Arquivo para sustentabilidade - rodolfo

Estive presente neste evento em 08 de agosto de 2023 e somente agora recuperei as conversas e textos a respeito dele para postar. Vale aqui o registro dessa importante mobilização do setor em busca de melhorias estruturais e transformações reais na realidade do trabalho e lida com a moda.


Santa Cruz do Capibaribe (PE) e São Paulo (SP) receberam as oficinas Elabora, uma iniciativa do Colabora Moda com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil para sensibilizar, discutir e chamar para a ação por mais equidade na moda brasileira. 

Com o objetivo de aproximar de lideranças que podem construir caminhos para mais equidade na cadeia de valor da moda e testar uma nova metodologia de formação para o tema, as oficinas Elabora foram realizadas nos dias 9 e 21 de junho, em Santa Cruz do Capibaribe (PE) e São Paulo (SP), respectivamente. Resultado do Grupo de Trabalho Intersetorial de Equidade do Colabora Moda Sustentável, apoiado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, as oficinas reuniram especialistas em equidade de gênero, raça e justiça climática, além de costureiras do Coletivo Mulheres do Polo, representantes do Box Fashion e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) em Santa Cruz do Capibaribe, e líderes sindicais da rede da Confederação Nacional dos Trabalhadores/as do Ramo do Vestuário da CUT (CNTRV-CUT) e costureiras do Coletivo Sartasiñani em São Paulo.

 “A Oficina Elabora foi um passo importante, para fomentar o diálogo e reflexões  sobre a importância e a necessidade da equidade de gênero e raça na Moda, considerando as desigualdades que caracterizam esse setor e que interferem no Desenvolvimento Socioeconômico das regiões onde a indústria de confecções se instala, como é o caso do Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco”, afirmou Virgínia Vasconcelos, coordenadora e facilitadora da Oficina em Santa Cruz do Capibaribe.

Idealizadas para ser o pontapé de um programa maior de letramento e formação em equidade na moda e promoção de boas práticas nesta cadeia de valor, que está em desenvolvimento e captação de parcerias e recursos, as oficinas foram construídas sob uma perspectiva interseccional, que integra as questões de raça, gênero e classe. A realização das oficinas Elabora iniciou um processo de diálogo com os participantes para que, no futuro, possam ser formados multiplicadores e agentes de mudança. Os eventos foram enriquecidos por debates instigantes, atividades práticas e palestras inspiradoras das especialistas Viviana Santiago, Coordenadora de Diversidade e Inclusão no Instituto Moreira Salles e colunista da Revista AzMinas, e Pâmela Dias, Gerente de Inovação no Armazém da Criatividade e Pesquisadora na Universidade Federal de Pernambuco. 

“Nossa intenção é que os participantes se tornem verdadeiros catalisadores de transformação, promovendo um setor inclusivo, justo e sustentável. Utilizamos também do encontro para colher insumos para a próxima fase do projeto, que é ter uma formação de multiplicadores”, afirmou Eloisa Artuso, coordenadora do GTI e facilitadora da oficina de São Paulo. 

Capacitar multiplicadores e agentes de mudança é fundamental para a construção de uma cadeia mais inclusiva, diversificada e consciente das questões sociais e ambientais. O sucesso dos encontros foi evidenciado pelo interesse dos participantes em seguir aprofundando no tema e pela disposição em pensar em ações colaborativas de promoção de equidade em seus ambientes, inspirados pela troca de experiências, conhecimentos e reflexões. 

O desenho e a realização das oficinas Elabora representa um compromisso firme em impulsionar mudanças positivas e duradouras na moda e contou, ainda, com a parceria do Armazém da Criatividade (PE), Casa Salô, Coletivo Mulheres do Polo (PE), Coletivo Sartasiñani (SP), CNTRV-CUT, Escola Técnica Estadual de Santa Cruz do Capibaribe (PE), Instituto Febre e Senac-Lapa Faustolo (SP).

LINKS

Confira aqui mais contatos nestes links para ampliar sua leitura:

Toque aqui para ler o post original no Site do Colabora Moda Sustentável

Toque aqui para seguir o Canal do Youtube Colabora Moda

Toque aqui para visitar o Colabora Moda no Linkedin

Toque aqui para ver seguir o Colabora Moda no Instagram

Fotografias por Jefferson Lulu

Sobre Rodolfo Alves

Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.

Você pode gostar de ler também.

Voltando a sonhar no meio do caminho
Relato de experiência: formação de produção cultural feita no Agreste com a Liga Criativa

Cheidepraquêisso será a nova coleção de Jorge Feitosa | O estilista santacruzense já se prepara para o segundo desfile de sua marca homônima a Jorge Feitosa na 3 edição do EMP – Estilo Moda Pernambuco de 2018. Coincidência ou não… uma vez que o trabalho de Jorge sempre foi envolvido com esse direcionamento a nova “Cheidepraquêisso” será a coleção de Jorge Feitosa com ambiência alinhada ao tema do evento neste ano: Moda e Sustentabilidade. 

Como já falei aqui no Box Fashion (clique para ver) EMP 2018 terá o tema Moda e sustentabilidade e acontece entre os dias 26 e 30 de julho em Santa Cruz do Capibaribe. Na programação, o desfile da marca Jorge Feitosa está sendo um dos mais esperados, depois da emocionante apresentação em 2017 com o desfile da coleção Sulanca.

A coleção “Cheidepraquêisso” revela as inquietudes do estilista, traz a temática da sustentabilidade para remexer novamente as ideias da moda local a respeito das zonas de conforto criativo e provocar repensamentos sobre o fazer da moda no polo.

“Mesmo sem pretensão, meu trabalho sempre foi ligado à maneira de se fazer Sulanca, seja pela utilização de matéria prima vinda às vezes de saldo (retalhos ou não), seja pelo trabalho com recortes e mistura de texturas, ou até mesmo pela maneira experimental, utilizando formas alternativas para se construir uma peça do vestuário. Observando melhor o meu processo, e fazendo uma retrospectiva da minha curta vivência na área de Vestuário e Moda, não tem como negar a influência desse movimento na construção do meu ofício”. 

Cartela de cores da nova coleção

As inquietações do estilista pontuam um discurso para além da roupa e busca estimular novas percepções a respeito da sustentabilidade.

Falando diretamente de matéria prima, talvez fosse relevante cada profissional que faz parte dessa cadeia ‘Moda – Têxtil – Vestuário’, repensar o próprio modo de consumo. Como cada um lida com a aquisição dessa matéria prima, como a escolhe, como decide pela quantidade, pela qualidade, pelo fornecedor, e pelo seu destino final. E que esse, por sua vez, não fosse o de ficar abandonado em um estoque qualquer, em qualquer lugar. Acredito que existindo uma parceria e uma responsabilidade maior no sentido de adequação do que é produzido e usado, pelos integrantes dessa cadeia produtiva, a questão da sobra não precisaria de tanta atenção.

 
Parte da fruição criativa de Jorge se expressa também na poesia com o poema em cordel criado pelo Estilista.

AMBIÊNCIA CHEIDEPRAQUÊISSO

Verde Carvão essa é a visão poética desta coleção
Quando se olha uma paisagem
E a falta de algo acontece
Mesmo cercada de mandacarus floridos
A nossa alma um tempo padece
E o caminho outrora esperançoso
Por um momento se entristece
 
A estrada do inverno no sertão
Cheia de vida, verde e Divino
Por conta do algo que falta
Confunde a cabeça do menino
E o faz parar no meio do tempo
Questionando o seu destino
 
O caminho que parecia certo
É inundado por fumaça, cinzas e carvão
As flores e o verde que o guiava
Secos se mostram como num verão
E a infinitude da paisagem desolada
Traz um certo aperto ao coração
 
Mas subitamente o olhar volta pra si
Numa espécie de desadormecer
O mal inebriante se mostra ilusão
Tudo que era belo volta se perceber
Lentamente o acordar se faz
A consciência se fortalece no crer
 
As flores brotadas nos mandacarus
Novamente são vistas adiante
O algo que faltava na paisagem
Era o próprio movimento avante
A fumaça as cinzas e o carvão existem
Mas são dissipados com a fé constante
Jorge Feitosa
Maravilhoso não é mesmo? Estou contando as horas para ver mais um trabalho incrível desse profissional tão talentoso. Relembre aqui o vídeo da entrevista que fiz com ele antes do lançamento da coleção Sulanca.

 Cheidepraquêisso será a nova coleção de Jorge Feitosa e você não pode perder. Acompanhe as novidades aqui no Box Fashion.
>> com texto e informações do blog Eli Bezerra – clique aqui para matéria original

 

Sobre Rodolfo Alves

Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.

Você pode gostar de ler também.

Documentário River Blue será exibido em Santa Cruz do Capibaribe na Semana Fashion Revolution
Joggofi recebe selo de certificação por ótimo ambiente de trabalho

Programação conta com a participação de grandes nomes do mundo da moda, como os estilistas Alexandre Herchcovitch e Ronaldo Fraga

Estilo Moda Pernambuco realizará 3 edição de 26 a 30 de julho com o tema Moda e Sustentabilidade que foi o tema escolhido para a terceira edição do Estilo Moda Pernambuco (EMP), que vai acontecer de 26 a 30 de julho, em Santa Cruz do Capibaribe. A temática e os destaques da programação foram apresentados para empresários, autoridades e formadores de opinião no evento de lançamento, realizado no Centro de Eventos do Moda Center Santa Cruz: realizador do EMP 2018 e o maior centro atacadista de confecções do país.

O EMP 2018 vai contar com desfiles de marcas do polo de confecções de Pernambuco e de outros representantes da moda pernambucana, além de oficinas e palestras sobre moda e negócios. O destaque será a participação dos estilistas Alexandre Herchcovitch e Ronaldo Fraga. Cerca de 50 mil pessoas devem circular pelo EMP durante seus cinco dias de duração.

Segundo o síndico do Moda Center, Allan Carneiro, a expectativa é que essa edição do EMP seja ainda maior e melhor do que as anteriores.

“Com certeza será um evento marcante, que vai divulgar bastante o Polo de Confecções, trazendo informação, agregando valor e gerando resultados comerciais. Teremos grandes nomes do mundo da moda e do empreendedorismo do Brasil, debatendo temas relevantes, além de capacitações, para ajudar os empreendedores do Polo a crescerem ainda mais.”

Alan ainda fala que a escolha da sustentabilidade como tema pela comissão organizadora do evento buscou enfatizar a importância do assunto na atualidade:

Com o síndico do Moda Center Santa Cruz Alan Carneiro

“Queremos discutir sustentabilidade de forma ampla, para a cadeia da produção da moda como um todo. Nosso intuito é debater formas mais limpas de produzir e o futuro do polo enquanto gerador de empregos e renda, diante da tendência mundial de mudanças no perfil do consumidor e na forma de aquisição de roupas, acessórios e calçados”.

ALEXANDRE HERCHCOVITCH

A abertura do evento contará com a participação do estilista Alexandre Herchcovitch numa conversa em formato de talk show, mediada pelo estilista e professor de moda do Senac Pernambuco Luiz Clério. O tema será “Novos comportamentos de produção e consumo de moda”. Herchcovitch foi um dos primeiros estilistas a expandir suas criações além do mercado têxtil, criando calçados para a Democrata, joias para a Dryzun, meias e cuecas para a Lupo, fundos de tela de telefones celulares para a Motorola, sandálias para a Melissa, cadernos para a Tilibra e óculos para a grife brasileira Chilli Beans. Além disso, firmou parcerias de sucesso com a C&A.

As criações de sua marca homônima (da qual anunciou seu desligamento em 2016) foram apresentadas nas capitais de moda internacionais, como Paris e Nova York. No currículo, também há marcas renomadas, como Cori, Zoomp e Ellus. Atualmente, tem quatro lojas próprias, desenha modelos exclusivos em seu ateliê, e exporta a linha jeanswear para os EUA e Reino Unido.

RONALDO FRAGA

Na sexta (27), o estilista Ronaldo Fraga ministra a palestra “Moda: bandeiras para o vestir”. O mineiro, conhecido por romper os limites do vestir para além da própria moda, discorrerá sobre moda brasileira, indústria e processo de criação. Eleito um dos sete estilistas mais inovadores do mundo pelo Design Museum, de Londres, ele foi o primeiro representante da moda brasileira a receber a medalha da Ordem do Mérito Cultural. Suas criações já foram apresentadas em diferentes países, como Japão, Holanda, Espanha, Uruguai, Bélgica, Chile, Argentina, México, Angola. Sua marca está licenciada em mais de mil diferentes produtos no Brasil para empresas como O Boticário, Tok&Stok, Malwee, L’Occitane e Chilli Beans, entre outras.

MARCAS LOCAIS E DESFILES

Campanha Joggofi | Fotografia: Igor Melo

Cerca de 40 marcas do Polo devem desfilar suas coleções para o verão 2019 durante o EMP. Entre as marcas que já confirmaram presença estão a Joggofi, Laluka, Acqualara, Rota do Mar, Rótulo do Corpo, Iska Viva, AB&C, LM Fashion, Jonh Cash, Zuzinha Kids, Glamiss, Spertos, J&Q, Sport Company, Camboriu e Toda Bela.

DESFILES CONVIDADOS

Haverá também espaço para três desfiles convidados. O santa-cruzense Jorge Feitosa, que foi destaque no reality show “Caixa de Costura”, do GNT, apresenta sua mais recente coleção, intitulada “Cheidepraquêisso”, que também traz a temática da sustentabilidade:

“Em praticamente, todas as empresas em que trabalhei, recebi a tarefa de transformar algum artigo que estava escondido num estoque, em um produto para a venda, com o intuito de liquidar com a matéria prima parada. Isso acontecia com tecidos, aviamentos, etiquetas ou ferragens. Esse, é o ponto de partida para a coleção: pensar sobre o que me leva, em meio a tanta discussão sobre o que se fazer com os resíduos, focar a minha atenção no porquê da sobra.”

O nome Cheidepraquêisso, ele explica, foi escolhido por conta da ideia de exagero, absurdo, aglomeração. “Só consigo pensar nas montanhas e montanhas de matérias primas e até de produtos prontos que estão parados, estocados, esquecidos em centenas de lugares, e que poderiam ter um destino comercial de fato”, comentou. A Multimalhas e a Faculdade Senac também trazem suas criações como convidados ao line up do EMP.

CAPACITAÇÃO

Em parceria com o Sebrae e o Senac, serão realizadas de sexta a domingo (27 a 30/7) capacitações voltadas para lojistas, produtores, estilistas e pessoas ligadas à cadeia de produção da moda em geral. Sempre a partir das 14h, as oficinas acontecem no Centro de Eventos do Moda Center e abordarão temas de quatro eixos temáticos: “idealizar”, “criar”, “construir” e “realizar”. A programação e a forma de participação serão divulgadas em breve.

PROJETO ARQUITETÔNICO

A sustentabilidade também estará presente na infraestrutura do EMP. “O projeto arquitetônico e visual do evento é baseado no tripé da sustentabilidade: o social, o ambiental e o econômico. Vamos usar estruturas modulares que terão como principais materiais andaimes e tecidos reaproveitáveis, gerando menos resíduos, e que também podem ser facilmente mudados de lugar, proporcionando uma experiência imersiva dos participantes no tema do EMP”, detalha o arquiteto e designer de estratégia Isac Filho, que assina o projeto do EMP 2018.

Gostou das novidades? Comente sua expectativa para o EMP 2018.

 

Sobre Rodolfo Alves

Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.

Você pode gostar de ler também.

Dia Mundial da Criatividade acontece dia 21 de abril em Caruaru
Documentário River Blue será exibido em Santa Cruz do Capibaribe na Semana Fashion Revolution

Tempos modernos: o Amanhã já está acontecendo hoje

Muito provavelmente você já deve ter visto ou ouvido falar da inauguração no Brasil do Museu do Amanhã no Rio de Janeiro na praça Mauá. “([{Abre parênteses dentro de aspas dentro de colchetes dentro de chaves pra falar desse museu}])” Já chego com você onde quero chegar. Prossiga.

 

Tempos modernos: o Amanhã já está acontecendo hoje

Um espetáculo à parte desde sua concepção até sua inauguração. Coberto de metáforas, poesia e atitude, seja em seu nome, ou o lugar onde ele foi erguido, com vista deslumbrante para a Baia de Guanabara, até a descrição de seu endereço no próprio site do museu: “Praça Mauá, 1 – Centro. Rio de Janeiro, RJ – CEP: 20081-262. Evite ir de carro, não há estacionamento no Museu do Amanhã”. Nem no museu do manhã, nem nos supermercados do amanhã. (“Can I get amem?”)*

 

O Museu do Amanhã, erguido no Píer Mauá, faz parte do projeto de revitalização da Zona Portuária do Rio. Dentro desse mesmo projeto de reurbanização o empasse para a derrubada do Elevado da Perimetral, uma via expressa que interligava a Zona Sul do Rio com dois grandes pontos de acesso, a Avenida Brasil e a Ponte Rio-Niterói, que levou 21 anos para ser totalmente erguida, de 1957 até 1978. E palmas para o prefeito Eduardo Paes, que autorizou a derrubada de toneladas de aço. Será que já poderíamos considerar isso uma performance artística?

 

Além disso, como não poderia ser diferente toda a obra foi realizada com princípios sustentáveis e o próprio projeto arquitetônico, planejado por Santiago Calatrava procura aproveitar o máximo de luz do dia, refrigeração com a água da baia, que é devolvida para a de novo ao mar + espelho de água em frente ao museu que ajuda a diminui a temperatura do ambiente em 2 graus, outro espetáculo à parte são as hastes móveis que seguem a trajetória do sol, para capturar energia solar.

 

Com espaços para exposições temporárias e fixas, um café, um auditório com capacidade para 400 pessoas, apresentando uma palestra por semana, uma loja, o observatório do amanhã que tem parceria com várias instituições nacionais e internacionais e que apresentará dados atualizados sobre a situação do planeta, e oferecendo oficinas e muito mais. A primeira experiência extra-sensorial dos visitantes é com o Portal Cósmico, um domo que exibe um filme de 8 min. em 360º sobre a evolução do planeta, dirigido por Ricardo Laganaro, e tudo isso por um preço de R$10,00 a entrada.

 

O grupo dinamarquês Superflex se encarrega das primeiras exposições do museu e traz os projetos como Free Beer (clique aqui para ver), onde os visitantes tem a oportunidade de saborear uma cerveja cuja receita é livre e não tem registro de marca, podendo qualquer pessoa comercializá-la. Além dessa há também a Copylight, aqui os visitantes trabalham e fazem objetos, além do “Passeio de Baratas”, onde os visitantes são convidados a caminhar pelo museu sobre a perspectiva dessas criaturinhas, que ficarão aqui na terra por muito mais tempo que nós.

 

Uma perfeita definição sobre o conceito do museu está descrita no site do Amanhã (Eu tô amando a escolha dessa palavra como nome pro Museu):

“O grupo Superflex expõe como poucos as engrenagens que movem o mundo. Por meio da sua arte, questiona temas como trabalho, produção, consumo de massa, propriedade intelectual, tecnologia, poder, dinheiro e arte. Nada melhor, assim, para inaugurar o Museu do Amanhã, que, inevitavelmente, terá de lidar com as mesmas questões […] Eles estão certos. Um museu será relevante no século XXI na medida em que mantiver conexões vivas com o maior número possível de redes e organizações locais e globais, e com a comunidade da qual faz parte, empoderando-a.”

 

Essa metáfora palpável e gigantesca, de concreto que é o Amanhã me faz linkar com o nossos próprios museus do amanhã, centros de compras imensos, que infelizmente pouco consideram em seus projetos abordagens e posturas sustentáveis.

 

Cada um dos que já exite e dos que estão por vir a cada trimestre nos diz o que virá pela frente, modas são jeitos de vestir, e seu jeito de vestir é um posicionamento. E como estamos nos posicionando? Em nosso trabalho, nas empresas, na política do hoje e do amanhã? E em nossas próprias casa. Não falo apenas de separar o lixo orgânico do lixo sintético, mas além. A maneira como estamos produzindo e distribuindo a confecção daqui. Temos um closet gigantesco com inúmeras variedades e muita qualidade, mas precisamos nos lembrar 24 horas por dia que o mundo não se restringe as paredes de nossa casa e o que de excesso que botamos para fora dela não some com o vento. Uma prova disso é o Rio Capibaribe. O que vestimos foi feito por alguém e tudo o que consumimos pode voltar em um dia de chuva e bater na nossa porta dizendo – “Lembra de mim?” (copinho de café).

 

É um círculo que está em movimento constantemente. A sustentabilidade é como a moda: as mesmices da moda voltam atualizadas, as mesmices da natureza voltam enfurecidas.

 

*Posso ter um amém?

 

bruno melo Bruno Melo é estudante e pesquisador da graduação de Arte e Mídia – UFCG-PB. É ator e já atuou, produziu e dirigiu algumas peças na cidade de Santa Cruz do Capibaribe. Participa desde 2013 na produção do Festival Atos de Teatro Universitário do curso de Arte e Mídia e em produções multimídias e trabalhos de conclusão do curso, como instalações artísticas, peças teatrais, videoclipes, como assistente de arte e produtor. É idealizador de um projeto do amanhã: o Jogar Teatro com aulas aos sábados na Usina 321.

Sobre Box Fashion - redação

Redação do Box Fashion. Moda no polo de confecções do agreste Pernambucano. Consumo, mercado local e conteúdos especiais sobre tudo que cerca a moda. Iluminuras, criatividade e indústria fashion no interior de Pernambuco. @oboxfashion

Você pode gostar de ler também.

Pulseiras masculinas, comece a usar
Mulheres de poder é a nova coleção assinada por Rodrigo Stumpf