULANCA em Santa Cruz do Capibaribe/PE, é o Moda Center Santa Cruz, maior centro de compras populares do Brasil, apoiador desse projeto!

Fotos: @niviamarcolinoo

Como referência gráfica, imagética, além das bancas de madeira utilizadas na Feira da SULANCA e suas “listas” em ripas de madeira, as xilogravuras do artista Gilvan Samico, entraram no mapa de inspirações de Jorge. Primeiro por ser admirador do seu ofício e por sua obra apresentar uma atmosfera divina, mitológica. Elementos esses, que estão presentes na narrativa da coleção.

MATERIAIS

A matéria prima deste trabalho, foi coletada no próprio estoque, marca presente no trabalho de criação de Jorge o manuseio de saldos, retalhos, sobras e aproveitamentos. Mas dessa vez, o sulanqueiro contou também com tecidos da VICUNHA TÊXTIL, que complementaram perfeitamente o mix de texturas e bases que usou na coleção.

Fotos: @niviamarcolinoo

CALÇADOS E MAKE

Os calçados são da colab MELISSA+RIDER, somando ao styling das peças a possibilidade urbana e versátil da moda feita por Jorge Feitosa. A beleza do desfile na Casa de Criadores foi assinada pelas parceiras MAC – Fabiana Gomes + CAPA – Jô Castro, tendo como referência a figura da carranca, a criatura mística e milenar, mas especificamente, a “carranca nordestina”, aquela que está presente nas embarcações do Rio são Francisco, justamente por se tratar de uma entidade que com sua cara feia e boca escancarada com presas afiadas, espanta as coisas ruins, afim de conservar, manter, proteger o que é bom.

Essa ideia foi estilizada por Fabiana Gomes no rosto dos modelos, seguindo também como inspiração o traço gráfico da xilogravura do Gilvan Samico, já citado aqui como uma das referências. Outra parceria que vale citar é o acabamento das peças e a presença da A SAN JORGE CONFECÇÕES/EXCLUSIVA que colaborou com a lavanderia dentro desse projeto.

Fotos: @niviamarcolinoo

O SUCESSO DA CARRANCA COUTURE

Vocês sabem do orgulho que Jorge Feitosa mobiliza em nós ao manipular sua forma de fazer roupas e sabem também que por isso mesmo eu me considero fã do sulanqueiro. Nesses dias que estive na casa de Jorge acompanhando o trabalho de finalização da coleção eu me envolvi como espectador e fiquei encantado com os processos, com a dedicação de Jorge ao seu trabalho.

Fotos: @niviamarcolinoo

Na lista de lembranças, conheci Jakson Araújo e amei o texto que  o mesmo publicou em seu perfil no Médio, cunhando o termo Carranca Couture. Vou deixar aqui linkado para que você também conheça. Abaixo alguns dos links que guardei de tudo que rolou durante antes, durante e depois da chagada de Jorge Feitosa na 44ª edição da Casa de Criadores.

Vogue anuncia o Line Up da Casa de Criadores – link
Texto de Jakson Araújo: link 
Vídeo do desfile no IGTV: link 

Site Lilian Pacce

DESFILE

A trilha sonora do desfile contou com o talento de Max Blum

 

 

Sobre Rodolfo Alves

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Entrevista | Jorge Feitosa fala sobre sua coleção Sulanca

Entrevista | Jorge Feitosa fala sobre sua coleção Sulanca – Hoje junto a programação do 2 Estilo Moda Pernambuco Jorge Feitosa a convite do Moda Center Santa Cruz volta a terra de Santa Cruz para mostrar seu trabalho engajado com os valores históricos do polo de confecções em sua nova coleção.

 

A coleção nomeada “Sulanca” revisita a memória afetiva do estilista que quando criança, convivia com parentes em casa envolvidos com a sulanca e fabricação têxtil.

 

Veja no vídeo o papo que tive com Jorge e conheça o pouco do que será lançado hoje a noite na programação do EMP 2017.

 

A COLEÇÃO

“Parti nessa viagem com minha cabeça de moleque, aquele, que de vez em quando “ralava a canela” por entre as ripas dos bancos de feira, enquanto corria sobre eles”.

Jorge Feitosa

 

A Coleção SULANCA, é um processo de experimentação, de uma vontade que existia há um tempo, de falar desse movimento que surgiu em Santa Cruz do Capibaribe, e que faz parte da vida do Jorge Feitosa desde sempre, pois ele é santa-cruzense, e trabalha com Moda e Vestuário.

 

As referências que ele buscou para desenvolver esse projeto são basicamente da infância, do que a memória de infância dele, guarda da feira e de tudo que acontecia em seu cotidiano, que tinha relação com a Sulanca. Jorge Feitosa usou as palavras, caminhão, coberta de retalhos e feira, como referências constantes nesse trajeto.

 

“Não tentei nada. Fui apenas fazendo o que minha intuição  mandava. O Resultado é um retalho, recorte, da minha infância, por entre bancos de feira, máquinas de costura, e sacos de retalhos que não saíam da minha cabeça na hora de desenhar as primeiras peças”.

Jorge Feitosa

 

As filetagens, presentes nas carrocerias dos caminhões, foram um “norte” desde sempre. Pois elas são, graficamente, lindas e forteS! Com isso, a partir do estudo dessas figuras, Jorge chegou às padronagens e aos vários tipos de patchwork, ou seria mais apropriado “sulanca”, que desenvolveu.

 

A pesquisa, aleatoriamente, ocorreu entre maio e dezembro de 2016. Entre janeiro e março de 2017, houve uma apuração do material pesquisado e adquirido e, foi quando ele deu início ao processo de modelagem. Finalmente entre abril e maio de 2017 os dez (10) looks foram confeccionados, num total de vinte e cinco (25) peças.

 

“Não vejo a Sulanca apenas como um tema, ela é um movimento, que transformou nossa cidade, Santa Cruz do Capibaribe, e que pode ainda, transformar muito mais. Pois tudo está em processo de transformação, inclusive a Sulanca”.

Jorge Feitosa.

 

BASTIDORES DO ENSAIO FOTOGRÁFICO E FASHION FILME

Jorge Feitosa e Marialu Bezerra vendo as fotos recém clicadas – Foto bastidores: Driko Correa

 

Cenário construído para as fotos da coleção Sulanca – Foto bastidores – Driko Correa

 

Jorge Feitosa ainda desfilará no EMP a coleção vencedora do Senai Fashion Brasil desenvolvida com coaching de Ronaldo Fraga. Na ocasião da entrevista visitamos o ponto onde essa memória ainda permanece viva em Pão de Açúcar, distrito de Taquaritinga do Norte – PE.

CRÉDITOS

Coleção SULANCA por Jorge Feitosa
Produção – Jorge Feitosa
Fotografia – Marialu Bezerra
Vídeo – Júnior Porciúncula
Beleza – Robelio Nascimento
Fotos making of – Driko Correa
Assistente – Jaine Lima
Modelos – Alvaro Nascimento, Raul Cavalcante e Rodolfo Durand

A trilha sonora do desfile hoje a noite ficará por conta de Betto Skin, Fábio Xavier  e Clécio Rimas.

No fashion filme Sulanca a trilha é assinada por Betto Skin, Fábio Xavier e Júnior Porciúncula.

 


Agradecimentos da produção:

Ao Allan Carneiro, à Elieudes Bezerra, ao João Paulo Procópio, à Orlanda Lira, à Dona Ivanduize, ao Vandeilson, à Taisa, ao Emerson, à Dona Cida, à Yuri Patricia, ao Sebastião Bezerra, à Patricia Sousa, ao comissário Carlos Daniel, à Faby Olinda, Seu Tião e a todos que contribuíram para a realização desse projeto! Apoio: Moda Center Santa Cruz.

Sobre Rodolfo Alves

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Reconhecido como o maior e melhor centro atacadista de confecções do Brasil, o Moda Center Santa Cruz promoverá, de amanhã dia 02 até os próximo sábado dia 07 de outubro de 2017, a segunda edição do Estilo Moda Pernambuco – EMP. Este ano, o evento tem como tema “Moda e Inovação”, e contemplará toda a cadeia produtiva do setor confeccionista pernambucano.

 

Estilo Moda Pernambuco veio para consolidar o talentoso mercado do Polo de Confecções de Pernambuco, mostrando o que a região tem de mais moderno e inovador no mercado da moda. Confira o line up de marcas que desfilarão no EMP:

 

SEGUNDA DIA 02 – DESFILE MANHÃ – 10:00

  • Joggofi – moda masculina e feminina
  • AB&C – infantil masculino e feminino
  • Toda Bella – moda feminina
  • Zuzinha Kids – moda masculina infantil
  • Indivíduo – moda masculina
  • Cat Pink – moda feminina
  • Rótulo do Corpo – moda feminina e masculina
  • Pepéu – moda feminina
  • Spertos – moda fitness
  • Glamiss
  • Presença VIP – Carlinhos Maia

SEGUNDA DIA 02 – DESFILE TARDE- 14:00

  • Pietá – moda feminina
  • Rastro do surf – moda masculina surf
  • Se Modas Plus Size – moda feminina
  • Patota D’água – moda infantil
  • John Cash – camisaria feminina
  • Presença VIP – Lore Improta

 

SEGUNDA DIA 02 – DESFILE NOITE- 20:30

  • Joggofi
  • Rio Ondas
  • J&Q Lingerie
  • Acqualara
  • Davi Fashion
  • Rota do Mar
  • Sport Company
  • Camboriú
  • Iska Viva
  • Laluka
  • Presenças VIP – Carol Nakamura e Carlos Casagrande

 

TERÇA DIA 03 – DESFILE NOITE- 19:40

  • Multmalhas
  • Jorge Feitosa – Sulanca
  • Jorge Feitosa – O caso da torre
  • Palestra Arlindo Grund – Cenário e tendências de moda

 

QUARTA DIA 04 – PALESTRA NOITE- 19:40

  • A moda está no agreste ou o agreste está na moda – Luiz Clério – SENAC
  • In pactos – Paulo Borges – SPFW

 

Gostou do Line up do EMP 2017 – marcas e desfiles?

Acompanhe aqui no site e em nossas redes sociais tudo que rolar no EMP 2017. 

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Movimento Lamparina abre o Carnaval na capital da moda

Já em sua quarta edição o Movimento Lamparina abre o Carnaval na capital da moda. O coletivo de jovens santa-cruzenses encabeçado pela estudante de arquitetura Ágda Moura (e seus amigos Aninha Pedrosa + Felipe da Banda Plano Base + Matiara Menezes + Sérgio Hildo + Neto Lopes + Raiana Barros) ganha força na cidade como o levante necessário de resgate cultural e convívio social num formato de intervenção urbana de muita luz na cidade dos tecidos, camisas e roupas… é pouquíssimas atividades do tipo.

 

Quando a gente se cansa de ler livros, e não acha mais histórias interessantes, a gente pega papel e caneta e escreve a história que gostaria de ler. (Frase do Instagram).

 

 

Autoria à parte a frase representa maravilhosamente o que muitos jovens vem fazendo acontecer nas cidades do polo. Mover a cidade ao seu interesse e ao interesse do coletivo, não esperar apenas das divindades apolíticas soluções para os problemas de eleições antigas.

 

O Movimento Lamparina organiza edições de mobilização cultural e intervenção urbana de arte, debates e encontros de idades e gerações ao redor de um único e belo objetivo, lembrar e valorizar o passado e conviver no presente, tendo a cidade e o asfalto como referência do espaço tempo. Cria soluções exemplo a ser copiadas por prefeituras mais inteligentes, favorece a sociedade num todo.

 

Segundo Ágda em entrevista concedida ao BOXFashion durante a quarta edição do evento neste domingo, o projeto quer como “uma luz resplandecente de uma lamparina acesa no escuro, ser uma chama que unida à luz das pessoas, faça a cidade se mover positivamente“. A quarta edição homenageou em seu primeiro carnaval seu Zé de Zuza, um personagem icônico da cidade que fazia o Zé Pereira na rua em tempos de carnaval.

 

No final das contas a memória viva do povo também começa a ser escrita pelas mãos protagonistas de jovens como estes que fazem agora muito mais que a moda acontecer nas cidades do polo, mas também a vida.

Sobre Box Fashion - redação

Redação do Box Fashion. Moda no polo de confecções do agreste Pernambucano. Consumo, mercado local e conteúdos especiais sobre tudo que cerca a moda. Iluminuras, criatividade e indústria fashion no interior de Pernambuco. @oboxfashion

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Tempos modernos: o Amanhã já está acontecendo hoje

Muito provavelmente você já deve ter visto ou ouvido falar da inauguração no Brasil do Museu do Amanhã no Rio de Janeiro na praça Mauá. “([{Abre parênteses dentro de aspas dentro de colchetes dentro de chaves pra falar desse museu}])” Já chego com você onde quero chegar. Prossiga.

 

Tempos modernos: o Amanhã já está acontecendo hoje

Um espetáculo à parte desde sua concepção até sua inauguração. Coberto de metáforas, poesia e atitude, seja em seu nome, ou o lugar onde ele foi erguido, com vista deslumbrante para a Baia de Guanabara, até a descrição de seu endereço no próprio site do museu: “Praça Mauá, 1 – Centro. Rio de Janeiro, RJ – CEP: 20081-262. Evite ir de carro, não há estacionamento no Museu do Amanhã”. Nem no museu do manhã, nem nos supermercados do amanhã. (“Can I get amem?”)*

 

O Museu do Amanhã, erguido no Píer Mauá, faz parte do projeto de revitalização da Zona Portuária do Rio. Dentro desse mesmo projeto de reurbanização o empasse para a derrubada do Elevado da Perimetral, uma via expressa que interligava a Zona Sul do Rio com dois grandes pontos de acesso, a Avenida Brasil e a Ponte Rio-Niterói, que levou 21 anos para ser totalmente erguida, de 1957 até 1978. E palmas para o prefeito Eduardo Paes, que autorizou a derrubada de toneladas de aço. Será que já poderíamos considerar isso uma performance artística?

 

Além disso, como não poderia ser diferente toda a obra foi realizada com princípios sustentáveis e o próprio projeto arquitetônico, planejado por Santiago Calatrava procura aproveitar o máximo de luz do dia, refrigeração com a água da baia, que é devolvida para a de novo ao mar + espelho de água em frente ao museu que ajuda a diminui a temperatura do ambiente em 2 graus, outro espetáculo à parte são as hastes móveis que seguem a trajetória do sol, para capturar energia solar.

 

Com espaços para exposições temporárias e fixas, um café, um auditório com capacidade para 400 pessoas, apresentando uma palestra por semana, uma loja, o observatório do amanhã que tem parceria com várias instituições nacionais e internacionais e que apresentará dados atualizados sobre a situação do planeta, e oferecendo oficinas e muito mais. A primeira experiência extra-sensorial dos visitantes é com o Portal Cósmico, um domo que exibe um filme de 8 min. em 360º sobre a evolução do planeta, dirigido por Ricardo Laganaro, e tudo isso por um preço de R$10,00 a entrada.

 

O grupo dinamarquês Superflex se encarrega das primeiras exposições do museu e traz os projetos como Free Beer (clique aqui para ver), onde os visitantes tem a oportunidade de saborear uma cerveja cuja receita é livre e não tem registro de marca, podendo qualquer pessoa comercializá-la. Além dessa há também a Copylight, aqui os visitantes trabalham e fazem objetos, além do “Passeio de Baratas”, onde os visitantes são convidados a caminhar pelo museu sobre a perspectiva dessas criaturinhas, que ficarão aqui na terra por muito mais tempo que nós.

 

Uma perfeita definição sobre o conceito do museu está descrita no site do Amanhã (Eu tô amando a escolha dessa palavra como nome pro Museu):

“O grupo Superflex expõe como poucos as engrenagens que movem o mundo. Por meio da sua arte, questiona temas como trabalho, produção, consumo de massa, propriedade intelectual, tecnologia, poder, dinheiro e arte. Nada melhor, assim, para inaugurar o Museu do Amanhã, que, inevitavelmente, terá de lidar com as mesmas questões […] Eles estão certos. Um museu será relevante no século XXI na medida em que mantiver conexões vivas com o maior número possível de redes e organizações locais e globais, e com a comunidade da qual faz parte, empoderando-a.”

 

Essa metáfora palpável e gigantesca, de concreto que é o Amanhã me faz linkar com o nossos próprios museus do amanhã, centros de compras imensos, que infelizmente pouco consideram em seus projetos abordagens e posturas sustentáveis.

 

Cada um dos que já exite e dos que estão por vir a cada trimestre nos diz o que virá pela frente, modas são jeitos de vestir, e seu jeito de vestir é um posicionamento. E como estamos nos posicionando? Em nosso trabalho, nas empresas, na política do hoje e do amanhã? E em nossas próprias casa. Não falo apenas de separar o lixo orgânico do lixo sintético, mas além. A maneira como estamos produzindo e distribuindo a confecção daqui. Temos um closet gigantesco com inúmeras variedades e muita qualidade, mas precisamos nos lembrar 24 horas por dia que o mundo não se restringe as paredes de nossa casa e o que de excesso que botamos para fora dela não some com o vento. Uma prova disso é o Rio Capibaribe. O que vestimos foi feito por alguém e tudo o que consumimos pode voltar em um dia de chuva e bater na nossa porta dizendo – “Lembra de mim?” (copinho de café).

 

É um círculo que está em movimento constantemente. A sustentabilidade é como a moda: as mesmices da moda voltam atualizadas, as mesmices da natureza voltam enfurecidas.

 

*Posso ter um amém?

 

bruno melo Bruno Melo é estudante e pesquisador da graduação de Arte e Mídia – UFCG-PB. É ator e já atuou, produziu e dirigiu algumas peças na cidade de Santa Cruz do Capibaribe. Participa desde 2013 na produção do Festival Atos de Teatro Universitário do curso de Arte e Mídia e em produções multimídias e trabalhos de conclusão do curso, como instalações artísticas, peças teatrais, videoclipes, como assistente de arte e produtor. É idealizador de um projeto do amanhã: o Jogar Teatro com aulas aos sábados na Usina 321.

Sobre Box Fashion - redação

Redação do Box Fashion. Moda no polo de confecções do agreste Pernambucano. Consumo, mercado local e conteúdos especiais sobre tudo que cerca a moda. Iluminuras, criatividade e indústria fashion no interior de Pernambuco. @oboxfashion

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Pulseiras masculinas, comece a usar

Ei papai! Já ouviu falar no termo pulseirismo? Ainda não? Como assim? Se você é do tipo que a única pulseira que pôs no braço foi aquela figa de bebê para retirar mal olhado, pare por aí e comece a ficar por dentro do universo de pulseiras masculinas, comece a usar.

 

Esse termo parte da ideia de usar várias pulseiras de diferentes materiais e estilos. Já se foi o tempo em que pulseiras eram coisa só de mulher, desde 2013 nós estamos aderindo a esse acessório bacana no pulso, basta escolher o estilo certo pra fazer a diferença no look, e misturar com o relógio às vezes causa um efeito bem legal, “mas só às vezes man!” tudo depende da escolha dos materiais e do seu estilo.

 

Numa pegada mais rocker adote as que trazem spykes e caveiras, para os caras mais hippies aconselho as de tons marrons feitas em couro simples e pros marmanjos mais clássicos (esses tipos de pulseiras tem uma variedade extensa) aquelas feitas em couro mais elaboradas e misturadas com partes douradas e prata são bem legais!

 

E antes de falar sobre a melhor parte (R$), um aviso: para você que não tem costume de usar este tipo de acessório, inicie apenas com uma pulseira e que ela seja bem simples e mais uma vez escolha aquela que melhor se adeque ao seu estilo.

BOX FASHION PULSEIRISMO

 

Preços

Agora sim vamos para a parte que todo mundo gosta “o bom preço”:

Eeeehh! O preço varia de acordo com os  modelos e materiais, mas pela internet é super fácil encontrar uma galera que trabalha com esse tipo de ateliê e fazem peças bem bacanas e a preços camaradas, “ahh essas vendas online caíram do céu né?” Então agora você não tem mais desculpas para não ficar descolado, em 2016 essa febre do pulseirismo continua e eu espero que pelo menos até a próxima postagem você já tenha pelo menos uma no pulso. Corre lá man: pulseiras masculinas, comece a usar.

 

JAKSON ANDRADE BOX FASHION

Esse é Jakson Andrade. Jakson é viciado em moda masculina, faz coleção de tshirts e não sai por um minuto das redes sociais. Mobile por natureza ele se conecta com o mundo todo e sabe sempre uma novidade para vestir. Esse texto é sua colaboração de janeiro pro Box Fashion. Para bisbilhotar os looks de inúmeras camisetas dele é só clicar aqui.

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