É aquele ditado: aproveitar ao máximo as férias para continuar estudando e se entretendo com coisas de instrução. Para fazer valer essa última semana do mês das férias escolares vou te contar sobre 5 documentários de moda para ver nas férias. Mesmo que você não seja mais estudante ou que nem esteja de férias, o motivo de ver documentários não precisa de férias. Sempre é bacana aprender com as situações que esses filmes nos trazem.
Eu organizo minha rotina de vídeos e séries da seguinte forma: durante a semana capítulos das séries numa lista quase infinita, e nos finais de semana filmes e documentários. Nesse último (FDS) aproveitei para colocar em dia minha lista selecionada na Netflix e pegar alguns também gratuitos no You Tube. Olha minha lista:
SEPTEMBER ISSUE
Esse primeiro é bem conhecido da turma envolvida com moda. Mas sempre e válido listar ele. Depois de O Diabo veste Prada, esse documentário mostra o lado real da equipe que trabalha na revista Vogue americana e o lado humano e as preocupações de Anna Wintour. O ponto forte do documentário é a revelação para o grande público de sua assistente Grace Coddingtonque ganhou a simpatia do público pelo trabalho amoroso e apegado com a arte que envolve produzir fotografia de moda. Ela inclusive até tem (ainda sem tradução) uma biografia maravilhosa que inclusive está na minha lista. Com dublagem e disponível no You Tube e Netflix. Vale muito o tempo!
(Não encontrei o link no You Tube, penso que com a publicação na Netflix, tenha sido retirado da rede)
OBJECTIFIED
Documentário cabeça, cheio de cenas bem gravadas, argumentos e questionamentos científicos sobre o fazer do designer. Há cenas bem legais nos laboratórios da Apple com designers que lá trabalham e argumentos importantes para a profissão. Um doc obrigatório para quem quer entrar na carreira e quem também já está na labuta, vale um refresco na mente. Gratuito no You Tube com legendinhas.
https://www.youtube.com/watch?v=e52fYCYiPok
THE DIRECTOR – Uma criadora na Gucci
Um doc de poucas revelações. Apenas bastidores do trabalho de Frida Giannini por traz da italiana Gucci. Frida é uma mulher dedicada com uma busca ao ideal de marca que ela representa e trabalha. A marca de estilo e aparência natural e perspicaz é representada na fala da diretora que ao escolher modelos para o desfile fala: “Você precisa ser mais confiante, mais poderoso, mais sensual” com um Gucci boy. Ele não desfilava bem. Mostra também as ações de expansão da marca e detalhes legais sobre sua personalidade junto a equipe e imprensa. Legal mas passa! Vi na Netflix. Segura o trailer: (a trilha sonora é maravilhosinha).
IRIS
Confesso que fiquei super cansado só de imaginar aquele monte de roupa e acessórios dentro de uma casa. Uma acumuladora em primeiro lugar, depois uma pessoa de um estilo peculiar. Do meio pro fim me apaixonei por ela. Iris Apfel antes de ser persona fashion foi decoradora e aprendeu a fazer compras como ninguém, pechincha é sua marca forte além das combinações maravilhosas e alegres que usa. Como missão, fica claro que o papel de Iris na moda é romper a mesmice com que vivemos e trabalhamos. São muitas impressões sentidas em cada cena, gosto de trazer as frases dela para dar uma noção:
1) “Eu gosto de individualidade. Tanto é perdido nos dias de hoje. Há tanta mesmice. Tudo é homogeneizado. Odeio isso” 2) “Os estilistas […] não tem mais curiosidade sobre nada. Não tem senso de história.” (trailer em inglês, mas tem legendado na Netflix)
“Eu não julgo como as pessoas se vestem. Elas são felizes assim. É melhor ser feliz do que bem vestido.”
JEREMY SCOTT
A frente da direção criativa da italiana Moschino o americano Jeremy Scotté odiado pelos críticos de moda, amado pelas celebridades e um sucesso de vendas na moda. O documentário é bem parecido com as matérias que o Gugu faz/fazia sobre a trajetória difícil do designer desde a adolescência de bullying no ensino médio, o primeiro desfile autoral em Paris até o sucesso de vendas com as coleções divertidas inspiradas no humor fácil dos argumentos pop com temas como Bob Esponja, Barbie e Mc Donald’s. Julgamentos à parte nem sempre o humor é fácil de ser feito, ainda mais traduzindo isso em peças de roupa, o que o Jeremy Scott faz questão de falar várias vezes durante o filme.
https://www.youtube.com/watch?v=sQ5JrcKTNoc
A impressão que tive com principalmente os documentários com estilistas nomeando a narrativa, é que a figura do designer é um grande apelo de marcas atualmente. O que cada um faz torna a marca e seu trabalho algo tão sincronizado que a ideia é personificar o estilista com a imagem da marca e vice-versa. A persona da marca está na figura do estilista/celebridade (Jeremy não usa o termo “clientes” muitas vezes, ele cita fãs) e isso se torna um apelo de marketing interessante para dar vida a marca longe de imaginar elas como indústrias.
Outros docs/séries na lista:
The True Cost + Ateliê + Daiana Vreeland + McQueen & I + Vogue: o olhar do editor + Marc Jacobs e Louis Vuitton + Lagerfeld Confidential + Signé Chanel + Annie Leibovits + Bill Cunninghan New York + Vivienne Westwood.
Assiste aos docs e comenta aqui suas impressões. Legal é tirar um tempo para maratonar neles, pois as impressões todas misturadas te ajudam a ter uma percepção comparativa bem legal.
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Sobre Rodolfo Alves
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.
VAMOS COM CALMA, COMECE PELO COMEÇO: Depois do meu retorno do coma após o lançamento de Formation, que aconteceu dia 06 no mês passado, vim hoje me deliciar comentado sobre a maior obra prima que Beyoncé já colocou na terra, depois da Blue Ivy, que inclusive aparece no vídeo.
>> Um dia depois do aniversário de Trayvon Martin’s e um dia antes do aniversário de Sandra Bland’s, Beyoncé lança sua próxima música de estúdio, Formation, acompanhada do lançamento do vídeo clipe, não no Vevo, e sim na conta pessoal no You Tube (retirado do canal).
>> No dia seguinte ela rouba a cena de Coldplay e do incrível Bruno Mars com a apresentação fodastica no 50ª Super Bowl Halftime Show. Em seguida, mesmo sem o lançamento oficial da Columbia Records a música entra espontaneamente na programação das rádios nos EUA.
>> Depois Beyoncé anuncia a venda de ingressos para sua nova turnê mundial, Fotmation World Tour. Que esgota 16 shows dos 39 que foram marcados em menos de duas semanas e vende U$ 100 milhões em ingressos antes mesmo de começar. Paralelo a isso a rainha do marketing lança em sua grife peças com referências a nova música. Vejas as peças clicando aqui. Ficou chocada? Tem mais:
ATIVISMO HOJE
ATIVISMO AMANHÃ
ATIVISMO PARA SEMPRE
Beyoncé até então era a Diva gay que endemoninhava seu público a cada lançamento de álbum, vídeo clipe, turnê, apresentações em festivais, em premiações, cortes de cabelo, etc. com canções que sempre falaram de sentimento, amor, relacionamentos, o poder dela, exaltando seu ego, o poder do seu dinheiro, com o qual afirmava seu espaço. Poder enquanto mulher fora dos padrões estéticos, da época quando surgiu na mídia, padrão, que inclusive, ajudou a mudar quando começou a ascender. Poder econômico depois que através desse passou a assumir elementos e lugares que naturalmente não pertence(iam) ou podiam pertencer a mulheres negras.
Sua estética e estrutura de marketing enquanto entertainer não mudaram tão aparentemente ao longo de sua carreira. Seus shows, coreográficas e suas batidas seguiam as tendências estéticas e de marketing de cada época em que um trabalho novo era lançado e até aqui estava tudo ok, por que ela era a Beyoncé e todos nós ainda sempre ficávamos bestificados com sua potência vocal, seu fôlego pra dançar e cantar ao mesmo tempo sem desafinar. Eu não tenho dúvidas de que se ela continuasse seguindo a mesma forma e fórmula conseguiria se manter em alta.
Agora atente para o fato: Beyoncé sabe o tamanho que a bunda dela tem e ela gosta de ser sexual. E ela vai dizer para o cara se sentar e a assistir caladinho enquanto ela dança para ele (veja: Dance for you). Então me diga, quem é objeto de quem aqui? Se você acha que ela se coloca numa posição submissa, eu digo que ela sabe o poder que a sexualidade dela tem e não tem pudor em usá-la, não para agradar alguém, mas pelo puro prazer de ser sexual.
“A questão é que ela é mulher e óbvio que sempre que ela estiver usando sua sexualidade será para objetificação do desejo masculino.Por que homens podem andar sem camisa, sentar com as pernas abertas sem constrangimento com o tamanho do pacote fazendo volume na calça, mas tudo bem, esse é o lugar natural deles. Não da mulher, uma mulher não pode deixar o bico do seu peito marcar sua blusa, por que isso é vulgar.”
O fato é que ela foi crescendo e amadurecendo enquanto artista, empresária e pessoa. Foi a partir de seu álbum 4 que as coisas começaram a mudar; o tom ao qual ela passou a tratar seus velhos temas muda aqui. O álbum tem hit’s como End Of Time e Best Thing I Never Had, mais comerciais, óbvio. Ela participa de um sistema muito bem articulado e tem que se adequar a forma pra ser quem ela quer ser. Porém, foi nesse álbum que ela começou a falar de feminismo, em Run The Worlds (Girls), ou de fazer amor de uma maneira embriagante e extremamente sexy, em 1+1. Foi nessa época que ela gravou seu documentário, teve sua filha e deu uma pausa na carreira. Pra dois anos depois voltar com a turnê desse álbum já saturado no mercado.
Mas ela foi, e lotou estádios sem músicas novas. E na mesma turnê ela lança um álbum novo do nada com um clipe pra cada música e simplesmente começa a mesma turnê novamente com músicas novas. E é aqui, no álbum intitulado BEYONCÉ que ela diz que é Flawless trazendo um discurso feminista de Chimamanda que estampa o telão de led dos seus shows, é aqui que ela diz que já é uma Grown Woman e sabe pra onde está indo. Aqui também ela diz na mesma música que gosta de boquete e que seu parceiro não precisa nem pedir que ela se ajoelhe, e ainda na mesma música usando como referência um trecho do filme The Big Lebowski ela diz, na parte em francês de Partition, que os homens pensam que as feministas não gostam de sexo, mas ela fala do ato físico mesmo, do coito. Mama Bey gosta e não tem problema em dizer isso. #arrepios
Li essa frase em uma resenha sobre o feminismo da Beyoncé e resume bem meu pensamento a respeito: “Não precisamos defender o feminismo da Beyoncé, nós temos a Beyoncé […] A definição do feminismo não é limitada para as mulheres que se parecem com você” (clique aqui para consultar a fonte).
AGORA SOBRE FORMATION
Assim como diz em Grown Woman:
It took a while, now I understand / Just where I’m going / I know the world and I know who I am / It’s ‘bout time I show it.
Tradução minha: “Demorou um tempo, mas agora eu entendo onde estou indo, eu conheço o mundo e agora conheço quem eu sou. Tá na hora de mostrar isso”
E em Scholling Life ela diz “You know it costs to be the boss”
Tradução minha:
“Você sabe o que custa ser um chefe”.
Ela sabia em qual ferida estaria tocando quando decidiu se apresentar para 111 milhões de pessoas na quinquagésima edição do evento esportivo mais importante dos Estados Unidos, cantando para as garotas negras de todo o mundo entrarem em formação, adquirirem informação, (atenção para o maravilhoso trocadilho da música: “Ok ladies now let’s get in (in)formation”). Por que é só assim que um movimento se fortalece e ganha poder, com informação e articulação organizada em comunhão.
Era uma queixa sobre ela o fato de não se pronunciar antes a respeito de questões como essas, e eu me pergunto onde estaria o problema de ela apenas entreter com suas letras sem cunho político. Ou só por que ela é negra que precisa assumir todas as características de sua raça e herança cultural? Não pode fazer plástica ou dar chapinha no cabelo e o tingir de loiro? É um pouco controverso exigir dela que seja política e ativista desde sempre quando o próprio fato de ser negra, já é um ato de ativismo por natureza. Ela era negra e estava conquistando suas fatias nessa indústria.
Mas nós amamos ativista? A gente tem uma quedinha por eles? Sim nós temos! E é por isso que agora a gente admira e valoriza ainda mais essa mulher que fez o que fez e conquistou o que conquistou apenas sendo ela “sem gritar sua negritude” da forma que fez agora. A questão agora é que ela disse com todas as letras que é negra e tem orgulho disso. De cada elemento e particularidade que só negros reconhecem.
É claro que enquanto artista suas ações refletiam em um público que se identificava com ela, e ao que me parece, agora talvez ela tenha chegado à conclusão de que apenas ter sucesso sendo negra não era suficiente, ela precisava tornar isso mais claro. É por isso que incomodou, incomodou tanto que até a própria polícia ameaçou um boicote ao seu show em Miami, em resposta à Formation: “O ministro honorável Louis Farrakhan fez o principal discurso da Nação no evento do Dia do Salvador do Islã em Detroit, no domingo e afirmou que se as agências policiais estão se recusando a fornecer segurança de turismo para Beyoncé, então, a Nação do Islã vai” (veja completo aqui).
Depois do drama o SNL fez uma paródia com a reação dos americanos depois de descobrirem que a Beyoncé é negra:
https://www.youtube.com/watch?v=OFeyZCQIBBA
LETRA e a apresentação no
50 Super Bow Halftime Show
Na música ela diz para todos aqueles otários que adora o black da filha, que adora o nariz dela, que ela ainda gosta de molho picante, pão de milho e couve. Ela anda em carro de teto baixo. E ela não fala só sobre ser negrO, ela fala sobre ser negrA, rica. Aquela que leva o cara pra comer lagosta se ele a fuder direitinho, e se estiver de bom humor ela ainda o leva pra fazer umas comprinhas em seu helicóptero. E ainda diz em tom sarcástico que sabe o quão imprudente ela é ao fazer sucesso numa indústria de brancos e usar esses dólares brancos pra comprar um Givenchy de branco e sair arrastando ele em premiações por aí. Ela arrasa, quenga!
Como se não bastasse ela ainda convoca as negras de todo o mundo para se juntarem em formação com ela. E a platéia branca que foi obrigada a ver tudo isso em um espaço que naturalmente é seu ficou chocada. “Por que, tudo bem que você seja negro, desde que não fique negrando na minha frente e me traga a vista sua negritude”. Afinal de contas é vulgar… Essa Beyoncé é tão imprudente…
Ela fez (com algumas edições puritanas) vestindo uma jaqueta como a que Michael Jackson usou, vestindo suas dançarinas como os Panteras Negras, fazendo duelo de dança com o Bruno Mars. É claro que a sociedade protestante estadunidense iria se incomodar com aquela “magoa de cabocla”, por que não era em seu Twitter ou Facebook, nem foi em momento qualquer, foi um dia depois do aniversário da morte Trayvon Martin’s e um dia antes do aniversário de Sandra Bland’s, na abertura do principal festival esportivo deles. Em um espaço que naturalmente não era pra ser dela. “Em um lugar que não cabia discurso político”.
Por conta disso a polícia de Miami anunciou um boicote ao show da Beyoncé por acusar seu clipe de anti-polícia (magoa de cabocla), segura essa:
https://www.youtube.com/watch?v=L_Hgh7sPDLM
NEW ORLEANS E O FURACÃO KATRINAN
Em primeiro lugar você precisa saber que New Orleans fica no sul dos EUA, na Louisiana, um dos últimos estados do país a abolir a escravidão, cujo Ato de Emancipação dos negros cativos foi assinado em 1863, pelo presidente Abraham Lincoln, e que justamente aqui acontecem episódios constantes de crime racial e onde depois do furacão Katrinan:
“A população negra é, hoje, menor proporcionalmente àquela de antes. Quando o Katrina atravessou Nova Orleans, em agosto do ano passado, a cidade tinha 485 mil habitantes. Cerca de 70% eram negros. Aos poucos, os habitantes obrigados a deixar a cidade foram voltando. Mas hoje os negros são apenas metade da população.” (clique aqui para ver a fonte completa)
Você precisa saber também que New Orleans é berço e incubadora de vários rítmos negros estadunidenses como o R&B, o Jazz e o Bounce e que lá a cultura negra é sincrética e miscigenada como a nossa cultura negra baiana. Faz florescer movimentos naturalmente.
A MANSÃO
O vídeo tem cenas internas gravadas Fenyes Mansion, em Los Angeles, uma mansão que Ethan Tobman (Designer de produção) teve que preparar para atender ao estilo que predominava em New Orleans desde sua fundação, boa parte das cenas do vídeo são tiradas do documentário That B.E.A.T, que é ambientado no bairro mais negro da cidade e fala sobre o estilo musical Bounce, originário de lá, e que vale a pena dar uma conferida. Um detalhe interessante é sobre os quadros que você vê no clipe, eles foram pintados pela própria equipe que imprimiu quadros de pessoas brancas e os pintaram como pessoas negras por cima, visto que não há pinturas retratando senhores negros no período colonial dos Estados Unidos.
A VIATURA AFUNDADA
É clara a alusão aos crimes praticados por policiais contra os negros no clipe. Beyoncé começa em cima de uma viatura policial em um bairro alagado depois da passagem do Katrinan. E termina em uma das últimas cenas do clipe afundando com essa viatura, morrendo afogadA. Mas na última cena ela está bem prepotente balançando seu vestido Givenchy.
Figurino
Com produção impecável, o clipe leva novas e recentes coleções de roupa para a tela antes mesmo de chegarem nas lojas quebrando o paradigma do calendário de distribuição das coleções. Aparacem peças da Guci, Chanel, Zimmermann, Fendi e Alexandra Rich e quem cuida do figurino de Formation é Marni Senofonte e Shiona Turini. Clique nas fotos para ampliar em detalhes:
O GAROTO DE CAPUZ
Rouba a cena no vídeo dançando em frente a uma fileira de policiais com o gesto “hands up, don’t shoot” usado em protesto por todo o Estados Unidos após o caso de Michael Brown. Em seguida aparece no vídeo a frase pichada “Stop Shooting Us”: Parem de atirar em nós.
Samples
Beyoncé traz figuras como Messy Mya, um Youtuber da cidade de New Orleans, que comentava de maneira sarcástica o cotidiano da cidade para jovens como ele, assassinado em 2010 (clique aqui para saber mais) e a rapper Big Freedia (clique aqui para ver a fonte completa) conhecida como a rainha do Bounce.
Por essa e outras a gente aprende que ódio vira arte e transforma, por essas e outras que liberdade não deve ter precedentes além da ética humana. Por essas e outras que ser negro, bicha, maconheiro é um ato político. Parafraseando nosso amigo Peu no doc que quebrou a internet esse mês: Eu. Você. As pretas. As mulheres. As bichas. “Todo dia mais bicha, todo dia um level a mais. Igual Pokemon.” E nada de beijos pra inimigas. Beyoncé em Formation: ela arrasa quenga.
Sobre Box Fashion - redação
Redação do Box Fashion. Moda no polo de confecções do agreste Pernambucano. Consumo, mercado local e conteúdos especiais sobre tudo que cerca a moda. Iluminuras, criatividade e indústria fashion no interior de Pernambuco. @oboxfashion