Movimentos e notícias diversas moveram nossos olhares para o tema do racismo novamente esses dias. O caso da Jornalista Maria Júlia Coutinho da TV Globo, vítima de racismo nas redes sociais, o desabafo da modelo Nykhor Paul, 25 anos, do Sudão do Sul contra maquiadores despreparados que insistem em cobrir a tonalidade da pela negra no mundo da moda foram assunto nas redes sociais.
Maju como é conhecida, é a moça do tempo no Jornal Nacional
Nykhor Paul – Modelo
Palavras contra o racismo e ações a favor da beleza negra tem andado juntas também por aqui. As terras do polo que começam a fazer marketing para marcas locais iniciam agora a experimentação da estética e do visual para atender as demandas do mercado. Mas um mercado ainda imaturo nesse debate, e que repete como padrão as regras de grandes veículos de comunicação pelo Brasil a fora. Modelos brancas sempre. Poucas vezes vemos a identidade de nossas marcas assumirem seus públicos alvo com pessoas fora do padrão estético vigente. Logo na moda, onde a ousadia é um paradigma constante. Mas que bobagem a nossa, achar que uma mulher negra no catálogo de uma marca é um ato de ousadia. Isso nos traz inclusive a reflexão que questiona em que tempo AINDA estamos.
Contudo o caminho da afirmação e do empoderamento começa a juntar nesse interior quente, pessoas de cabeças atentas ao novo, atentas ao necessário. Porque moda acontece na vida, na rua, no trabalho, não somente na revista e nem tão pouco somente na novela. Antes dos produtos, dos usos que fazemos deles, há em cada uma identidades construídas sob o medo do escuro, do negro. E é por isso que a ousadia de muitas mulheres não tem esperado pelo mercado, nem pelas marcas, a moda acontece sem medo, sem vergonha e com muita negritude também.
Em Caruaru um ensaio fotográfico coletivo organizado pelas redes sociais, mobilizou mulheres ativistas pela causa feminista e negra, para debater sobre o belo além do branco, o belo além do eurocêntrico, o belo crespo e de turbante sim. Entre atividades e apresentações culturais, as fotógrafas Marília Chalegre e Drica Mendes clicaram diversas idades, rostos e encontros de mulheres com sua afirmação de beleza negra. O evento em 5 de julho enegreceu a capital do forró e berço da economia fashion no agreste com toda a atitude que a vida e que a moda precisam. Porque em terra de chapinha, quem tem black é rainha.
Nosso objetivo foi chamar a atenção, exibindo outras belezas possíveis, muito mais ligadas a uma ideia de diversidade e afrocentrismo do que a ditadura estética de um padrão único e eurocêntrico.
Falou Gabi Monteiro no release ao Box Fashion. O evento ainda foi destaque no Jornal de Caruaru e no G1, o portal de notícias da Globo. Confira as fotos:
O evento dispôs de uma oficina para ensinar a usar turbantes incríveis.
É a união que fortalece a beleza.
Foto Cabelaço – PE
As novas gerações construindo a identidades com bons exemplos.
Hereditário será o amor próprio.
Gerações de belezas diversas.
Foto Marília Chalegre
Sobre Rodolfo Alves
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.
Todo mundo sabe da importância de ter na marca um nome invocado. De algum modo os empreendedores locais percebem que a marca tem peso e que pode sim, levar o comprador a perceber mais valor nas peças costuradas. Por isso vamos começar a falar sobre marcas para produtos de moda em 3 partes. Acompanhe no Box a série de artigos Minha marca é minha com as seguintes abordagens:
> Definições sobre o assunto, como esse negócio funciona (hoje).
> Cases locais de marcas e patentes.
> O comportamento das marcas no polo de confecções, a fauna da moda.
A marca que registra o nome da empresa de confecção carrega uma tremenda importância. É por ela que o consumidor referencia a qualidade de seu produto (bom ou ruim) e pelo nome volta para consumir mais. Esse universo das marcas tem muito pano pra manga e pouca gente se aprofunda em conhecer. Para se ter uma ideia, a marca é um ativo tão importante que há casos onde o valor de marca é maior que todos os ativos físicos das empresas.
Em nosso mercado a atenção dada às marcas é algo muito recente. De antigamente, a gente ainda lembra nomes esquisitos e abreviaturas de nomes de parentes nomeando confecções. E se a marca é um dos fatores de diferenciação; repetir as ideias de todo mundo não consegue fazer muito pela empresa. É como escolher o nome dos filhos, todo mundo que um nome bonito e um nome que mais ninguém tem.
De uns anos pra cá, (historiadores que me ajudem), temos conhecido novas marcas cheias de gás reinventando a lógica de nomes estranhos e fazendo inclusive sucesso de consumo no varejo entre nós (ver matéria da Cabo Otávio Aragão). A postura mudou pra muito melhor: estudiosos do marketing falam que a marca por definição é uma representação simbólica, algo que possa identificar o que ela representa podendo ser um sinal gráfico, uma palavra e etc. E nessa história recente muitas novas marcas tem conseguido esse feito.
As marcas ajudam a diferenciar um produto de outro. Você sabe, no polo a concorrência é enorme, o número de empreendedores é ainda maior. Para saber, basta ficar atento à poluição visual de outdoors na PE 160. São milhares de marcas. Se a sua destacar-se para o consumidor no meio de tantas, bingo! Isso só vai acontecer quando sua marca (é como uma pessoa) souber quem ela é, definindo uma personalidade própria.
Acredite eu já ouvi: “Vou fazer um produto diferenciado, mas parecido com a RED LIFE.” Isso não vale, não é personalidade.
A personalidade da marca vai apelar para outros sentidos do consumidor. Analise: seus concorrentes tem os mesmos equipamentos que você, a mesma matéria prima, um estilista tão bom quanto o seu. Então o que vai fazer diferença é a personalidade de sua marca. Isso não é fácil de resolver. É algo do sentimento que a marca comunica, mas muito mais do sentimento que os consumidores tem ao usarem ela: marca descolada para jovens moderninhos, marca robusta para mocinhas fashionistas e etc..
E mais, nem todo mundo é seu público alvo. Na guerra das marcas a preferência do consumidor será direcionada a que tiver personalidade, e que atenda além da marca a necessidades e desejos num projeto complexo de preço, qualidade, entrega, atualização, modelagem, estilo…
Um contraponto a ser considerado é que as marcas precisam se relacionar para criar essa personalidade, porém as marcas ocupam um lugar cada vez mais cético (desconfiança) na cabeça das pessoas, o acesso a informação tem feito isso. E isso é bom, por que agora somente publicidade avulsa não faz sua marca ser boa, é preciso haver verdade. Veja o vídeo e entenda melhor.
Outra questão é o cenário: com deslealdade do consumidor; emergência do preço; calendário de liquidações sem critérios, interesse de resultados de curtos prazos, e não de longos prazos estão viciando mal o mercado, falta de planejamento e gestão voltada para o marketing. São comportamentos prejudiciais para a valoração de uma marca pelos consumidores dela. E nosso comércio precisa cuidar disso. Quando o assunto é preço mesmo, a análise vai longe.
Para os novos e veteranos na parada, nós já temos dito algumas vezes que empreender com euforia e seguir receitas antigas não garante sucesso. Não se sustenta por muito tempo. Por isso quando o assunto for a marca da empresa é importante considerar que:
> A marca protege o consumidor a não comprar gato por lebre, as recentes fiscalizações no Moda Center que o digam. Copiar não é o mesmo que se inspirar. Veja aqui a reportagem da TV.
Acredite eu já ouvi: “Eu me inspirei nas estampas do catálogo da Acostamento, fiz um bordado igual. Eu evito fazer propaganda porque meus concorrentes ME copiam na semana seguinte.”
Eu pensei na hora: Hã? Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha, a cópia ou o copiador da cópia?
Para criar uma marca é mais obstinação que inspiração. E o trabalho não para depois que você encontra um bom nome. O trabalho só começa:
> Defina conceitualmente o negócio: qual o segmento, o tipo de produto, a personalidade, o público alvo.
> Pesquise nomes, visite listas de registros na internet, leia sobre o assunto. Conheça o INPI.
> Consulte um advogado especializado. Escritórios de marketing e design vão certamente indicar bons profissionais.
> Invista no design. Evite que o sobrinho da prima de sua vizinha que tem 12 anos e sabe mexer no Corel faça isso. Procure bons profissionais.
> O tempo de registro tem prazo, planeje bem seu negócio e não esqueça de anotar o tempo de renovação do registro.
> O registro demora, você sabe que nossa política de serviços é muito burocrática, significa dizer que o quanto antes você começar a pensar no assunto melhor, e boa sorte.
Então é isso. Na próxima semana vamos falar mais sobre esse assunto. Gostou deste artigo? Viu! Ler não machuca! Então não perde mais nada no Box Fashion. Cola em nossas redes sociais que tem mais vindo por ai. Ainda esse mês vamos falar mais sobre marcas com cases de empreendedores do polo e o fenômeno de logos com bichinhos fofos. Ideias e repensamentos para somar informações à nossa indústria criativa. Siga, curta, compartilhe, comente, deixe um recado aqui: Facebook – Twitter – Instagram – Tunblr – Pinterest – Google +
Sobre Rodolfo Alves
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.
Fazer compras, escolher modelos, selecionar tendências, saber montar looks, fazer bonito, ser descolado, ter preguiça pra se vestir, pensar no preço, e no cartão. O mundo dos consumidores fashion é uma luta constante. Mas vamos te ajudar com 4 dicas para escolher moda com sabedoria, você vai ser expert no assunto.
Fulano, Cicrana e Beltrana de tal
Dica 1: Quem é você na moda? Há vários perfis de consumidores, identifique-se:
Inovadores (entusiastas) compram novidades assim que são lançadas. Geralmente tem grana pra fazer a festa nas comprinhas. Não se importam em usar coisas que ninguém tem ainda. Isso os destaca dos demais.
Sua amiga sempre tem a nova Melissa e você nunca.
Os práticos: compram a novidade quando mais pessoas já estão usando, não se sentem seguras para adotar e levam em conta o custo da moda, e o benefício que ela traz: social, estilo, funcionalidade.
Conservadores: não seguem moda, são tradicionais e mesmistas, a roupa de sempre é o estilo deles. Preferem não ficar de mimi experimentando novidades e só adotam as tendências quando não tem mais jeito. Minha mãe odeia calça de cintura baixa, jeans com lycra nem se fala, porém não encontra mais calças como eram feitas na década de 90. Passou.
Desinteressados: não acompanham moda ou não tem acesso a informação e consumo imediato, o preço tem muita importância para eles, e sim, se tiverem que esperar a liquidação eles vão esperar. Não há dúvida. Tenho um amigo (hihi) que só comprou uma cópia do relógio que trocava pulseiras quando o de todo mundo já estava encardido. O relógio parou em duas semanas.
Adolescência complicada
Dica 2: Se informe
Sabendo quem é você na moda, o próximo passo é se informar. De acordo com seu perfil, você vai escolher assinar a revista VOGUE ler o FFW (inovadores), ou vai viver em busca de grupos de troca no Facebook, ou bisbilhotar a roupinha do bebê da família pra reaproveitar no seu filhote que vai nascer (categoria: espertinhas desapegadas de compras). A criança já cresce sabendo consumir.
Usar as ropinhas do irmão? Quem nunca?
Dica 3: Qual o desejo? Descubra o que você busca
Desejo e necessidade são coisas diferentes ok? Ok! Necessidade de se vestir todo mundo tem; no frio: casacos, no calor: camisetas. Desejo é algo além da necessidade, é a frescurinha que a roupa representa: parecer elegante, sensual, despreocupada(o). Independe do grupo de consumidores, saber qual é seu desejo vai direcionar o que fazer com as compras, combinar peças, dividir no cartão, pechinchar com a vendedora a comissão dela. O desejo está mais ligado ao estilo pessoal, ele é resultado das coisas que você pensa sobre si mesma(o). Descubra já. Se conheça.
Dica 4: Caia na real, faça do seu jeito
Não adianta ler blog de moda, consumir aos montes, se você for somente um manequim de loja andando pelas ruas. E tem tempo pra tudo. Se você se conhece bem, vai saber a hora certa de vestir alguma novidade, que talvez esteja bombando no lugar que você foi nas férias, mas aqui não se adeque, como tecidos quentes em lugares quentes. Moda inverno é algo bem peculiar em nossas terras. Outra coisa é: a vida não é como na novela, a roupa precisa se encontrar com você, há seu tempo e sua segurança de se vestir de determinada forma, o clima do lugar e etc.
Mas é claro, isso não vale se você não liga. O mundo é livre mesmo, e um texto que ajuda, não pretende empurrar mais regras. Só são dicas mesmo. Seu jeito e estilo sempre falam mais alto. Te levam com segurança do chá de bebê à formatura ou ao barzinho do jeito que for. Do seu jeito. É de você que as pessoas gostam, e vão gostar também do jeito como você escolhe se vestir.
Ler não machuca! Então não perde mais nada no Box Fashion. Cola em nossas redes sociais que tem mais vindo por ai. Ainda essa semana vamos falar das benditas tendências de moda pro inverno que acabou de começar e você vai ficar bem informada(o) aqui com a gente, pra fazer escolhas do seu jeito, é claro. Veja lançamentos de coleções locais clicando aqui. Facebook – Twitter – Instagram – Tunblr – Pinterest – Google +
Sobre Rodolfo Alves
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.
Toda vez que estamos está lendo uma revista de moda, ou um blog legal a gente sempre se depara com palavras estrambólicas que fazem parecer de um lado: o mundo da moda um negócio de outro planeta, e de outro lado até parece que nós é que somos de outro lugar: Como é que não sabia disso? Pior ainda é quando alguém conversa com você e fala algo muito naturalmente, e você simplesmente boia, fica nadando na maionese. Seus problemas acabaram. Nós traduzimos e simplificamos seus dias na moda com o Dicionário da Moda.
ANKLE BOOT: são botinhas com cano curto, até o tornozelo. Uma vaqueira média.
BOHO CHIC: Super em alta, é uma tendência de moda que mistura a cultura folclórica, estampas éticas e cores envelhecidas para dar um toque romântico e vintage.
CLEAN e COOL: Clean literalmente significa limpo, quando um produto ou look tem poucos elementos, estampas zero e acessórios contados. Cool é algo que o pessoa da moda fala muito: significa: legal. Simples demais isso.
DRESS CODE: tem relação com as regras de se vestir para locais e ocasiões específicas. O dress code de um tribunal por exemplo. Advogados não trabalham com bermuda e camiseta.
ÉTNICO: diz respeito às etnias, culturas. Ou seja, um tecido com uma estampa criada imitando desenhos de uma trio indígena, essa será uma estampa étnica.
FLAT: são como sapatilhas, sapatinhos leves e confortáveis.
GLAM: essa palavra vive nas falas dos estilistas. É a abreviação de glamour. Quando uma roupa, coleção, tem brilhos, podendo ser em apliques ou no couro por exemplo. Nos Estados Unidos essa palavra representa um estilo com referência ao rock e é chamado de Glitter misturando influências Britânicas e Americanas.
HIGHLIGHTS: são luzes. Se fala muito quando o assunto é cabelo com pontos de luz, ou luzes.
IT GIRL – IT BOY: é a celebridade do momento, título que remete ao estilo único da pessoa que por isso começa a ser notada e ficar famosa. Blogueiras entram nessa categoria.
JACQUARD: é um tecido com padrão de tecelagem complexo. Tem ganhado as passarelas para peças de inverno.
KILT: é a saia dos homens escoceses.
LABEL: é uma marca, um rótulo de um produto. Labels são faladas em revistas de moda como snedo os atelies de grandes estilistas
MOOD BOYISH: humor juvenil. Roupa com estilo jovem.
NORMCORE: e um estilo de vestir simples. Um dos termos mais pesquisado sobre moda no Google. Será que as pessoas se cansaram de tanta informação de moda e quem simplificar?
OVERSIZED: tamanhos grandes. Ou peças feitas com modelagens amplas, muito tecido.
PANTONE: é o instituto responsável por pesquisar, catalogar e nomear cores. Eles analisam tendências e todo ano definem a cor do ano. Esse ano ela é o Marsala. Já ouviram falar nisso?
QUIMONO: da cultura oriental, eles vestem lutadores e esportistas e agora estão lindos para a moda das ruas.
RETRÔ: são roupas e objetos que copiados fielmente como eram em tempos antigos. O óculos que o Cazuza usava, pode ser copiado e usarmos hoje em dia. Então dizemos que tem um design retrô.
STREET STYLE: estilo das ruas. A moda só acontece mesmo com o uso. Não adiante muito desfilar e não vender. No mais o estilo das ruas também influencia a criação dos estilistas para a passarela.
TREND: é tendência. Um comportamento que promete ser massificado com o tempo. Será tendência usar rendas mais elaboradas no próximo verão.
UNDERLINE: um novo modo de maquiar por baixo das pálpebras. Mas cuidado essa trend pode deixar o olha caido e tristonho.
revista Vogue
VINTAGE: são roupas e objetos que resistiram ao tempo e ainda são usados hoje em dia. Um lenço da vovó, um sapato estiloso do vovô, que você usa para compor seu estilo.
WISH LIST: é a lista de desejos. A lista de produtos que a moda quer adotar para o consumo na temporada que está: lista de desejos para o inverno 2015.
GERAÇÃO Z: são o público mais jovem consumidor de moda, com menos de 25 anos, são irreverentes, adoram ostentar marcas e ditam tendências com seu modo específico de viver e de vestir.
Sobre Rodolfo Alves
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.
O processo de profissionalização do polo está cada vez mais em expansão. Do maquinário ao marketing, as marcas locais tem investido esforços e grana em busca de posicionamento e diferenciação. Em todos os setores desse mercado vários movimentos inovadores chamam a atenção para oportunidades e fatos novos que passam a fazer parte do polo.
Lucas Costa – portfólio
Uma cena recente é a dos modelos que ilustram campanhas de propaganda de várias marcas. Eles são os meninos bonitos do colégio, os moços aprumados da academia e também, adivinhe só, seu vizinho. Pois é, gente bonita há em todo lugar e o Box foi conhecer essa turma que trabalha posando para marcas masculinas, em sua maioria; são os boys da moda aqui.
Não muito profissionalizado, são poucos os modelos locais agenciados por agências de modelos. Em muitas produções fotográficas, algumas produtoras já fazem contato para e trazerem rapazes da capital do estado, por exemplo, mas os moços daqui fazem bastante sucesso ajudando marcas pequenas há se comunicarem com compradores no Brasil todo.
Eles investem na academia, cuidam da couraça e mandam bem na pose. Os meninos que conhecemos para essa matéria têm diversos trabalhos já feitos e continuam trabalhando para catálogos, desfiles, presença vip, campanhas, panfletagens e concursos de beleza.
Trabalho dobrado:
O Publicitário Paulo de Souza, não é modelo profissional, nem busca atividades dessa natureza para a carreira. Mas devia. O cara é bonitão e boa pinta e estando por dentro do mercado alguns convites aparecem para que seu rosto ganhe a frente das câmeras. É claro que é trabalho, mas pra ele é também divertido participar.
Paulo de Souza – Campanha publicitaria Sapataria Muniz
Começando:
Raul Neto sempre trabalhou em trabalhos diferentes do de modelo. Essa é sua 2ª campanha publicitária para a marca de pijamas Del Hira. O rapaz ganhou as graças da marca por representar o perfil de paizão jovem, que é endossado nas campanhas da empresa. Confira mais clicando aqui:
Campanha Love Story Del Hira – Foto: Ney Lima
Malhação:
Paulo Feitosa tem 22 anos e já trabalhou para diversas empresas como Distonia, Cactus, Fera Livre, Rota da moda e Seaboard. No portfólio o moço ainda tem o primeiro lugar como Garoto Fitness Extreme Pump em 2014.
Paulo Feitosa – Catálogo Distonia e Concurso Garoto Fitness 2014
Concurseiro da boniteza
Alberto Moura já tem trabalhos mais direcionados apenas como modelo. Ele ainda estuda e pretende se manter no ritmo dos livros, mesmo assim é um concurseiro nato. Participar de concurso é uma forma legal de divulgar o trabalho e como resultado ele já tem o primeiro título como Garoto Eco 2016 na cidade do Brejo da Madre de Deus.
Alberto Moura – Garoto Eco 2016, Brejo da Madre de Deus
Polivalente
Lucas Costa é modelo há pouco tempo. Tem apenas 20 anos, mas é um profissional polivalente, a demanda por trabalhos de diversos tipos como fotografia de catálogo, ações promocionais, desfiles e shows roons tem feito a agenda do garoto. Muito trabalho!
Lucas Costa – Foto do composit
Cara de mau
Se para as modelos mulheres o carão faz a frente na hora de pousar, a brincadeira se estende aos homens com a cara de mau. Felipe Cordeiro naturalmente tem o perfil e brinca por ser tímido na hora de sorrir. O resultado é sempre bom. Campanha de verão 2015 para Lobo Feroz, trabalhando com Alberto Moura.
Alberto Moura e Felipe Cordeiro para Lobo feroz – Foto Adriano Kinney
Mister
Concursos de beleza, por incrível que pareça ainda acontecem. As cidades tem neles uma oportunidade de descobrir talentos para a profissão de modelo. Danilo Batista começou como radialista e se tornou mister na cidade de Brejo da Madre Deus esse ano.
Danilo Batista mister Brejo da Madre de Deus 2015
Viu que legal? Quantos rapazes bonitos trabalhando para fazerem a moda acontecer no polo de confecções? Você conhece mais algum bonitão para pena incluir na lista do boys bonitos do Box Fashion? Então comente aqui e em nossas redes sociais. Curta e compartilhe. Numa próxima matéria teremos outra lista legal, a das modelos mulheres.
Sobre Rodolfo Alves
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.
O inverno finalmente chegou! Ueba! E continuando com dicas maravilhosas de looks inspiração para as festas juninas apresentando nosso primeiro ensaio fotográfico, feito exclusivamente para o Box Fashion. O incrível trabalho do fotógrafo Bruno Assunção inaugura essa categoria em nosso site com louvor. Um trabalho meticuloso de luz e enquadramento que encheu nossos olhos. A luz invernal proposta pela redação do Box foi tão bem trabalhada que vamos deixar essas em nosso quadro de referências para o próximo inverno. Bruno é um fotógrafo de casamentos que tem cada vez mais e melhor encontrado espaço na fotografia de moda.
Os looks propostos são um charme à parte e puro Luxo junino para inspirar quem está fazendo agenda de show em festas juninas, mas também para ter como referência do que está no gosto do consumo fashion nos dias frios. Puro luxo fron roça. A modelo Mônica Michelle é a musa do ensaio. Conheça tudo, pois a festa é agora, composições de shape esportivo, tecidos fluidos, estampas étnicas e gráficas para garantir cor, acessórios novos e maquiagem leve são ingredientes para ir com tudo pro arraial. Matutices à parte, confira as fotos.
Modelo: Mônica Michelly Foto: Bruno Assunção – Exclusivo Box Fashion
Foto: Bruno Assunção
Foto: Bruno Assunção
Foto: Bruno Assunção
Foto: Bruno Assunção
Foto: Bruno Assunção
Foto: Bruno Assunção
Foto: Bruno Assunção
Fotografia: Bruno Assunção
Modelo: Mônica Michelly
Nota: Conheça mais do trabalho de Bruno Assunção entrando em contato com ele pelo Facebook, clique: FACEBOOK do Bruno
Sobre Rodolfo Alves
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Ei, você sabe como acontece o processo de desenvolvimento de uma coleção? Não? Então hoje vamos explicar direitinho! E o bacana é que esse processo não serve só para roupas, pode ser usado no desenvolvimento de diversos novos produtos, como itens de decoração, acessórios, papelaria, etc…
As coleções são planejadas e montadas geralmente com um mínimo de seis meses de antecedência, podendo ser menos ou mais dependendo da complexidade dessa coleção! Mas é inviável fazer uma boa coleção com pouco tempo para planejá-la, de uma semana para outra, por exemplo. Então, veja abaixo 5 dicas de sucesso para planejar a sua coleção:
Identificar o público que a coleção irá atender.
1. Defina o público-alvo de acordo com a faixa etária, poder aquisitivo e localização geográfica, a fim de direcionar o desenvolvimento da coleção;
2. Realize pesquisa no mercado sobre tendências, analise concorrentes e observe os cenários de moda, arte, música, nacional e internacional, relacionados ao público-alvo que você definiu na dica 1, visando criar um painel de tendências e inspirações;
3. Defina o mix de produtos da marca de acordo com público-alvo e o resultado da pesquisa de mercado, ou seja, quais e quantos itens serão inclusos na coleção, por exemplo: 5 vestidos, 3 camisas, 2 saias, 3 bolsas…
Os croquis são a forma de colocar no papel as ideias palanejadas
4. Desenhar os croquis que farão parte da coleção. Após definidos os modelos é preciso transformar a ideia em algo real, por isso é feito a modelagem (no caso de roupas) e a peça piloto de cada produto. Isso é necessário para ver se tudo o que foi desenhado é viável de ser executado e para que sejam feitos os ajustes. Nessa fase a coleção pode sofrer diversas modificações, pois algo que estava lindo no desenho pode não ficar tão bom quando confeccionado, e isso garante que a produção não terá problemas.
5. Produção e divulgação: Com os protótipos aprovados, a produção da coleção pode ser executada e feita a divulgação com a equipe de marketing.
Claro que esse é um resumo dos principais pontos no desenvolvimento de uma coleção, e cada criador pode ter mais ou menos fases, ou se aprofundar mais em algumas, dependendo da necessidade.
E aí, gostaram? Você já conhecia o processo de desenvolvimento de uma coleção? Tem mais dicas? Queremos saber, deixe seu comentário
Nota do editor: Marianne Freitas é nossa amiga e irá colaborar com textos, ideias aqui no Box Fashion. Ela é designer formada pela UFPE em Caruaru, sabe tudo sobre moda, adora cachorros e tem uma sapeca labradora chamada Malu. Para conhecer o portfólio dessa linda é só clicar aqui: PORTFÓLIO DA MARIANNE.
Sobre Rodolfo Alves
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Sobre como integrar as ferramentas de marketing junto com toda a empresa e garantir sucesso em campanhas. Na campanha de inverno a Expresso Jeans arrasou lançando nova marca e uma campanha linda. As fotos foram clicadas no espaço da própria fábrica e lavanderia, com cliques de Ney Lima e produção da Avant Mídia (por Bruna Larysa). O conceito da campanha foi planejado levando em conta que a roupa que sai da empresa está pronta para o mercado de moda, com a chegada de novo posicionamento no mercado, nova logomarca e campanha de inverno. Pra quem ainda não conhece, a Expresso Jeans começou como lavanderia e hoje tem marca própria de desenvolvimento de produtos masculinos e femininos. O trabalho ficou incrível.
Assim nós somos convidados a pensar na importância de integrar todos os setores da empresa para construir uma comunicação eficiente: para poder funcionar e eficaz: para poder trazer resultados, simplificando o raciocínio:
1) Gestão: organiza o reposicionamento;
2) Marketing: dialoga com a criação de produtos e somam forças para planejar a comunicação, mas também para conceber e conceituar projetos de criação de coleções;
3) Produção: recebe as informações da empresa e do marketing e põe a mão na massa para tornar ideias nos campo da imaginação em realidade;
4) Produção no chão de fábrica: se planeja para atender a demanda de consumidores impactados pela comunicação, garantir entregas e satisfação com a qualidade dos produtos;
5) Consumidor: recebe as informações da comunicação, se permite cativar pelos apelos, consome, e faz sua devolutiva retro-alimentando o clico de vida da marca, dos produtos com o feed back, as respostas sobre a satisfação do uso, aplicação ao estilo e etc. O ciclo recomeça. Essa é a campanha de sucesso Expresso Jeans.
Modelo: Eduardo Silva
Modelo: Brenda PontesOs modelos representaram os funcionários.
Sobre Rodolfo Alves
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No mês passado nós noticiamos em primeira mão sobre a nova fase que o Rota do Mar Complex começou a viver com a chegada da MG7 Marketing na assessoria do lugar. Na ocasião falamos sobre novidades em campanhas de comunicação e propaganda. Pois bem, agora temos novidades sobre a nova campanha do centro de compras: a campanha junina do Rota do Mar Complex.
Em junho duas campanhas estão sendo veiculadas em paralelo: uma para o dia dos namorados que foi concluída ontem com foco no público de varejo local, e outra com foco em clientes atacadistas que visitam o polo em dias de feira. A campanha tem modelos locais valorizando a beleza de nossos rapazes e moças e fotografia de Ney Lima. Confira as fotos clicadas e peças criadas e compare a diferença de comunicação adotada para os diferentes públicos.
Ainda esse mês o Complex continua com a campanha temática do ‘Arraial da moda’, para atacadistas visitantes do polo, em compras para o mês festivo de junho. Confira as fotos:
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Em abril nós entrevistamos 180 pessoas de diversas profissões: de comerciantes a bancários, durante uma semana através de formulários pela Internet com o interesse de traçar um perfil do consumidor de moda e seu comportamento no consumo de informações sobre o polo. Com esse levantamento foi possível inicialmente compreender informações a diversidade de novos comportamentos do consumidor, e contribuir para que empresas tomem decisões mais assertivas em relação esse mercado-alvo.
Fonte: WE IT
Raio X dos entrevistados:
Com idade entre 20 e 27 anos (45%) e maioria do sexo feminino (54%). Com forte participação do sexo masculino, os homens foram uma surpresa nessa pesquisa: 46% dos respondentes foram eles. ( 2% afirmaram outras identidades de sexo/gênero).
Fonte: www.facebook.com/CMModaMasculina
A pesquisa ainda mostrou que o público pesquisado está mais informado e formado, ou seja, o acesso a profissionalização é significativos entre esses jovens: ainda no ensino superior incompleto são 32,6%, com os estudos concluídos na faculdade são: 25,7% e os pós-graduados 10,9%.
Perguntamos sobre o interesse por moda e todo mundo adora o assunto, falar, curtir, clicar, pesquisar e escolher melhor os produtos são do interesse da maioria: 53% deles se consideram tendo interesse moderado e eles ainda declararam a preferência por compras em lojas de rua, magazines (C&A, Riachuelo) e Centros Atacadistas (Moda Center), legal isso né?
Nas redes o habitat natural deles é no Facebook: apontado como a rede social mais acessada, seguida pelo WhatsApp e Instagram. E ainda confirmamos o que a gente cansa de ver nas ruas e mesas, o acesso é quase 100% pelo inseparável aparelho celular. As rede sociais são responsáveis por levar as informações de moda, mas também surgem citações de acesso a sites como Garotas estúpidas, Moda para Homens, Vogue, FFW e até de um blog local recebeu destaque o “Blog Nedja Alves”.
A grande maioria assumiu que quase sempre veste as marcas locais, foram mais de 60 marcas citadas, entre as mais lembradas, Rota do Mar, Red Life, Toda Bela, Michelle Lingerie e Joggofi são as queridinhas da turma.
Depois de muitos links enviados e respondidos, percebemos que temos um público jovem, bem instruído, conectado e disposto a consumir e valorizar a moda local, e o público masculino surpreendeu pelo interesse em moda. Uma demanda bem interessante para ser trabalhada e atendida pelas empresas, de forma diferenciada e responsável, pois esse mesmo mercado alvo é bem informado e dotado de poderes vindos das interações nas redes sociais que podem influenciar de forma positiva ou devastadora uma marca, basta saber entrar e sair de forma planejada e estratégica nesse novo mundo do consumo.
Sobre Box Fashion - redação
Redação do Box Fashion. Moda no polo de confecções do agreste Pernambucano. Consumo, mercado local e conteúdos especiais sobre tudo que cerca a moda. Iluminuras, criatividade e indústria fashion no interior de Pernambuco. @oboxfashion
A dominação do varejo por marcas locais e o novo posicionamento de marketing de quem trabalha com planejamento. Conheça as novas boutiques de Santa.
O atacado sempre foi o ponto forte das vendas dos confeccionistas no polo de confecções. Ao falar de clientes, os empreendedores sempre se referem ao conhecido comprador que compra em grosso. A venda de varejo sempre foi tímida e pouco valorizada, com razão: são outros quinhentos vender e convencer um a um consumidores pela adoção de marca, merchandising, propaganda e etc.
De algum modo esse comportamento nunca valorizou os produtos locais como objeto de desejo entre os jovens ou um público que visse nas peças, estilo e apelo fashion em tudo que nós mesmos produzimos. Quem nunca comprou roupas jeans e retirou a etiqueta da marca para não mostrar a compra de um produto mais popular?
Mas o cenário tem mudado e o comportamento de consumo também. A rua Cabo Otávio Aragão é a prova disso, a nova rua da moda. Novas lojas se instalam na rua com novo posicionamento de marketing, prontas para atrair clientes de varejo com produtos e direcionamento bem definidos.
Equipe de atendimento Red Life
Fachada da loja Red Life
Vitrine Evenus
Fachada da Loja Pactual
Ambiente interno Galzoni
As marcas que fizeram carreira em feiras populares e centros de compra atacadista como o Moda Center e o Parque 18 de maio em Caruaru, agora ocupam toda a rua vendendo um varejo sofisticado, elegante e com produtos de muita qualidade. Basta visitar a rua em dias de sábado para ver a movimentação de jovens consumindo, em sua maioria produtos de camisaria masculina.
Foto: Adriano Kinney
O proprietário da BOOKINS, Helinho Aragão falou ao BOX Fashion sobre esse comportamento do consumidor:
“Observamos que o consumidor local está cada dia mais, valorizando os produtos do polo e levando para o seu guarda roupa aqueles que os atraem em preço e principalmente em qualidade.”
Ainda sobre os pontos de venda e a valorização dos produtos com planejamento de merchandising, nós perguntamos:
#BOXF: Você acha que a sofisticação da loja agrega valor aos produtos?
“Sem sombra de duvidas, se você tem um produto de qualidade, a sua loja também deve seguir o mesmo padrão para que o cliente sempre saia e volte satisfeito.”
Loja Bookins
A nova avenida fashion está conquistando os consumidores, conseguindo valorizar o produto local como objeto de propriedade e apelo fashion e valorizando ainda mais a produção do polo. A lista de novas lojas/boutiques é imensa e tem mais chegando, entre elas a veterana Red Life, a novata Joggofi, Bookins, Evenus, Galzoni, Pactual e muito mais.
Rodolfo e Rafaela
Sobre Rodolfo Alves
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.
Existem várias teorias sobre o surgimento das Drag Queens. A definição mais popular é uma abreviação da expressão “DRessed As a Girl”, que significa literalmente “Vestido como uma garota”. Essa expressão foi usada pela primeira vez por Shakespeare, em meados do século XVI e XVII no Teatro Elizabetano, onde mulheres não podiam atuar, ficando os homens responsáveis pela atuação em papéis femininos com muita frequência.
Fotos: imdb.com/flickr.com
É necessário deixar claro que Drag Queen não tem nada a ver com condição sexual. Embora a maioria seja gays (Drag Queens) e lésbicas (Drag Kings), há também heterossexuais que fazem esse trabalho.
Um bom exemplo disso, é o brasileiro Luis Otávio, (45 anos, casado e pai de duas filhas) que tem como personagem a Lulu Show, onde anima festas em Belo Horizonte.
Foto: Reprodução/Facebook
Vários filmes foram responsáveis por popularizar o mundo das Drags, como “Priscilla,a Rainha do Deserto”, “Para Wong Foor, obrigado por tudo”, “Party Monster”, “Madame Satã” (Lázaro Ramos), o musical “The Rocky Horror Picture Show”, entre outros.
Fotos: filmow.com
Mas não podemos falar das Drag Queens de hoje sem primeiro sabermos do pontapé inicial de visibilidade delas na cultura pop: O CLUB KIDS.
O Club Kids foi um grupo de jovens norte-americanos liderados por Michael Alig e James St. James no final dos anos 80 e no início dos anos 90, que teve um impacto significativo em New York e em Londres.
Conhecidos pelo trajes exagerados e o uso de drogas desenfreado, o movimento Club Kids cresceu, viajando por todo os Estados Unidos com aparições em programas de televisão conhecidos na época.
Fotos: thelicentiate.com
Esse movimento foi reconhecido mundialmente após o lançamento do livro de memórias intitulado Disco Bloodbath,, escrito pelo próprio James St. James, que posteriormente foi relatado no documentário Party Monster, the Shockumentary (1998), e no filme Party Monster (2003).
Fotos: filmow.com
Os Club Kids revolucionaram a moda, o comportamento e até a música dos anos 80/90, onde seu lema principal era: “Não faça. Seja.”. Junto dos Club Kids na luta pela visibilidade, e amiga pessoal de James St. James, estava uma das Drag Queens mais conhecida atualmente: RuPaul.
Foto: Mathu Andersen
RuPaul é uma Drag completa: atriz, cantora, autora, modelo e apresentadora de um dos programas mais badalados da América, o RuPaul’s Drag Race, onde, entre quatorze super Drags é escolhida uma para ser a próxima Drag Queen Superstar da América. O reality deu uma visibilidade estrondosa para as Drags no mundo todo, revelando as mais poderosas e fashions para o cenário do Show Business atual.
Foto: huffingtonpost.com
RuPaul continua sendo a inspiração pra inúmeras Drag Queens que estão iniciando sua carreira, ou até mesmo as que possuem anos de experiência. Em qualquer aparição, ela causa espanto, emoção e admiração.
Sendo assim, RuPaul’s Drag Race não é apenas uma série de tv que dá visibilidade às Drags, mas um ato político que luta pelos direitos iguais, independente do gênero.
Como modelo, foi garota propaganda de várias linhas de cosméticos, incluindo a M.A.C, onde criou a coleção “VIVA GLAM” que destina 100% do seu lucro ao apoio à pessoas que contraíram HIV.
Foto: auxiliarymagazine
E assim como os Club Kids revolucionaram as décadas de 80/90, RuPaul veio pra revolucionar a nossa década. Sendo pela luta dos direitos, ou nos presenteando com Drag Queens cada vez mais fashion e conceituais, inspiradoras de moda e comportamento.
E por falar em moda, não podemos esquecer de citar o grande estilista Marco Morante, por trás da grife Marco Marco, responsável por promover o desfile mais super ultra hiper mega power gay de todos os tempos!
Marco já era conhecido no mundo fashion pelas suas colaborações com artistas como Cher, Katy Perry, Fergie, Ke$ha e Shakira, e recentemente assinou o figurino para a turnê de Britney Spears em Los Angeles.
Foi na semana da Moda em Los Angeles, lançando sua coleção da Primavera-Verão que em seus três desfiles, Marco contou um uma equipe bastante peculiar: poderosas Drag Queens de RuPaul’s Drag Race, transexuais divosas, Boys magia bailarinos da Madonna, pintosas fechando nos saltos, andróginos bafônicos e vários fashionistas do mundo LGBT.
Adore Delano, Anthony Garza e cia, e Detox Fotos: fashionhorrors.blogspot.com
Courtney Act, Raja e Mathu Andersen Fotos: diverseworldfashion.com
No Brasil, e mais pertinho da gente, em Caruaru, Pernambuco, há uma cena de novas Drags. Entre elas, conversei com a Milkshake, conhecida pelo público caruaruense tanto por sua performance um tanto diferenciada, quanto por seu estilo conceitual, sendo esse, expressado em seus ensaios fotográficos intitulados como QUEEN INTERVENTION / QUEEN INTERVENTION COLORS.
Ensaio: QUEEN INTERVENTION / QUEEN INTERVENTION COLORS Fotos: Bruno Machado
Fotos: Bruno Machado
Sim, eu já tive a oportunidade de vê-la em cena, e podem ter certeza, ela arrasa! MESMO! Entrei em contato com ela, e ela nos cedeu uma entrevista babalite.
Dá uma olhadinha aí:
#BOXF – Como escolheu esse nome?
Milkshake (Milky Shake no facebook, porque é como o site permite) veio da Drag na qual eu me inspiro mais que todas as outras: Milk. Eu sou um derivado dela XD
#BOXF – Com quantos anos decidiu se montar como uma Drag Queen, e o que te fez ter essa ideia?
Com 19. Quando conheci o Reality show “RuPaul’s Drag Race” foi como ser apresentado a um mundo completamente novo. Na 6ª temporada me afeiçoei ao estilo de uma Queen que eu não conhecia até então. A Milk.
#BOXF – Como você define a personalidade da sua Drag? Tem algo específico como referência?
Eu vejo a Milkshake como uma extensão de mim. Nossas personalidades são muito parecidas. Tanto que nem sei dizer onde acaba meu “eu” e começa ela, mas posso dizer que ela é extrovertida e não se importa de chegar no fim da festa com a make derretida, se ela estiver se divertindo. Meu close é no chão.
Minhas referências são muitas, e o que me deixou preocupado foi o fato de que as pessoas não as entendessem, mas hoje eu já nem ligo. Se alguém souber de onde vem minhas ideias já forma uma amizade.
Tenho muito de Bowie, Björk, Placebo, Velvet Goldmine e outros filmes, animações e culturas variadas ao redor do mundo (e a Milk também, é claro).
#BOXF – Como você acha que as pessoas enxergam as Drag Queens?
Não foram poucas as vezes que me olharam torto ou que tive de dar palestras sobre Drag, mas hoje em dia as coisas estão bem mais fáceis, acredito, mas ainda há aqueles que veem Drag como algo absurdo.
#BOXF – E você, como as enxerga, tanto as antigas como as atuais?
Arte viva. Um meio de diversão e muito mais que isso também. Um poder revolucionário nasce na pessoa que se monta, independente do sexo, sexualidade, gênero ou identidade de gênero (ou mesmo que essa pessoa saiba disso).
E uma observação para as novatas: SE DIFERENCIEM! NÃO EXISTE GRAÇA EM SER PRODUZIDA EM SÉRIE! PROCURE SEUS PONTOS DE ORIGINALIDADE!
#BOXF – Sobre RuPaul’s Drag Race, qual sua opinião a respeito da visibilidade que o programa possibilita?
O lado bom é que as pessoas passam a entender esse universo um pouco. O ruim é que vemos e veremos muitas que fazem só pelo close do momento, mas elas não são obrigadas não é mesmo?
E só mais um lembrete pros novatos (as): Não existe Drag apenas fora do Brasil. Nós temos Drags maravilhosas, muitas que ainda estão começando e não tem ideia do seu potencial mas um dia chegarão lá se tiverem a chance.
#BOXF – Qual tipo de roupas e acessórios prefere usar? Você mesmo faz ou compra em algum lugar?
Faço misturas do que for necessário pra compor um look. Só tenho um pouco de receio em vestidos porque não me dão a mobilidade que preciso (porque danço e pulo muito) e não tem muito a ver com meu personagem que também não é lá muito feminina (desmontado sou mais feminino que montado. Engraçado né? haha)
Vou de macacão à calcinha num piscar de olhos. Algumas coisas sou eu que faço e em boa parte com a ajuda de (pasmem) minha mãe!
#BOXF – No mercado da região há possibilidades acessíveis para a compra dessas roupas e materiais?
Mais ou menos. Algumas coisas conseguimos com facilidade por aqui. Outras só em outras cidades ou até mesmo países.
#BOXF – Como você vê a influência que a cultura Drag tem na moda de hoje?
Acredito que a cultura Drag traz mais do que só Drag pra moda. É mais tipo:
“Ah agora homens e mulheres finalmente perceberam que não existe roupa pra homem e pra mulher e podemos ousar mais? É isso mesmo produção? Costurem logo essas saias pra homens ou algo do tipo.”
É algo como a energia da ousadia sabe? Prova disso são os desfiles da Marco Marco.
#BOXF – E por último, mas não menos importante, o que é ser Drag Queen pra você?
Ser Drag é a minha extensão. É quando mostro ao mundo tudo que não consigo como Matthäus. É meu momento de ser artista, ser Diva, por meu salto, por ou não peruca que não sou nem obrigado e fazer meu show, me jogar de costas, ouvir o aplauso e animar a festa. Fazer amizades, borrar minha maquiagem e sofrer pra ir ao banheiro, chegar em casa com o pé doendo, tirar o salto e sentir o prazer de tocar o chão como um ponto final de orgasmo de uma noite maravilhosa.
Sendo assim, podemos a partir de agora ter um novo olhar crítico sobre o mundo das Drag Queens. Ser Drag não é apenas um homem que se veste de mulher. É antes de tudo, uma expressão artística, onde você é sua própria obra de arte.
Sobre Rodolfo Alves
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.