Arquivo para meio ambiente - Rodolfo

Como a moda e indústria local podem se proteger do surto do coronavírus

Aqui no interior o surto do COVID – 19 até a data de hoje (17 de março de 2020) se mantém como preocupação, em tempo de nos planejarmos para os momentos que podem desencadear mais problemas nas rotinas de vida e na economia local. Pesquisando tantas informações na internet resolvi juntar algumas delas aqui para lidarmos com o coronavírus e pensar melhores formas de como a moda e indústria local podem se proteger do surto do coronavírus.

SITUAÇÃO LOCAL – AGRESTE

Em todo o polo de confecções diversos espaços comerciais de circulação pública de muita gente, tem se posicionado a respeito da manutenção ou suspensão das atividades e feiras comerciais como, por exemplo, o Moda Center Santa Cruz e prefeituras e governo do estado tomando medidas preventivas com suspensão de aulas entre outras ações. Segundo o G1 Caruaru e Região, em Pernambuco já são 18 casos confirmados do coronavírus.

SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE (atualizado)

Print do Blog do Ney Lima

Noticiado pelo blog do Ney Lima as feiras no maior centro de confecções do Brasil, o Moda Center Santa Cruz, serão mantidas na próxima semana em acordo unânime firmado entre autoridades da Câmara Municipal e prefeitura da cidade junto com associação comercial e industrial + administração do condomínio Moda Center.

Citação do prefeito Edson Vieira – print do blog do Ney Lima

Confira a matéria completa no Blog do Ney Lima clicando aqui.

Já segundo informações no Blog do Bruno Muniz uma nota emitida na segunda-feira reforça as precauções que serão tomadas em âmbito local para prevenção e acompanhamento dos riscos ao surto, assim diz a nota conjunta, copiada em parte, do blog citado:

1 – Ampliaremos os monitoramentos diários e ações do Comitê Municipal de Prevenção a COVID-19 pela gestão municipal;
2 – As entidades citadas tomarão medidas preventivas e de colaboração às ações necessárias ao enfrentamento da pandemia conhecida.
Diante do cenário atual, está mantido o funcionamento de feiras. Serão realizadas avaliações diárias, caso haja necessidade de novas recomendações, serão avisadas com antecedência.

Confira a matéria completa no Blog do Bruno Muniz clicando aqui.

ATUALIZAÇÃO – 18.03.2020

https://www.instagram.com/p/B94bsBBjbQp/

CARUARU

Em Caruaru ainda não foram divulgadas informações a respeito da manutenção de atividades da feira da sulanca no parque 18 de maio.

A matéria do G1 não lista ainda a manutenção da feira da sulanca no parque 18 de maio para a próxima semana.

Print do Site G1 Caruaru e Região

Confira a matéria completa do G1 Caruaru e região clicando aqui.

Outro evento ligado a moda local é a AgresteTEX, feira de máquinas, serviços e tecnologia têxtil realizada em Caruaru, teve esta edição que seria realizada entre 24 a 27 de março, reagendada para o período de 27 a 30 de outubro de 2020. Confira no site da AGRESTETEX clicando aqui.

Foto divulgação no site da feira

TORITAMA

E na cidade do jeans a programação do Festival do Jeans informou pelas redes sociais sobre o adiamento do evento, que seria realizado de 29 de abril a 2 de maio, e agora foi remarcado para os dias 6, 7 e 8 de agosto de 2020. A cidade desde domingo (dia 15) já conta com um caso suspeito de contaminação por coronavírus, e segundo a nota da prefeitura publicada no site da Rádio Cultura Nordeste o caso suspeito está sendo avaliado e passando por testagem, no aguardo dos resultados dos exames.

Foto divulgação no Instagram

Confira a nota e matéria completa clicando aqui.

COMO A MODA TEM REAGIDO AO SURTO DO CORONAVÍRUS PELO MUNDO

Um período de impacto significativo na indústria da moda pelo mundo. A chegada do coronavírus tem gerado grandes desafios para a indústria da moda que, tendo uma cadeia produtiva ligada por diversas partes em processos diferentes e partes diferentes do globo como a produção, comercialização e consumo de produtos de moda, populares ou de luxo, irá sofrer quedas nas vendas. Ao mesmo tempo que o período de quarentena em vários países levará o consumidor a reforçar seus valores sobre o que é importante e relevante na cultura consumista que vivemos.

CHINA

Na China, país que reforçou a economia com a produção massiva de bens de consumo, guiada em grande parte pela exploração precária do trabalho, tem se preocupado com a epidemia justamente por ser ela hoje a maior responsável pelo aumento do capital grandes marcas desde 2018. As péssimas previsões de crescimento para o primeiro trimestre do ano estão diretamente ligadas ao COVID – 19. Outra dificuldade gerada é a suspensão das festividades do ano novo chinês, um feriado que dura 7 dias, com grande volume de migração no pais, que afetará o consumo de bens de luxo. Com informações de Gabriel Green Fusari para o FFW.

MODA E UM CONVITE AO REPENSAMENTO DAS PRÁTICAS DE CONSUMO E PRODUÇÃO DEPOIS DO CORONAVÍRUS

No que diz respeito a dimensão das tendências, nós precisamos pensar em como todas as notícias, medidas preventivas e conteúdos a respeito do vírus irão impactar nossa mentalidade a respeito do que realmente é importante para nós e para o planeta. Coletividade, senso de responsabilidade com a comunidade e outros valores serão reforçados entre as populações que já estão em quarentena.

Por ser a moda refém de processos cada vez mais globalizados, onde uma peça é construída por muitas mãos em partes diferentes do planeta, a fala da cantora Cardi B aponta uma preocupação com essa moda em rede quando cita:

Muitos de vocês, filhos da puta, acham que é uma brincadeira como eu estava pensando (…). Adivinha o quê? Seu bolso não é, porra! Muita merda vem da porra da China. Se você está se perguntando por que seus pacotes da Fashion Nova não chegaram… Adivinha? Coronavírus! Coronavírus! Estou lhe dizendo que essa merda é real”.

https://www.youtube.com/watch?v=sE3ZlBiTH8Y

Ao final do dia a descoberta que estamos todos ligados numa teia complexa de têxteis, nos mostra o poder dessa união o perigo iminente que ela também tem sobre nós.

Parar, será para todos nós o maior desafio, reavaliar nossas fantasias de prosperidade capitalista e crescimento econômico sustentado na exploração predatória da natureza, diminuir o ritmo, crescer dentro do possível e refazer práticas.

Em citações para o FFW a pesquisadora de tendências Li Edelkoort reforça esse pensamento filosófico a respeito do convite ao novo, nesse tempo de parada.

“Estamos numa posição de ter uma página em branco para um novo começo”

A frase tem sido compartilhada nas redes sociais. Salvos os atrasos no acesso às práticas e comportamentos naturais na assimilação entre uma cultura e outra, uma região e outra, por aqui… nosso interior terá um desafio gigante para enfrentar os próximos dias.

Ainda muito reféns de uma comercialização de produtos de moda em sua maioria presencial, dificuldades sistêmicas no acesso as performances da era da informação… garantir que a permanência do funcionamento das feiras nessa nova ambiência de cuidados e medos será mais um item para levarmos em conta nas nossas atividades de rotina em quais quer que sejam os setores de atuação na moda local. Um convite a criatividade.

MEIO AMBIENTE

Quem imaginava que a solução possível para aprendermos sobre auto cuidado planetário estaria num vilão tão pequeno?

LEITURA FEITA POR SATÉLITE COMPARA A POLUIÇÃO DO AR NA CHINA DE JANEIRO E FEVEREIRO / REPRODUÇÃO

NA SUA EMPRESA

Aqui algumas dicas de como sua empresa cuidar para a contenção do corona vírus e manter resultados viáveis:

1 – a comunicação precisa ser apoiada para continuar funcionando bem. Da mesma forma como se os funcionários estivessem trabalhando lado a lado. Utilizar o trabalho remoto quando possível é o mais recomendado. Aplicativos como o WhatsApp oferecem ligações por vídeo e em caso de reuniões o app ZOON tem ótimas opções de performance.

2 – com os clientes é importante manter ativos todos os canais de comunicação possível e aplicar o atendimento para efetivar vendas usando cada vez mais ferramentas online. Melhorar o atendimento de abordagem dos vendedores para o digital é uma necessidade crucial de ser aperfeiçoada. Atender e vender pelo WhatsApp por exemplo, serão importantes canais de manutenção das vendas.

3 – saúde – dispense imediatamente funcionários doentes. E incentive a busca por informações precisas. Caso consiga, convide profissionais de saúde para presta esclarecimentos a todos e todas. Seja transparente com as informações e comunique a todos e todas sobre funcionários doentes, sem alarde.

4 – observe sua capacidade de planejar férias coletivas antecipadas e os provimentos da empresa para tal ação desde já, entre outras medidas.

5 – distribua entre os funcionários produtos de higiene como o álcool gel ou tenha espalhados pela empresa produtos que facilitem o acesso aos cuidados.

6 – disponibilize aos funcionários que tem maior contato com o público (vendedores e vendedoras), máscaras e álcool gel 70, e oriente o uso durante todo o expediente. É importante consultar a obrigatoriedade de EPI’s com especialistas no assunto.

PERGUNTAS

  • Como você acha que o coronavírus pode impactar a moda local?
  • Sua empresa está preparada e planejada para dar conta de um período de baixa?
  • Quais ações você tem tomado para que sua empresa seja apoio aos funcionários no meio da pandemia?
  • Sua empresa está se comunicando com os clientes sobre o coronavírus de forma correta?
  • Como a moda e indústria local podem se proteger do surto do coronavírus? Alguma sugestão?

Sobre Rodolfo Alves

Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.

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Fashion Revolution 2020 avança no debate sobre “Quem Fez Minhas Roupas” em nova campanha
Lideranças sociais publicam petição online em prol da população trabalhadora do polo de confecções

Na Semana Fashion Revolution 2020 o movimento irá abordar os temas: consumo, composição das roupas, condições de trabalho e também incentivar ações coletivas

O movimento global Fashion Revolution luta por uma indústria da moda mais limpa e justa. No Brasil, registrado como instituto,  propõe temas para serem debatidos ao longo do ano e durante a Semana Fashion Revolution – principal campanha que acontece de 20 a 26 de abril. Este ano os temas de campanha são: Composição, Condições de Trabalho, Ação Coletiva e Consumo.

“Os temas representam uma visão sistêmica do problema e apontam possibilidades para que as soluções sejam trabalhadas.”

diz Fernanda Simon, diretora executiva da organização.

A mensagem se baseia na questão do consumo global de moda que continua a ganhar velocidade em níveis insustentáveis na cultura de descartabilidade. Em todo o mundo são produzidas inúmeras roupas, a partir de materiais não sustentáveis, muitos dos quais acabam incinerados ou em aterros.

O Fashion Revolution 2020 prega que é necessário repensar todo o sistema, passando de um modelo construído sobre o consumo excessivo e a descartabilidade para um modelo circular, onde os materiais e produtos podem ser utilizados por muito mais tempo.

https://www.instagram.com/tv/B6OjPMmB02f/?igshid=s6ullynzt7o7

COMPOSIÇÃO

A maior parte das roupas são feitas de materiais e processos que requerem a extração de recursos naturais não renováveis e produzem impactos ambientais negativos consideráveis. O poliéster, por exemplo, representa cerca de 60% da produção global de fibras, e utiliza cerca de 342 milhões de barris de petróleo por ano. Não é sustentável que a indústria do poliéster continue utilizando recursos virgens em sua produção. Desde a criação dessa fibra em 1941, a utilização do poliéster vem crescendo exponencialmente na indústria da moda, e ao considerar que essa fibra pode levar até 400 anos para se decompor, todo o poliéster produzido nos últimos 80 anos ainda existe em algum lugar do planeta.

Para estimular mais transparência e informações sobre a composição das roupas, o Fashion Revolution 2020 lança a hashtag #DoQueSãoFeitasMinhasRoupas, para assim aprofundar o debate sobre a maneira como as roupas são feitas.

Veja aqui sobre o Fashion Revolution em Santa Cruz do Capibaribe – PE

CONDIÇÕES DE TRABALHO

Sobre a questão das condições de trabalho, há mais pessoas escravizadas hoje do que nunca antes na história. Milhões de pessoas são forçadas a trabalhar, com baixos ou nenhum pagamento, e sob ameaças e violência. Do trabalho infantil nas plantações de algodão ao trabalho forçado nas fábricas de vestuário, a indústria global da moda é uma das que mais contribuem para a escravidão moderna, mas este continua a ser um crime oculto.

O Fashion Revolution 2020 incentiva maior transparência na cadeia de valor, do campo à fábrica e para os centros de distribuição, a fim de eliminar as diversas formas de exploração.

O PODER DE AÇÕES COLETIVAS

Assim como os temas complexos de consumo, composição e condições de trabalho, o Fashion Revolution 2020 também se debruça no poder das ações coletivas, entendendo que ações individuais são importantes, mas não são suficientes para trazer a mudança sistêmica necessária a fim de acabar com a exploração das pessoas e do planeta. O que não se pode alcançar sozinho, pode ser defendido coletivamente, tanto para produtores da cadeia de valor, quanto para consumidores e ativistas. As pessoas que fazem as roupas estão mais aptas a conseguir melhores salários e condições quando têm uma voz coletiva no local de trabalho. É por isso que os sindicatos são uma força crucial para a mudança.

Com a Semana Fashion Revolution 2020 o movimento alcança uma nova proporção ao promover debates aprofundados e envolver outros atores da sociedade para marcar a história da moda rumo a um setor mais transparente, ético e limpo. Faça parte da revolução. Seja Curioso. Descubra. Faça algo!

Para saber mais:
@fash_rev_brasil
#FashionRevolution
#QuemFezMinhasRoupas 
#DoQueSãoFeitasMinhasRoupas

Sobre Box Fashion - redação

Redação do Box Fashion. Moda no polo de confecções do agreste Pernambucano. Consumo, mercado local e conteúdos especiais sobre tudo que cerca a moda. Iluminuras, criatividade e indústria fashion no interior de Pernambuco. @oboxfashion

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