Arquivo para pernambuco - Rodolfo

Iniciei uma nova jornada me preparando para atuar na produção cultural como atividade de trabalho para empreender. Desde os anos cursando Publicidade me envolvi com os bastidores do fazer criativo na comunicação e curtia bastante ser a pessoa que encabeçava resolver os perrengues, organizar as tarefas e providenciar materiais e pessoal para realizar as campanhas que produzíamos para os trabalhos da faculdade.

Fotografias: @@estranhaeuforia

Lembro também das vezes que fui produtor nato montando desfiles de moda onde eu morava, em Pão de Açúcar, distrito de Taquaritinga do Norte durante a programação da festa de São José, padroeiro do distrito, no mês de março. A nostalgia bate forte ao relembrar esses momentos.

Fotografias: @estranhaeuforia

Hoje atuando exclusivamente na comunicação tenho me mobilizado a refazer alguns desses caminhos com uma recente aprovação em um edital municipal da Lei Paulo Gustavo, me vi novamente envolvido na produção, nos bastidores de uma gravação, unindo todos os elementos de um set de filmagem. E me senti bem em fazer isso. Apesar de amar estar no celular como o blogueiro que me tornei, percebi que atendendo às demandas unicamente dos clientes, fui me limitando a uma linguagem publicitária que já não faz tanto sentido.

Fotografias: @estranhaeuforia

Então me deparei com essa oportunidade de formação gratuita, apoiada pelo Funcultura Pernambuco, que prometia oferecer conhecimento e técnicas para aprimorar ainda mais minha atuação como produtor. Decidi participar e mergulhei de cabeça no processo. Foram dias incríveis de aprendizado, reflexão e inspiração.

Fotografias: @estranhaeuforia

Com foco em duas frentes, uma mais teórica (e mesmo assim cheia de prática) a primeira parte proporcionou uma grande quantidade de conhecimento para impulsionar ações empreendedoras, tirar ideias de papel, saber como iniciar percursos bem como caminhar no tabuleiro do empreendedorismo de forma estratégica abordando temas como: públicos alvos, comunicação nas redes sociais, gestão financeira e muito mais.

Fotografias: @estranhaeuforia

Essa parte mexeu muito comigo. Aqui, pude revisitar muitos conceitos que aprendi na faculdade, mas, em um contexto diferente, as reflexões me fizeram repensar muito sobre minhas práticas no dia a dia e considerar o que ainda posso realizar na vida com mais afeto envolvido, além da mera necessidade de pagar contas, buscando outras fontes de felicidade. Pra mim foi o ponto alto da experiência.

Fotografias: @estranhaeuforia

Tudo rolou em duas semanas com dois dias de formação em cada semana. A primeira parte nos dias 19 e 20 de março e a segunda parte nos dias 26 e 27 de março, no TEA, teatro Experimental de Arte de Caruaru.

.Fotografias: @estranhaeuforia – na foto @riah_cantora à esquerda – Elis Galvão no meio – @quequel.santana à direita
Riah e Raquel Santana são artistas Caruaruenses e participaram de roda de conversa relatando experiências de suas atividades com editais, nos palcos e na produção cultural.  

E agora, falando da segunda parte, que foi mais focada em editais culturais e técnicas para desenvolvimento das ideias do grande grupo. Foram valores importantes repassados juntamente com as contribuições trazidas pelo grupo durante as discussões, com incluindo visões éticas sobre o fazer cultural, desafios e experiências inspiradoras, Além disso recebemos duas convidadas bem experientes na profissão, que são tanto produtoras quanto artistas: Riah e Raquel Santana.

.Fotografias: @estranhaeuforia

Aqui nessa parte a Elis Galvão detalhou tudo sobre Funcultura e editais de fomento no estado de Pernambuco, desmistificando a temida planilha orçamentária e todas as etapas de desenvolvimento e inscrição dos projetos culturais para empreendedores e empreendedoras na área.

.Fotografias: @estranhaeuforia

Rede de contatos

Fazer cursos presenciais para mim ainda é sempre uma forma incrível de ampliação dos mundos. O contato com as pessoas faz tudo crescer dentro de você entre conversas, escutas e muitos aprendizados diferentes. A turma de pessoas inscritas foi maravilhosa. Acho que todos e todas numa mesma sintonia e interesse de aprender em grupo. O que foi muito massa e deixou na turma um sentimento maravilhoso de proximidade.

.Fotografias: @estranhaeuforia

Também conhecer o que cada uma das pessoas na formação estava fazendo na produção cultural foi muito bom. Haviam pessoas do artesanato, poetas, musicistas, ilustradores, gente da comunicação que empreende na cultura, professoras, teatro, dança, fotografia. Um coletivo criativo de muitos talentos. Quase mesmo uma grande produtora.

.Fotografias: @estranhaeuforia

Eu mesmo voltei para casa com muitas novas ideias, algumas ainda se estabelecendo para um dia ainda seguirem em frente, mas principalmente sai dessa formação me sentindo pela primeira vez não amador no meu fazer, profissional mesmo sabe. Apesar de uma jornada toda profissional com formação e tudo… o sentimento é esse.

.Fotografias: @estranhaeuforia
.Fotografias: @estranhaeuforia

Uma das minhas falas quando me apresentei foi de que eu já atuava nesse mercado de produção cultural e agora queria viver isso de forma maior na minha vida. Aos 34 anos… você já tem alguma estrada no caminho e tudo que se quer é finalmente se ver estabilizado num fazer seu e somadas as experiencias das jornadas eu falei ainda na minha apresentação que sim, queria me tornar um produtor cultural, mas sem dar o sangue. Por que depois de tantos perrengues acho que o sangue todo já havia escorrido (rindo). E talvez isso seja um valor muito importante para ter com o trabalho.

.Fotografias: @estranhaeuforia

Como produtores nós sabemos das dificuldades em fazer projetos acontecerem e isso muitas, muitas vezes nos leva tudo, as forças, as energias, o ânimo e sim, o sangue. E fazer dessa forma não é justo com projetos tão bonitos que contemplamos, o bom mesmo é trabalhar com folga, com calma e de forma planejadinha para viver mais o prazer do que fazemos e viver menos os perrengues e gambiarras que lidamos. É claro que sempre tem aquele fio solto em busca de um eletricista de última hora, um convidado atrasado no trânsito em dia de chuva. Mas me refiro ao fazer profissionalizado que lida com essas questões com menos desgaste e mais profissionalismo. Essa formação nos ajudou nisso. E foi muito muito bom. Somente agradecer e celebrar o conhecimento adquirido.

Elis Galvão – Liga Criativa

Eliz Galvão é produtora, consultora e empreendedora cultural. Formada em Publicidade e Propaganda e Pós em Economia Criativa, Cultura e Inovação. É responsável pela Liga Criativa, empresa que atua desde 2009 prestando serviços nas áreas de produção cultural, assessoria e formações em elaboração, gestão de projetos e empreendedorismo cultural.

Já a Liga Criativa: é um empreendimento criativo que atua desde 2009 nas áreas de treinamento e capacitação em produção cultural, elaboração, gestão de projetos e empreendedorismo artístico. É gerido por Eliz Galvão e tem no portfólio a realização de mais de 70 turmas formadas e mais de 5.000 pessoas atendidas com as formações.

E-mail: liga@ligacriativa.com.br
Site: www.ligacriativa.com.br
Instagram: @ligacriativa
YouTube: Liga Criativa

Sobre Rodolfo Alves

Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.

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#repost – EQUIDADE: OFICINA ELABORA INSPIRA MODA SUSTENTÁVEL E INCLUSIVA QUEM TRABALHA NO SETOR
Caracóis, fotografia, paraíso astral e teatro

Estive presente neste evento em 08 de agosto de 2023 e somente agora recuperei as conversas e textos a respeito dele para postar. Vale aqui o registro dessa importante mobilização do setor em busca de melhorias estruturais e transformações reais na realidade do trabalho e lida com a moda.


Santa Cruz do Capibaribe (PE) e São Paulo (SP) receberam as oficinas Elabora, uma iniciativa do Colabora Moda com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil para sensibilizar, discutir e chamar para a ação por mais equidade na moda brasileira. 

Com o objetivo de aproximar de lideranças que podem construir caminhos para mais equidade na cadeia de valor da moda e testar uma nova metodologia de formação para o tema, as oficinas Elabora foram realizadas nos dias 9 e 21 de junho, em Santa Cruz do Capibaribe (PE) e São Paulo (SP), respectivamente. Resultado do Grupo de Trabalho Intersetorial de Equidade do Colabora Moda Sustentável, apoiado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, as oficinas reuniram especialistas em equidade de gênero, raça e justiça climática, além de costureiras do Coletivo Mulheres do Polo, representantes do Box Fashion e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) em Santa Cruz do Capibaribe, e líderes sindicais da rede da Confederação Nacional dos Trabalhadores/as do Ramo do Vestuário da CUT (CNTRV-CUT) e costureiras do Coletivo Sartasiñani em São Paulo.

 “A Oficina Elabora foi um passo importante, para fomentar o diálogo e reflexões  sobre a importância e a necessidade da equidade de gênero e raça na Moda, considerando as desigualdades que caracterizam esse setor e que interferem no Desenvolvimento Socioeconômico das regiões onde a indústria de confecções se instala, como é o caso do Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco”, afirmou Virgínia Vasconcelos, coordenadora e facilitadora da Oficina em Santa Cruz do Capibaribe.

Idealizadas para ser o pontapé de um programa maior de letramento e formação em equidade na moda e promoção de boas práticas nesta cadeia de valor, que está em desenvolvimento e captação de parcerias e recursos, as oficinas foram construídas sob uma perspectiva interseccional, que integra as questões de raça, gênero e classe. A realização das oficinas Elabora iniciou um processo de diálogo com os participantes para que, no futuro, possam ser formados multiplicadores e agentes de mudança. Os eventos foram enriquecidos por debates instigantes, atividades práticas e palestras inspiradoras das especialistas Viviana Santiago, Coordenadora de Diversidade e Inclusão no Instituto Moreira Salles e colunista da Revista AzMinas, e Pâmela Dias, Gerente de Inovação no Armazém da Criatividade e Pesquisadora na Universidade Federal de Pernambuco. 

“Nossa intenção é que os participantes se tornem verdadeiros catalisadores de transformação, promovendo um setor inclusivo, justo e sustentável. Utilizamos também do encontro para colher insumos para a próxima fase do projeto, que é ter uma formação de multiplicadores”, afirmou Eloisa Artuso, coordenadora do GTI e facilitadora da oficina de São Paulo. 

Capacitar multiplicadores e agentes de mudança é fundamental para a construção de uma cadeia mais inclusiva, diversificada e consciente das questões sociais e ambientais. O sucesso dos encontros foi evidenciado pelo interesse dos participantes em seguir aprofundando no tema e pela disposição em pensar em ações colaborativas de promoção de equidade em seus ambientes, inspirados pela troca de experiências, conhecimentos e reflexões. 

O desenho e a realização das oficinas Elabora representa um compromisso firme em impulsionar mudanças positivas e duradouras na moda e contou, ainda, com a parceria do Armazém da Criatividade (PE), Casa Salô, Coletivo Mulheres do Polo (PE), Coletivo Sartasiñani (SP), CNTRV-CUT, Escola Técnica Estadual de Santa Cruz do Capibaribe (PE), Instituto Febre e Senac-Lapa Faustolo (SP).

LINKS

Confira aqui mais contatos nestes links para ampliar sua leitura:

Toque aqui para ler o post original no Site do Colabora Moda Sustentável

Toque aqui para seguir o Canal do Youtube Colabora Moda

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Toque aqui para ver seguir o Colabora Moda no Instagram

Fotografias por Jefferson Lulu

Sobre Rodolfo Alves

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Voltando a sonhar no meio do caminho
Relato de experiência: formação de produção cultural feita no Agreste com a Liga Criativa

Manifesto Sulanca: Já se pegou pensando em todos os temas e problematizações que fazemos a respeito de nossa vida cotidiana? A gente enaltece o trabalho e ao mesmo tempo reclamamos da cidade sem lazer, valorizamos a moda e no meio da pandemia nos faltam o trabalho das costureiras e costureiros para produzir. Sacralizamos o empreendedorismo e também nos doi essa lógica de endeusar uma divindade que requer tanto de nossa vida, nossos horários e nossa família.

Para expressar tantas questões que envolvem essa mistura toda de sentidos (na pele, nas costas, na rotina) é que o Manifesto Sulanca foi escrito por pessoas que fazem parte desse contexto.

MAS AFINAL O QUE É UM MANIFESTO?

[…] É “um texto que faz uma declaração pública de princípios e intenções, que objetiva alertar um problema ou fazer a denúncia pública [de algo] que está ocorrendo, normalmente de cunho político. Os manifestos destinam-se a declarar um ponto de vista, denunciar um problema ou convocar uma comunidade para uma determinada ação. […]

“A cultura dos manifestos corresponde a uma “necessidade legítima dos artistas de conquistar um espaço nos meios de comunicação responsáveis por fazer a ponte entre suas ideias e o grande público”.

Adaptado da fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesto

COMO O MANIFESTO SULANCA FOI FEITO?

apresentação geral do manifesto para mais atuantes do setor de vestuário local

Durante a quarentena de 2020, 7 pessoas entre acadêmicos, criativos, costureiras e profissionais liberais da cidade de Santa Cruz do Capibaribe em Pernambuco, passaram a se reunir para tecer conversas a respeito da vida no polo de confecções, mais especificamente na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, a terra criadora da Sulanca.

reunião online – quarentena 2020

As reuniões que aconteceram online, seguiram como desdobramento da programação Fashion Revolution Digital, também em 2020, na qual a gravação de um episódio de podcast  iniciou tais conversas e debates. Escute pelo Spotify dando o play abaixo:

O grupo se ouviu e expressou no Manifesto Sulanca dores e sabores necessários de serem vistos pela sociedade que participa desse contexto de indústria de vestuário no interior de Pernambuco.

O QUE TEM NO MANIFESTO

O Manifesto Sulanca trás 10 diferentes pontos que levantam questões importantes relacionadas ao trabalho, cultura, educação e valorização profissional de todos os envolvidos na cadeia produtiva do vestuário.

cartazes espalhados pela cidade desenhando novas paisagens geográficas pós pandemia do covid-19

Entre eles, destacamos 03 dos chamamentos: COLETIVIDADES, que reforça a importância de serem fortalecidas as narrativas de pertencimento coletivo como chave de unir pessoas no propósito de valorizar a Sulanca e chama para que sejam criadas condições de se agir coletivamente.

Já o chamamento 3 – QUEM FAZ A SULANCA coloca em voga nomes e histórias de pessoas e corpos diferentes envolvidos em toda a cadeia de transformação têxtil, deste espaço e chama para que os interesses de todos e todas sejam dialogados.

entrevista para Rádio Polo FM – fevereiro de 2021

Um terceiro ponto importante entre os 10 chamamentos é para o chamamento: O ACHADO DA BOTIJA já no final do Manifesto Sulanca. Ele destaca as melhores qualidades da cultura local e as coloca na receita como ingrediente que nos diferencia de todos os outros polos de confecção pelo Brasil. A Sulanca é camaleoa e sabe naturalmente se refazer, é ligeira e como dizemos por aqui: desenrolada.

Justamente essa característica é o foco da energia para os caminhos que o Manifesto Sulanca pode incentivar a transformar.

A IMPORTÂNCIA DO MANIFESTO SULANCA

A importância do Manifesto Sulanca, para além de valorizar a história local, como também se dispõe, abre um marco importante na região, sinalizando um posicionamento claro e resistente da cultura local.

apresentação do Manifesto Sulanca para coordenadores da secretaria municipal de educação – Santa cruz do Capibaribe – PE – fevereiro de 2021

É esta cultura olhando para si mesma sem o viés externo, compreendendo dores e sabores de sermos quem somos e provocando pelo diálogo a construção de mais possibilidades para mais pessoas e sulanqueiros e sulanqueiras transformarem o mercado, a vida social, a cidade e a cultura.

BAIXE O MANIFESTO SULANCA EM PDF CLICANDO AQUI

Manifestar é algo muito necessário à natureza humana, e nós somos mesmo estes seres que se fazem e se refazem na conversa. Crescemos e mudamos quando conseguimos ouvir e falar.

E toda manifestação do que houver para ser dito é um presente de cura para quem fala, um presente de entendimento para quem ouve e um outro presente de troca para quem dialoga. Todos e todas crescem com o processo democrático de produzir a sociedade que queremos.

visita de entrega do Manifesto ao conselho administrativo do Moda Center Santa Cruz – fevereiro de 2021

IMPORTANTE RESSALTAR

O Manifesto Sulanca é uma ação coletiva, pública e política, e não está ligada a nenhum partido ou grupos partidários.

Participe da conversa entrando em contato com as pessoas e os coletivos Manifestados proponentes do projeto: @murallcolab + @jorgefeitosa.jf + @re.form4 + @corresderafa + @oboxfashion + @sandrarobertacs + @ateliedethammy

Assinam o Manifesto Sulanca: João Rocha, Jorge Feitosa, Karol Diniz, Rafa Monteiro, Rodolfo, Sandra Roberta, Thammy Farias.
Revisão textual do Manifesto Sulanca: Arthur Thomaz-
– Design gráfico e diagramação: Virginia Guimarães

foto histórica da feira da Sulanca em meados da décadas de 60 – 70 – acervo Adelmo Teotônio

Clique aqui e ASSINE O MANIFESTO SULANCA participe das ações coletivas

Em breve o Coletivo Manifesto Sulanca também divulgará a programação de encontros e diálogos sociais em volta dos chamamentos. Acompanhe pelas redes sociais @oboxfashion.

Entrevista dos Manifestados na Rádio POLO FM em fevereiro de 2021

A imagem de capa desta matéria foi cedida por Adelmo Teotônio – pelo acervo da Exposição Nós Sulanca, a imagem foi manipulada para fins editoriais.

Sobre Rodolfo Alves

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Coleção A FEIA FERA FEIRA (ou a REDENÇÃO da Santa Cruz) de Jorge Feitosa

A coleção Jorge Feitosa apresenta a Feira da SULANCA (feira de vestuário popular), que surgiu entre as décadas de 1960 e 1970, em Santa Cruz do Capibaribe, cidade do Agreste Pernambucano, como uma entidade divina, mística. O costureiro sulanqueiro Jorge Feitosa explica a linha de suas ideias:


“Apesar de simples e rústica (FEIA), a feira se espalhou pelo centro da pequena cidade mudando a realidade desse lugar. Foi engolindo tudo que pudesse ser motivo de estagnação (FERA). Transformando com o passar dos anos, a cidade onde surgiu, na principal produtora de confecções do estado (REDENÇÃO), livrando as pessoas da fome e da tristeza de ter que sair do seu lugar natal”.


Esse é o cenário poético do novo trabalho, que resume o culto a essa entidade “A Feira da SULANCA”, alimento vivo do seu ofício, com tudo de bom e de ruim que ela oferece. Percebendo a sua força, sua voracidade, seu exagero, Jorge diz continuar aprendendo com a feira, esse lugar de ajuntamento de diferenças, que o movimento do novo, só acontece quando há a disposição de todos.

Atualmente “a casa” da Feira da SULANCA em Santa Cruz do Capibaribe/PE, é o Moda Center Santa Cruz, maior centro de compras populares do Brasil, apoiador desse projeto!

Fotos: @niviamarcolinoo

Como referência gráfica, imagética, além das bancas de madeira utilizadas na Feira da SULANCA e suas “listas” em ripas de madeira, as xilogravuras do artista Gilvan Samico, entraram no mapa de inspirações de Jorge. Primeiro por ser admirador do seu ofício e por sua obra apresentar uma atmosfera divina, mitológica. Elementos esses, que estão presentes na narrativa da coleção.

MATERIAIS

A matéria prima deste trabalho, foi coletada no próprio estoque, marca presente no trabalho de criação de Jorge o manuseio de saldos, retalhos, sobras e aproveitamentos. Mas dessa vez, o sulanqueiro contou também com tecidos da VICUNHA TÊXTIL, que complementaram perfeitamente o mix de texturas e bases que usou na coleção.

Fotos: @niviamarcolinoo

CALÇADOS E MAKE

Os calçados são da colab MELISSA+RIDER, somando ao styling das peças a possibilidade urbana e versátil da moda feita por Jorge Feitosa. A beleza do desfile na Casa de Criadores foi assinada pelas parceiras MAC – Fabiana Gomes + CAPA – Jô Castro, tendo como referência a figura da carranca, a criatura mística e milenar, mas especificamente, a “carranca nordestina”, aquela que está presente nas embarcações do Rio são Francisco, justamente por se tratar de uma entidade que com sua cara feia e boca escancarada com presas afiadas, espanta as coisas ruins, afim de conservar, manter, proteger o que é bom.

Essa ideia foi estilizada por Fabiana Gomes no rosto dos modelos, seguindo também como inspiração o traço gráfico da xilogravura do Gilvan Samico, já citado aqui como uma das referências. Outra parceria que vale citar é o acabamento das peças e a presença da A SAN JORGE CONFECÇÕES/EXCLUSIVA que colaborou com a lavanderia dentro desse projeto.

Fotos: @niviamarcolinoo

O SUCESSO DA CARRANCA COUTURE

Vocês sabem do orgulho que Jorge Feitosa mobiliza em nós ao manipular sua forma de fazer roupas e sabem também que por isso mesmo eu me considero fã do sulanqueiro. Nesses dias que estive na casa de Jorge acompanhando o trabalho de finalização da coleção eu me envolvi como espectador e fiquei encantado com os processos, com a dedicação de Jorge ao seu trabalho.

Fotos: @niviamarcolinoo

Na lista de lembranças, conheci Jakson Araújo e amei o texto que  o mesmo publicou em seu perfil no Médio, cunhando o termo Carranca Couture. Vou deixar aqui linkado para que você também conheça. Abaixo alguns dos links que guardei de tudo que rolou durante antes, durante e depois da chagada de Jorge Feitosa na 44ª edição da Casa de Criadores.

Vogue anuncia o Line Up da Casa de Criadores – link
Texto de Jakson Araújo: link 
Vídeo do desfile no IGTV: link 

Site Lilian Pacce

DESFILE

A trilha sonora do desfile contou com o talento de Max Blum

 

 

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Line up do EMP 2017 – marcas e desfiles

Line up do EMP 2017 – marcas e desfiles | CONHEÇA O line up de marcas que irão desfilar no 2º Estilo Moda Pernambuco a partir de amanhã.

Reconhecido como o maior e melhor centro atacadista de confecções do Brasil, o Moda Center Santa Cruz promoverá, de amanhã dia 02 até os próximo sábado dia 07 de outubro de 2017, a segunda edição do Estilo Moda Pernambuco – EMP. Este ano, o evento tem como tema “Moda e Inovação”, e contemplará toda a cadeia produtiva do setor confeccionista pernambucano.

 

Estilo Moda Pernambuco veio para consolidar o talentoso mercado do Polo de Confecções de Pernambuco, mostrando o que a região tem de mais moderno e inovador no mercado da moda. Confira o line up de marcas que desfilarão no EMP:

 

SEGUNDA DIA 02 – DESFILE MANHÃ – 10:00

  • Joggofi – moda masculina e feminina
  • AB&C – infantil masculino e feminino
  • Toda Bella – moda feminina
  • Zuzinha Kids – moda masculina infantil
  • Indivíduo – moda masculina
  • Cat Pink – moda feminina
  • Rótulo do Corpo – moda feminina e masculina
  • Pepéu – moda feminina
  • Spertos – moda fitness
  • Glamiss
  • Presença VIP – Carlinhos Maia

SEGUNDA DIA 02 – DESFILE TARDE- 14:00

  • Pietá – moda feminina
  • Rastro do surf – moda masculina surf
  • Se Modas Plus Size – moda feminina
  • Patota D’água – moda infantil
  • John Cash – camisaria feminina
  • Presença VIP – Lore Improta

 

SEGUNDA DIA 02 – DESFILE NOITE- 20:30

  • Joggofi
  • Rio Ondas
  • J&Q Lingerie
  • Acqualara
  • Davi Fashion
  • Rota do Mar
  • Sport Company
  • Camboriú
  • Iska Viva
  • Laluka
  • Presenças VIP – Carol Nakamura e Carlos Casagrande

 

TERÇA DIA 03 – DESFILE NOITE- 19:40

  • Multmalhas
  • Jorge Feitosa – Sulanca
  • Jorge Feitosa – O caso da torre
  • Palestra Arlindo Grund – Cenário e tendências de moda

 

QUARTA DIA 04 – PALESTRA NOITE- 19:40

  • A moda está no agreste ou o agreste está na moda – Luiz Clério – SENAC
  • In pactos – Paulo Borges – SPFW

 

Gostou do Line up do EMP 2017 – marcas e desfiles?

Acompanhe aqui no site e em nossas redes sociais tudo que rolar no EMP 2017. 

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3ª edição do Moda e Negócios espera vender R$ 15 milhões

3ª Edição do Moda e Negócios espera vender R$ 15 milhões | O Moda e Negócios é um evento planejado e desenvolvido pela CDL de Santa Cruz do Capibaribe, através da sua Câmara Setorial dos Representantes Comerciais da Confecção. A 3ª edição do Moda e Negócios vai acontecer entre os dias 26 e 28 de julho, na quadra do Rota do Mar Club. Ao todo serão 120 expositores com marcas produzidas no Polo de Confecções de Pernambuco, nos segmentos de moda praia, jeans wear, moda infantil, streetwear, fitness e moda masculina e feminina.

 

Estão sendo esperados 200 compradores de todo Brasil. “Estes compradores, além de serem clientes dos representantes comerciais, eles passam por uma minuciosa análise de crédito, feita pela CDL, pois o nosso intuito é movimentar e aquecer a economia da nossa cidade e da região e esse aquecimento precisa ser  no sentido de possibilitar uma venda segura para os expositores do evento”, destaca o presidente da CDL, Valdir Oliveira.

 

A expectativa da organização do evento é movimentar R$ 15 milhões em vendas. A 3ª Edição do Moda e Negócios vem se consolidando na região e conta com apoio do Banco do Nordeste, ADDiper, SEBRAE e Prefeitura Municipal.

 

Com informações da CDL via blog da instituição.

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SIMPLE e chic são os novos lançamentos da Menina Malandra em Pernambuco
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Simple e chic são os novos lançamentos da Menina Malandra em Pernambuco | A marca pernambucana inciada em 2010 tem lançamentos constantes para atacadistas de todos o país, distribuídos pela fábrica ou no PDV do Moda Center Santa Cruz. Os novos modelos mesclam diversos materiais e já conta com produtos acabados no estoque, tamanho o sucesso entre os atacadistas que distribuem a marca em todo o país.

Com custo benefício que valoriza a cadeia de distribuição, os atacadistas encontram na marca valor agregado de moda e estilo atuais, ao mesmo tempo que os preços são convidados para lucratividade garantida nas revendas de lojas e boutiques de bairros espalhadas em diversas cidades do Brasil.

COLEÇÃO INVERNO 2017

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONTATO

A marca tem presença garantida sempre com atualizações nas redes sociais como Instagram e Facebook e você pode encontrar fácil clicando nas palavras em destaque.

Siga no Instagrtam: @meninamalandra_

Para visitar a loja física você pode encontrar no seguinte endereço em Pernambuco: Santa Cruz do Capibaribe, Moda Center Santa Cruz – LOJA: Setor Amarelo, Bloco 4, loja 01. Box: Setor Vermelho, rua J, boxes 25 e 27. O contato pelo WhatsApp da fábrica é: +55 81 991.904.968

 

CRÉDITOS

Fotografia: Rodolfo Alves

Modelo: Monalisa Melo

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Festival do Jeans de Toritama 2017 – resumo dos desfiles

O Festival do Jeans encerrou ontem sua 16ª edição com um marco na realização do evento: bem montado,  produzido e articulado, evento retomou os trilhos e agora sim podemos apostar em ainda mais edições que agregarão valor á moda local.

 

Entre as coleções desfiladas o foco no talento da cidade, o jeans, se manteve com desfiles de marcas ousadas e também clássicas do segmento. Um ponto bacana é que também o festival expandiu a moda da passarela para mais segmentos como a malharia.

 

Selecionei as principais apostas das marcas para a temporada de inverno com os lançamentos. Por aqui os lançamentos ‘see now by now’ são a maior vertente de comercialização, por isso até mesmo depois dos desfiles os produtos já podiam ser encontrados nas lojas.


TOTAL JEANS

Representativos por excelência os looks total jeans apareceram em muitos dos desfiles. Com modelagens amplas e justas haviam caimentos para gostos variados.

 

PEÇAS BÁSICAS

Atendendo a consumidores mais conservadores as marcas não perderam de vista os looks mais básicos com poucos incrementos e prezando pela qualidade das peças.

 

CURTINHOS

Mais clássicos da moda vieram com os looks compostos com shortinhos básicos. Conjuntinhos de combo para as estampas renovaram os looks combinando peças e iluminando as produções de inverno.

 

MILITARES

Confesso que para mim essa estética já foi. Nos precisávamos de um militar das ruas agora, mas a tendência sempre se reapresenta no inverno, e vez por outra volta a ganhar o gosto dos consumidores. Pouco a declarar. Mas amei o 1º e 3º look da sequência abaixo. Para além da tendência o styling básico e engajado representou um frescor bom de ver.

 

CHOVE MAIS

Os moletons, casacos e jaquetas marcaram forte presença nos desfiles. O modelo bomber chegou para a marcas locais e as modelagens amplas também ganharam o gosto dos estilistas. Destaque para 2º e 3º look. Selecionados para meu guarda-roupas.

 

BOSSA MULTICOR

Conjuntinhos e vestidos foram o carro chefe de uma das marcas. Me chamou atenção a conexão dos modelos com desfiles que tenho visto em semanas de moda mundo afora. Modelos sofisticados apostaram em informações de moda e estilo de gosto elegante e nobre. Eu amei e indicaria todos. Me lembrando figurinos de seriados nostálgicos. INLOVE.

 

SEXY STYLE

Por outro lado as propostas mais calientes mostraram o estilo de uma mulher cada vez mais fashionista e livre para usar peças com mais corpo a mostra.

 

ROCK POWER

A fúria do rock deixou os looks mais fechados, porém não menos belos. Estampas icônicas da ambiência rock, aplicações de aviamentos, lavagens e misturas de materiais (jeans+malharia) compuseram os looks.

 

 

O EVENTO

Super organizado, desfiles pontuais e público cativo. Só elogios para a arena de desfiles e estandes.

 

 

Arnaldo Xavier esperando o início do desfile de sua marca com lançamento de inverno. A Rota do Mar desfilou no primeiro dia e tudo sobre a coleção você confere no Box Fashion clicando aqui.

 

Estandes bem organizados. Muito movimento na área de negócios do festival.

 

ENCONTRINHOS

Eu e Jacque Tamboo – toda vez a mesma mangoça. Amo sou quero tenho sigo, abaixo para ficar na foto. E olha o salto da criatura!

 

Outro doce a fotógrafa e designer Ramire Lins. Amo encontrar por ai a energia e simpatia dela. (Ramire esconda a foto da chantagem)

 

A modelo Bruna Bloise sendo nosso chodó. Amo curto sigo gosto dou valor.

 

Jakson Andrade numa pausa para a foto. Vamos ao trabalho men.

 

Sobre Rodolfo Alves

Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.

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Oficina de fotografia artesanal comemora 160 anos de Caruaru

Oficina de fotografia artesanal comemora 160 anos de Caruaru | A Caruaru Capital do Agreste lá dos tempos de menino será tema da oficina artesanal de fotografia, que acontecerá próximo dia 18 em comemoração aos 160 anos da cidade pernambucana. A oficina oferecida gratuitamente pela Pupila Design e Fotografia terá a presença do professor historiador Urbano Silva, do fotógrafo Antonio Preggo e da designer e artista visual Jess Cordeiro que ensiná a fazer a revelação fotográfica com a técnica do caffenol: aquele café que você toma em casa ou na feira, também serve para revelar foto. Ficou interessado? Então se inscreve.

 


Serviço: A oficina de Fotografia artesanal – data: 18 de maio de 2017 –  terá início as 10h. Local: Empresarial Shopping Difusora. 12º andar – Sala 704.

PARA PARTICIPAR:

1) siga o perfil @pupiladef no Instagram

2) Marque nos comentários do post 3 perfis verdadeiros

3) Envie uma foto linda de Caruaru para o e-mail: contato@pupiladesign.com.br

4) Leve no dia da oficina, um pacote de ração gato ou de cachorro (no mínimo 2kg) para doar ao grupo @desabandonecaruaru

Sobre Rodolfo Alves

Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.

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Bráulio Bessa em Santa Cruz do Capibaribe – entrevista exclusiva

Bráulio Bessa em Santa Cruz do Capibaribe – entrevista exclusiva | Bráulio Bessa chega hoje em Santa Cruz do Capibaribe para sua primeira palestra em nossas terras. Vindo a convite do Moda Center Santa Cruz em sua comemoração de 10 anos do parque, o poeta, palestrante e defensor da cultura popular nordestina respondeu a entrevista do Box Fashion exclusivamente para sua vinda à cidade. No site oficial de Bráulio a descrição do mesmo o descreve como um fazedor de poesia com rapadura, as frases famosas em suas palestras mostram o engajamento vivo de um amante de suas origens e um criador iluminado pelas experiências sociais e culturais de sua terra: Alto Santo no Ceará.

 

Reconhecer-se nas falas e valores que Bráulio Bessa prega sobre a cultura nordestina é um salto de resistência de nossa cultura, e um afago manso no nosso senso de pertencimento, como ter reconhecido pelo mundo o que carregamos de melhor e mais bonito. Em tempos de conexão global o trabalho de Bráulio Bessa nas redes sociais é reconhecido: “Com fala mansa e sotaque carregado, o nordestino arretado Bráulio Bessa, transformou sua trajetória na defesa da cultura regional nas redes sociais em palestras, contando em forma de causos, sua história desde criança no sertão do Ceará.”  (Revista Viral)

 

 

ENTREVISTA

BOX FASHION: Naturalmente o povo nordestino tem no DNA o gene empreendedor, é um povo inquieto, arteiro, fazedor. Com a crise econômica atual a motivação das pessoas para enfrentar os problemas tem diminuído. O povo esqueceu o que corre no sangue? Que conselhos você daria ao empreendedor nos dias de hoje para lidar com a crise? “Suba os queixos e meta os pés” é a palavra de ordem inspiradora?

BRÁULIO BESSA: O sertanejo descrito por Euclides da Cunha: O Sertanejo é, antes de tudo, um forte. Somo fortes, criativos, corajosos, trabalhadores e acima de qualquer coisa, esperançosos. Existe um ditado que diz: É a dor que ensina a gemer. Pois bem, acredito muito que no momento do aperreio a criatividade e a força são ainda mais exigidas. Até uma topada empurra você pra frente. 

 

BOX FASHION: “Quem esquece de onde veio, não sabe pra onde vai” sua frase retrata bem o valor que a moda e o comércio local tem buscado agregar na confecção. Muito se fala em pesquisa, investimento em maquinário, mas como você imagina que os fazedores da moda podem ser valorizados, essa valorização faz parte do reconhecimento de saber de onde se vem?

BRÁULIO BESSA: O regionalismo está em alta, a nordestinidade está em alta, o povo nordestino gosta de se vê, somos vaidosos, seja numa novela, propaganda, culinária e até na moda, agregar elementos do regionalismo trás sentimento ao produto e, sentimento não tem preço, tem valor.

 

BOX FASHION:  Em suas andanças pelo país, sua vivência na TV, seu alcance digital e os novos produtos culturais que mostram e expandem a cultura nordestina… (cinema, novela, personalidades) você percebe que hoje em dia haja uma maior e melhor valorização do nordeste?

BRÁULIO BESSA: A grande mídia vendeu um nordestino estereotipado por muitos anos, e o próprio nordestino comprou esse personagem, muitas vezes caricato, irreal. O jogo virou com o resgate da nossa autoestima, e isso aconteceu quando o próprio nordestino passou a se enxergar diferente, sem se fazer de coitado, sem se achar inferior. Hoje, somos respeitados e admirados, embora ainda exista – e sempre existirá – preconceito, mas aprendemos a encarar essa situação de cabeça erguida.   

 

Foto divulgação
Foto divulgação

 

BOX FASHION: Desde que começou com a página no Facebook até hoje com mais de 1 milhão de seguidores, o que mudou como resultado do trabalho que vem fazendo para valorizar nossa cultura?

BRÁULIO BESSAA internet é uma grande ferramenta. Soa até contraditório, mas usar justamente uma ferramenta que é acusada de ser vilã num processo de esquecimento das raízes como aliada nessa luta foi o diferencial. Usar o novo pra manter vivo o “velho”, Gil Giardeli diz: “Você é o que você compartilha.” e o nordestino precisava se compartilhar. 

 

POEMA

De presente ganhamos um poema versado por Bráulio para compor essa entrevista. Aprecie:

 

Sendo a vida a própria arte

sendo você um artista

desfilando pelos palcos

sempre em busca de conquistas

Seja seu próprio cenário

capriche no vestuário

pra melhor se apresentar,

não é questão de vaidade

não tem a menor maldade

em querer se arrumar.

Por isso não tenha medo

seja sempre original

sua roupa fala muito

lhe faz único, sem igual

lhe dá personalidade

esconde até a idade

e lhe deixa mais formoso

e eu garanto a você

que a roupa tem poder

e lhe deixa até mais novo!


Gostou da entrevista com Bráulio Bessa em Santa Cruz do Capibaribe – entrevista exclusiva? Confira a entrevista que a poetiza Ágda Moura nos concedeu ontem. Ela foi o encanto de abertura do evento EMP recitando lindos versos sobre nossa história no desfile conceitual dos alunos FADIRE. Clique aqui para ver.

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Contatos Bráulio Bessa: site Instagram Facebook Twitter You Tube

 

Sobre Box Fashion - redação

Redação do Box Fashion. Moda no polo de confecções do agreste Pernambucano. Consumo, mercado local e conteúdos especiais sobre tudo que cerca a moda. Iluminuras, criatividade e indústria fashion no interior de Pernambuco. @oboxfashion

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Com o final da temporada de verão, lojistas nos grandes centros de compras no polo de confecções pernambucano entram no clima coletivo de liquidações. Devido a crise econômica o período sazonal de liquidações se estendeu mais que o comum em anos anteriores, quando o natural era liquidar coleções logo após o carnaval. Esse ano, as liquidações entraram no mês de março e encostam no calendário da próxima data motivo de consumo, a páscoa.

 

Num dos maiores centros atacadistas de compras do país, as liquidações trazem vantagens das mais diversas para compradores e visitantes. São variadas as formas que os confeccionistas encontram para se diferenciar dos concorrentes e entregar vantagens aos clientes: compre e ganhe, percentagem de descontos para bota fora de estoque, ganhe na quantidade (quanto mais compra maior fica o desconto), combos (compras de itens combinados). Vantagens significativas e motivo de oportunidades e lucro para compradores.

 

Nós visitamos o Moda Center Santa Cruz e preparamos dicas bem legais para os compradores de todo o país na hora de comprar em liquidações:

Polo de confecções em liquidação dicas para comprar melhor vitrine

 


Polo de confecções em liquidação, dicas para comprar melhor:

Dica 1: Tenha atenção na qualidade dos produtos. As vezes na pressa dos lojistas e até mesmo dos compradores, alguma peça pode estar com falha, é sempre bom conferir.

 

Dica 2: Considere pensar bem nas opções de preços. Vale a pena calcular dentro das lojas ou nos Boxes o valor da peça e conferir as reais vantagens.

 

Dica 3: Todos os logistas querem de você fidelidade, ou seja: que você volte a comprar com ele, então aproveite o momento para experimentar levar algumas peças novas, lançamentos, mesmo que não estejam em promoção. Faça o teste com seus clientes e pegue sempre os contatos do lojista ou feirante.

 

Dica 4: Avalie com cuidado a comunicação das lojas. Os cartazes, adesivos de vitrine e propagandas nem sempre são verdadeiros. E propaganda enganosa é crime. Informe algum descaso ao Procon ou aos departamentos administrativos das feiras que você compra.

 

Dica 5: Tente se organizar para comprar à vista, assim você ganha poder de negociação maior com os feirantes e lojistas. E se você já for cliente fiel de alguma marca, o momento é de ajuda mútua entre quem produz e quem compra no atacado, negocie divulgação da marca, combine prazos e outras possibilidades.


 

Polo de confecções em liquidação dicas para comprar melhor vitrine

Todo mundo sai ganhando, os compradores compram com preços vantajosos e lojistas/feirantes acabam fazendo novos clientes com uma demanda de pessoas que pela oportunidade do preço mais baixo passam a conhecer a marca. A dica é aproveitar como oportunidade, fazer as contas e trabalhar para segurar o barco das vendas, no atacado e no varejo.

 

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Já em sua quarta edição o Movimento Lamparina abre o Carnaval na capital da moda. O coletivo de jovens santa-cruzenses encabeçado pela estudante de arquitetura Ágda Moura (e seus amigos Aninha Pedrosa + Felipe da Banda Plano Base + Matiara Menezes + Sérgio Hildo + Neto Lopes + Raiana Barros) ganha força na cidade como o levante necessário de resgate cultural e convívio social num formato de intervenção urbana de muita luz na cidade dos tecidos, camisas e roupas… é pouquíssimas atividades do tipo.

 

Quando a gente se cansa de ler livros, e não acha mais histórias interessantes, a gente pega papel e caneta e escreve a história que gostaria de ler. (Frase do Instagram).

 

 

Autoria à parte a frase representa maravilhosamente o que muitos jovens vem fazendo acontecer nas cidades do polo. Mover a cidade ao seu interesse e ao interesse do coletivo, não esperar apenas das divindades apolíticas soluções para os problemas de eleições antigas.

 

O Movimento Lamparina organiza edições de mobilização cultural e intervenção urbana de arte, debates e encontros de idades e gerações ao redor de um único e belo objetivo, lembrar e valorizar o passado e conviver no presente, tendo a cidade e o asfalto como referência do espaço tempo. Cria soluções exemplo a ser copiadas por prefeituras mais inteligentes, favorece a sociedade num todo.

 

Segundo Ágda em entrevista concedida ao BOXFashion durante a quarta edição do evento neste domingo, o projeto quer como “uma luz resplandecente de uma lamparina acesa no escuro, ser uma chama que unida à luz das pessoas, faça a cidade se mover positivamente“. A quarta edição homenageou em seu primeiro carnaval seu Zé de Zuza, um personagem icônico da cidade que fazia o Zé Pereira na rua em tempos de carnaval.

 

No final das contas a memória viva do povo também começa a ser escrita pelas mãos protagonistas de jovens como estes que fazem agora muito mais que a moda acontecer nas cidades do polo, mas também a vida.

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