Crianças saiam da frente dos games, jovens deixem os celulares na mochila, adultos levantem do sofá e meninas caprichem no batom. Você não deve estar entendendo muito bem o que ciclismo tem haver com essas palavras. Ora pois, eu explico direitinho. Na noite dessa quinta-feira (27 de agosto) o Box Fashion acompanhou uma galera que pedala junto e faz trilhas noturnas entre os municípios do polo.
Recentemente em nossas matérias sobre tendências pro verão temos falado bastante no comportamento atual das pessoas em busca de saúde e transformação do corpo. Então fomos conferir como isso acontece e como esse desejo influencia o consumo. Pela beleza ou pela vitalidade, cada vez mais pessoas tem buscado praticar esportes em seus bairros e comunidades, algo pra além de academias e centros esportivos. Como solução à falta, muitas vezes de espaços e atividades esportivas e culturais oferecidas pelas cidades do interior, alguns grupos recentes tem se lançado a mudar a rotina das pequenas localidades e transformar hábitos esportivos em prática de lazer, ocupando espaços sociais, e dando a oportunidade de convívio coletivo e contato com a natureza: total life style esportivo.
A trilha que acompanhei é formada por ciclistas profissionais e amadores, novatas e veteranas de duas cidades do polo: Pão de Açúcar e Santa Cruz do Capibaribe, escolhemos esse ponto de encontro justamente por entender nesse fato transformações bem legais sobre inclusive, o uso de moda fitness quando o assunto é ciclismo. Pois, vamos aos fatos: Ciclistas e pedaladas – Expedição Box Fashion
A pedalada
O grupo em Pão de Açúcar motivado por Saulo Andrade, dono de uma loja de animais e rações foi formado timidamente já há quase 8 meses e tem ganhado novos ciclistas desde então. Juntando com a galera dos ciclistas que veem de Santa Cruz toda semana, o grupo já chegou a ter pedaladas com mais de 150 participantes. Incrível ver as ruas da tímida Pão de Açúcar lotadas de pedaleiros.
Soma de forças e estrutura
Observei tudo: os ciclistas são escoltados por dois carros de apoio, sinalizadores e com lanternas de trânsito para circulação nas rodovias; um dos carros leva água e frutas para todos e ainda conta com dois mecânicos parceiros da atividade para em caso de bicicletas quebradas ninguém ficar pra traz. Saulo tem ajuda de todos os participantes que colaboram trazendo as frutas ou com uma graninha para ajudar nos custos como a água e o cafezinho.
Amizade
O mais legal de tudo foi ver como a galera é parceira e como fazem amizade rápido, eu nem estava de bicicleta, fui no carro de apoio com Saulo e o filho, e já na cegada do percurso, no distrito de Gravatá do Ibiapina, me sentia amigo de longa data do pessoal. Muito massa! Além de ter pais e filhos juntos na atividade, casais e amigos, já pensou que atividade bacana pra romper o ostracismo de nossas rotinas interioranas e noites fadas em frente à somente a TV?
Ponto de chegada e lanchinho
Lanchinho nada, a galera manda bem no rango. Em Gravatá o grupo tem o ponto de parada, mas esse é apenas um, Saulo explicou que são vários percursos. E lá a pizza da dona Graça faz sucesso com seu suco de laranja pra reforçar na volta. Meu celular descarregou, tinha carregador, precisei publicar um Snap, tinha WIfi, quer mais? A pizza dela é caso de estudo científico, uma delíciaa. Comi as pressas e voltei pras fotos.
Diversos coletivos e Turma do Batom
Os grupos se organizam em volta de duas principais lojas de equipamentos esportivos para bikes e moda para ciclistas, as lojas especializadas (SCC) nesses produtos também organizam pedaladas em Santa Cruz, o que fez surgir grupos grandes, como a Turma do Baton, que leva esse nome após uma participante ser referência do grupo: pois parava de pedalar pra retocar a make. Luxuosa! Pedalar pode ser difícil, mas tem que ser fabuloso. O número de mulheres nas pedaladas é cada vez maior, a Turma do Baton que o diga, há até festas organizadas entre eles para realizar mais encontros da galera.
Moda
O bacana que vi nessa onda de novos comportamentos saudáveis, foi que cada vez mais homens se desprendem das limitações estéticas de vestir por exemplo roupas mais justas, ainda tem os mais tímidos que pedalam com shorts folgados por cima, mas é um comportamento inovador de consumo. Entre as mulheres as marcas locais pouco foram citadas. Quando perguntados a maioria relatou consumir mais produtos via internet, argumentando que a moda local não tem toda a qualidade exigida pro esporte, apesar de já haver ofertas bem legais de marcas conhecidas nos centros de compras. Seu Jânio Xavier, que pedala junto com o filho por incetivo médico, fala que o mercado local ainda não atende a demanda do número crescente de ciclistas e fãs da bike.
Outro fato a ser considerado é o número de bicicletas profissionais nas turmas. Acessórios como capacetes, calçados e squeezes compõem o visual dos pedaleiros. Tudo muito conectado com o mundo fashion, o desfile de marcas nos equipamentos é de chamar atenção, e o estilo da galera faz bonito. As meninas do Batom que o digam. Fiquei impressionado como as duas lojas de bikes foram citadas entre o pessoal, um trabalho não planejado de marketing que aproxima o consumo e a relação de uso muito naturalmente. É incrível poder comprar bikes ou o que for, e ainda assim ter acesso a uma turma que pratica a atividade física que você gosta, conhecer e fazer novos amigos e se divertir muito. Sério, é bem tranquilo e good vibes os percursos, as amizades, fazendo pensar que nós precisamos dessa energia boa primeiro que das modas, mas as modas podem representar isso. Foi ótimo! Um abraço a todos.
Confira a galeria com todas as fotos da pedalada:
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