Inscrições abertas para competição entre equipes envolve moda, música e arte “RECICLOS CRIATIVOS: PARA NOVOS OLHARES, OUTRAS NARRATIVAS E MUITO ALÉM…”.
O Desafio Criativo M.M.A. – moda, música e arte do Porto Digital, por meio do Armazém da Criatividade em Caruaru, está com inscrições abertas para o . O objetivo do projeto é descobrir e estimular talentos criativos entre mulheres e pessoas LGBTQIA+ nos eixos de moda, fotografia, audiovisual, arte, design e cenografia.
O Desafio Criativo M.M.A. – moda, música e arte é uma competição entre equipes criativas que terá a duração de cinco semanas, com etapas passo a passo realizadas semanalmente de forma presencial nas instalações do Armazém da Criatividade em Caruaru. O início das atividades será no dia 19 de março.
Para o Desafio, as pessoas selecionadas deverão compor equipes classificadas em dois eixos criativos envolvendo diversas áreas e disciplinas – um eixo com moda, fotografia e audiovisual, e um outro com arte, design e cenografia. Durante a competição, os dois grupos contarão com mentoria e orientação de profissionais de referência nas áreas de atuação de cada um dos eixos criativos.
Para além da experiência de aprendizado e mentoria com nomes de importantes no mercado, o grupo vencedor do Desafio ainda terá participação gratuita garantida na jornada empreendedora do Armazém da Criatividade; 30 horas de uso da estrutura do Armazém para fins profissionais; passaporte de um ano para os laboratórios de empreendedorismo digital; um ano garantido de uso do coworking do Armazém; entre outros.
Para participar, os interessados devem atender aos seguintes requisitos:
Ser mulher ou pessoa LGBTQIA+;
Residir em Pernambuco;
Ter pelo menos 18 anos;
Poder participar dos encontros presenciais no Armazém da Criatividade, em Caruaru;
Ter o ciclo vacinal completo (pelo menos duas doses) contra a covid-19
Mentores da 1ª edição: Desafio Criativo M.M.A. – moda, música e Arte
NESTOR MÁDENES – Editor de Moda, que também atua como Diretor Criativo e Diretor de Produção. Em 30 anos de carreira, tem vasta experiência na Moda, Publicidade, Cinema, TV e Eventos, através da S7YLING, tendo em seu portfólio projetos importantes pelo mundo como: Festival No Ar Coquetel Molotov, Aurora Eco Fashion, Carvalheira, Recife Moda & Música, Moda Recife, Estilo Moda Pernambuco, Fashion Workshop, entre tantos outros.
LEOPOLDO NÓBREGA – Multi Artista, atua como Artista Plástico, Estilista, Cenógrafo e Consultor de Moda e Mercado. A frente do Espaço Arte Plenna, tem projetos importantes como o Galo da Madrugada, Programas na TV Globo, além de forte atuação no Pólo de Confecções de Pernambuco, onde foi estilista de várias marcas e Editor da Revista Moda Agreste. Na região, realiza o Denin Meeting, além de realizações pelo Alto do Moura, onde também faz experiências artísticas.
As inscrições são GRATUITAS e devem ser realizadas por meio de formulário eletrônico que estará disponível no link: https://bit.ly/desafiomma, no período de 13/12/2021 a 04/03/2022.
ECOSSISTEMA EMPREENDEDOR DO PORTO DIGITAL
O Porto Digital é um Parque Tecnológico composto por mais de 300 empresas e instituições atuantes nas áreas da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e da Economia Criativa. São aproximadamente 800 empreendedores/as e mais de 13 mil colaboradores/as, reconhecidos nacional e internacionalmente como um dos mais relevantes espaços de inovação do Brasil.
O NÚCLEO DE GESTÃO DO PORTO DIGITAL (NGPD) é uma organização social (OS) sem fins lucrativos, responsável pela gestão, articulação e promoção do parque tecnológico. Para apoiar o desenvolvimento de novos negócios inovadores, o NGPD tem um conjunto de infra-estruturas, serviços, projetos e programas de apoio que são disponibilizados as empresas e articulados com universidades, centros de pesquisa, organismos de fomento, instituições da esfera pública e parceiros privados, compõem o que se denomina “ECOSSISTEMA DE EMPREENDEDORISMO INOVADOR” do Porto Digital.
Por sua vez, o ARMAZÉM DA CRIATIVIDADE de Caruaru é o cubo avançado de inovação do Porto Digital no Agreste pernambucano. Dentre os seus objetivos está o suporte à inovação e ao empreendedorismo, atuando em estreita articulação com os setores produtivos locais e promovendo ações voltadas para a implementação de uma cultura inovadora, integrando pesquisa, ciência e tecnologia.
O Desafio Moda, música e arte coloca-se em sintonia com os Objetivos estabelecidos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) sugeridos pelo Pacto Global da Organização das Nações Unidas de 2015 até 2030, nos quais relaciona metas a serem alcançadas por meio de uma ação conjunta, unindo diferentes níveis de governo, organizações, empresas e a sociedade como um todo.
Deste modo, tem como propósito realizar ações que colaborem com um impacto ambiental e social positivos, relacionados com a redução das desigualdades, ao apoio a iniciativas voltadas para a igualdade de gênero, empoderamento de mulheres e meninas, bem como a preocupação com processos produtivos mais sustentáveis.
Neste sentido e visando influenciar iniciativas mais inovadoras, é estimulado o processo contínuo de desenvolvimento de talentos e de experiências de quem participa, adotando, para esta finalidade, a força da qualificação, executada por meio de mentorias e práticas no decorrer das etapas de realização deste Projeto Criativo.
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DE 13 DE DEZEMBRO DE 2021 À 28 DE ABRIL DE 2022 NO ARMAZÉM DA CRIATIVIDADE EM CARUARU COM NESTOR MÁDENES E LEOPOLDO NÓBREGA EDITAL ONLINE E INSCRIÇÃO NO LINK https://bit.ly/desafiomma
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.
São minhas experiências com a moda plus size no mercado local. E eu sou um homem magro. Escrevo sobre moda e trabalho com os mais diversos temas que envolvem as bolhas do próprio mundo fantástico da moda.
E eu preciso dizer sobre meu corpo magro, antes de começar o assunto, por que meu ponto de partida é um lugar de fala que apesar de também viver pressões estéticas a respeito do corpo (por ser magro, por ser magro com barriguinha saliente) esse mesmo lugar também carrega privilégios, limitações e interpretações simbólicas inalcançáveis sob a ótica de um corpo magro.
É justamente a relação com meu corpo que tem me levado a pensar sobre os corpos fora de mim, os outros corpos, e como consequência também pensar meu corpo além do que sempre fui ensinado a idealizar; que me deparei com a busca por vários conteúdos relacionados ao tema.
Esbarrei na moda plus size, um segmento de mercado no vestuário que tem crescido, acredito eu, pelo acesso e produção de informação e produtos para atenderem a diversidade cada vez maior de corpos.
Ouvindo o podcast projeto Piloto com Participação da Blogueira Ju Romano a gente aprende que o termo plus size é uma construção adequada para a moda enquanto segmento. Mas não exclusivamente para os corpos. Corpos são como são, plus size são produtos.
Outras experiências para além de meu próprio corpo aconteceram em meu trabalho. Fiz produção de fotos para uma marca local de moda plus size masculina e me deparei com sentidos novos e percepções diversas na minha relação com o trabalho, com o modelo e com a construção do material. Foi a primeira marca de moda masculina plus size para a qual que fiz produção fotográfica e atento a tudo anotei coisas que percebi durante o trabalho:
OS DISCERNIMENTOS DESSE TRABALHO – AS BRECHAS DE UM JOB PARA CORPOS PLUS SIZE
Essas minhas experiências com a moda plus size no mercado local começam muito antes, mas essas fotos foram o começo destas reflexões:
– em algum momento me veio na ponta da língua pedir ao modelo que secasse um pouco a barriga para que o enquadramento do look ficasse “melhor”, vigilante eu graças a Freud não soltei essa horrorosidade.
– noutro momento, assim como nós produtores fazemos em qualquer trabalho, precisei tocar o modelo, dobrar mangas da blusa, colocar um cachecol sem que houvesse a necessidade do cara sair da posição, para ganhar tempo, para não amassar a roupa e questões práticas de um trabalho de fotografia, nesse momento eu percebi de mim o cuidado com o toque ser diferente, e logo tratei de naturalizar.
Eu precisava recorrer ao que sempre faço com modelos magros e seguir o job. Mas eu sabia que esse cuidado de tocar, também estava presente no corpo a ser tocado, um homem gordo, heterossexual e uma bixa magra, serelepe fazendo gentilezas de arrumar a roupa. (digo isso, por que o modelo das fotos não é um modelo profissional, tivemos tremenda dificuldade em encontrar um rosto masculino profissional da área para fotografar, então direção de cena foi muito necessária, e esse caminho entra em contato quando tais pontuações não estão claras pelo viés profissional).
– sutilezas humanas todas presentes ali. E como estar atento a tudo isso me provocou pensar e construir algo sobre. Na edição dos looks e composição das peças… mais desafios/novidades. Como funcionam os volumes de um corpo gordo?, e as cores?, e as estampas?, quais calçados usar? Detalhes quase irrisórios, mas que eu senti brechas na minha habilidade quase automática de compor looks para corpos magros: quando o modelo terminava de vestir a roupa e ali eu sentia a necessidade de completar o look, ou de tirar algum acessório, tateando ideias sem nenhuma referência segura. Recorrer aos meus trabalhos anteriores com pessoas magras seria leviano e irresponsável.
– foi empírico e empático, me abri a possibilidade de aprender e me esforcei a fazer o resultado final ser bom, mas alguma insegurança se fazia presente, eu precisava honrar o trabalho com um bom resultado, precisava honrar a confiança da marca e mais que tudo precisava honrar a estética daquele corpo assim como ele era, sem permitir qualquer impressão arbitrária externa.
APURANDO OS ENTENDIMENTOS
Quantos espaços vazios essa relação de trabalho com a situação em si me provou. Você agora já sabe de meus pensamentos a mil enquanto fazia o job. Pedir que você se coloque no meu lugar seria conveniente, mas se coloque agora, no lugar daquele corpo, inábil em contar as sensações outras que sentiu, num blog abertamente para toda a internet…
Mesmo com toda pesquisa que fazemos para qualquer trabalho, na prática essa experiência foi interessante ao ponto de me instigar a descobrir nessas relações com os corpos, algo que também estava posto para mim: quando eu faço um selfie ou uma foto no espelho secando a barriga por exemplo. Borbulhou pensamentos e convites a reflexão. E depois de todo esse arrodeio, comecei a escrever essa matéria: experiências com a moda plus size no mercado local
COLABORADORES DESSA MATÉRIA Experiências com a moda plus size no mercado local
Para isso, convidei amigos e uma amiga, todos gordos; para colaborarem com o conteúdo dizendo de suas experiências, pesquisamos juntos e aprendemos também. E agora queremos pensar essas coisas junto com você. Ouvi Henrique Marinho, modelo plus size, rei momo do carnaval do Recife, que também desfilou em terras agrestinas no EMP 2019 e Gabryel Lima, também modelo, também com atuação aqui no polo de confecções.
E como colaborada deste conteúdo, consultei Mila Vasconcelos, criadora de conteúdos relacionados ao corpo gordo, gordofobia, ativismo feminista e tantas outras coisas maravilhosas como ser host do podcast Songa Mongas. A bixa faz tudo, e também provador para marcas plus size.
CONTEXTUALIZANDO O MERCADO ATUAL
As mudanças não são poucas, e o mercado de marcas que atendem aos gordos e gordas tem crescido. Por um lado o desejo de identificação do público consumidor e sua busca por opções, tem motivado o surgimento de negócios de moda por todos os lugares.
Somente no catálogo de marcas do Moda Center Santa Cruz, um centro de vendas em atacado, o maior do Brasil e América Latina, o segmento plus size tem lugar de destaque no menu do aplicativo Moda Center e nesse mesmo, 8 páginas de marcas listadas no catálogo somente de moda plus size. Um exemplo do volume de marcas, produtos e conteúdos voltados para este público.
Além da ambiência de experiências com a moda plus size no mercado local o ativismo digital também tem motivado pessoas num processo incrível de aceitação do próprio corpo e levado consumidores e consumidoras a fazerem um movimento contrário na moda, buscando criar estilos para além das ofertas clichês de peças comuns, “adequadas” para os gordos apenas nos tamanhos e sem nenhum diferencial de estilismo contemporâneo.
Pensar na fala de Elsa Schiaparelli que diz: “As roupas não devem ser adaptadas ao corpo, é o corpo que deve ser adaptado às roupas.” é tão piegas quanto delimitar regrinhas de pode e não pode para os corpos gordos; segundo Mila Vasconcelos, os corpos gordos podem vestir tudo, vestir o que quiserem e como quiserem, disfarçar a gordura, as formas e como esses corpos são não faz parte desse estilo pensado para aceitação completa.
Veja o vídeo que Mila produziu para o Box Fashion – cortesia e gratidão
Sendo assim ouas marcas se alinham as novas formas de pensamento coletivo em constante construção de auto imagem, ou valores ditatoriais como este citado acima da estilista Elsa Schiaparellifarão marcas e negócios se tornarem obsoletos até mesmo na razão de existirem (sim, estamos discutindo esse ponto em 2020, ainda): isso para todo o mercado, seja de marcas especializadas em tamanhos menores ou maiores, varejistas ou atacadistas.
Além do exemplo dado por Mila Vasconcelos acima, vou distribuir pela matéria, posts do Instagram de vários criadores e criadoras de conteúdos que são encantadores para você conhecer. Aff que tudo!
Campanhas diversas também tem sido colocadas na rua endossando esse momento discursivo das marcas, assumindo espaços de diversidades, buscando dialogar com o público plus size. A exemplo da campanha recente da Calvin Klein que estampou mídias diversas com a modelo Jari Jones.
PLUS SIZE DO AGRESTE PERNAMBUCANO
Por aqui o mercado de modelos Plus Size tem trazido novos rostos, como a modelo Karla Ferreira, que desfilou como convidada para abrir o desfile do Coletivo Criativo no EMP 2019. A modelo também já foi convidada para fotografar com uma marca no Sul do país, e isso importa pela visibilidade e reconhecimento d seu trabalho fora do eixo de cidades do polo na rota da moda do agreste. Arrasou Karlinha!
A experiências com a moda plus size no mercado local trás vivências promissoras e relatos de insucesso que acompanham o mercado local convivendo juntos, jobs onde modelar como plus size é por vezes precarizado, num mercado que cresce os bolsos de quem produz mas deixa a mercê a cadeia criativa que faz encher os bolsos dessa mesma moda, envolvendo assim o trabalho desvalorizado de modelos plus size.
Imagine você, se o trabalhos de modelos ‘padrão magro’ tem sido reduzido à cachês cada vez menos possíveis, como deve estar o trabalho de modelos plus size? Some na conta a profissionalização do setor que nunca se estabeleceu de forma planejada e efetiva na cena local.
A fala do modelo fotográfico Gabryel Lima ilustra bem os extremos pensados aqui, onde a valorização do trabalho desses modelos está sempre na berlinda:
Experiências com a moda plus size no mercado local por Gabryel Lima
A moda plus masculina foi ganhando espaço aos poucos no polo de confecções, no entanto ainda com uma baixa oferta para a demanda que temos no setor. O meio digital está vindo com muita força e isso é um ponto muito positivo, pois, é onde eles podem mostrar para um público ainda maior que sua marca está com essa proposta e isso é interessante para marcas pequenas, digo que é um diferencial gigante entrar nesse meio. Em virtude dessas divulgações, podemos dizer que sim, já existem modelos que fazem esse trabalho, mesmo que ainda muito pouco no masculino, mas tem, e as marcas precisam apostar mais nesse mercado e tenha certeza, será crescente o desempenho.
Eu como modelo, sim, tenho um pouco de dificuldade em estar realizando trabalhos por que no momento, existem poucas lojas com essa pegada plus size masculino e isso acaba dificultando um pouco o trabalho de modelo e também de influencer, mas, já estive fotografando para marcas de Toritama e desfilei para a Rastro Ativo em 2019 pelo EMP em Santa Cruz do Capibaribe, me deu uma visibilidade boa mas, o que impacta mesmo é a aposta das marcas para esse público.
Outra fala alinhada nesse olhar é do modelo Henrique Marinho, Rei Momo do Carnaval de Recife em 2015 e 2019.
Experiências com a moda plus size no mercado local por Henrique Marinho
“As mídias sociais trouxeram um olhar mais aberto sobre o assunto através dos influenciadores digitais e com isso, a moda está mudando e fugindo um pouco dos “padrões”, criando relações mais íntimas com seus consumidores, defendendo causas, procurando ouvir mais. Porém com tanta evolução no mercado da moda, o plus size masculino ainda é pouco explorado e quem veste o tamanho GG ou mais, já percebeu que há pouca variedade na oferta roupas, deixando o vestuário esbarrar no preconceito e padronização magra de “beleza.
Enquanto modelo plus size vejo o crescimento da área a cada dia, incentivando homens e mulheres a sonharem, tornando possível um “mercado que não foi feito para o gordo”. Sempre existiu muito preconceito com os padrões não estabelecidos pelo mundo da moda, através da mídia, empresários, agências de modelos… Hoje todos estão se adaptando as mudanças no mercado da moda e entendem a “necessidade” de todos os perfis nas passarelas, publicidade… o consumidor precisa de Representatividade! Não só na moda mas em todos os lugares precisamos ocupar os espaços.”
POSTURA CONECTADA AOS VALORES
Em minhas experiências com a moda plus size no mercado local me lembro claramente um caso de um tom arisco* (sendo eufemista) de empreendedores dizerem dos corpos gordos como quem lida com uma pessoa sem valor, dentro da ideia de estar fazendo um favor ao mercado oferecendo tais produtos.
“Produzir moda plus size é caro. Essas gordas ficam pechinchando preço pensando que a vida é fácil, eu gasto mais tecido para fazer a roupa delas. Se elas fizessem dieta não precisariam gastar mais com roupas grandes, né não Rodolfo?”
Arregalei os olhos. Constrangido não soube responder. E essa é muitas vezes uma fala comum, naturalizada numa bolha de entendimento onde o negócio está em primeiro plano, para além das relações que importam, onde novos moldes de relacionamento e convivência balizada pela moda, o estilo e o consumo se fortalecem. Nós não compramos mais para vestir, creio que compramos para nos relacionar.
DESAFIOS PARA UMA MODA MAIS INCLUSIVA
Já que a geografia e as distâncias se apequenaram com a conexão digital, como nossas marcas, ainda não entregam um valor agregado que engaje clientes atacadistas e varejistas, no propósito de mudança social para o que estamos caminhando?
O que nos falta realizar ou perceber a respeito desse mercado que cresce, mas que não a qualquer custo? E o que nós, os criativos do polo de confecções podemos fazer para entregar e construir tais valores? Outra pergunta é: as marcas estão abertas para tal caminhada? Interessadas nesse novo (chama Cazuza aqui com o museu de grandes novidades)? Até mesmo ao entender que o polo performar com atitude mais industrial e menos branding, é possível criar esse valor para quem fabrica? Sigo refletindo.
Obrigadíssimo aos querides que colaboraram com esse texto. (por que diabos Rodolfo sempre erra o jeito de escrever as palavras, olha só, ele escreveu errado a palavra queridos?)
Veja o que escrevi abaixo desse vídeo para pensarmos também esse conteúdo:
No começo do vídeo eu retiraria a fala sobre pessoas que estão “acima do peso” de quem? Do padrão? E corrigiria também: “com peças que você passe a impressão que você está grande, ao invés de gordo.” Ué, mas não é sobre aceitação? De quem é gordo e de quem não é?
Das 13 dicas eu recomendaria apenas a 03 sobre ajuste de peças. Recomendo mesmo ver o vídeo que a Mila Vasconcelos fez pra gente pensar sobre esse pode e não pode chato, para atender a um padrão de beleza.
Você sabia que existe uma semana de moda brasileira voltada para o segmento plus size? Confira: https://fwps.com.br/
Colaborou também com este conteúdo o incrível e maravilhoso, imenso e generoso Nestor Mádenes. Gratidão pelo olhar cuidadoso amigo!
Sobre Rodolfo Alves
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.
O ano já começou com tudo aqui no Box Fashion. Para iniciar com o pé direito a temporada, a equipe de produção foi viver os dias mais vibrantes do verão ao lado da marca pernambucana Lê Pug num final de semana encantador pelas ruas do Pelourinho em Salvador.
O trabalho de fotografar a marca para a nova coleção, precisava representar a energia vibrante das estampas que convidam os consumidores na busca por sintonia de vibrações. E nada melhor que um lugar como Salvador para exercitar essa vibe de equilíbrio e alegria.
Na bagagem as camisas estampadas e shorts em moletom da Lê Pug deram pano para manga na montagem dos looks mais desejados da temporada, as listras verticais trazidas em estampa para a malharia + a cartela de cores marcante e a sobriedade das peças casaram-se perfeitamente com o cenário colorido do Pelourinho.
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.
A moda para meninas não é mais a mesma na Mavem. A marca santa-cruzense tem transformado seu mix de looks infantis e lança coleção de inverno com novo mix de produtos e renovação no estilo. Mavem lança coleção de inverno 2018.
Buscando inovar, a Mavem tem trilhado um caminho maravilhoso de inovação, e lançou sua nova coleção de outono/inverno. A primeira coleção feita dentro de um cronograma planejado dentro de um estilo criativo, deixando a produção de produtos avulsos.
Empreendedora da marca e criadora das peças, a empresária Flávia Brandão sabe bem como foi o processo de implantação das mudanças necessárias para o desenvolvimento de produtos com melhores critérios de qualidade e lindos apelos estéticos.
Entre várias tentativas e acertos, a empresa aprimorou processos fabris, desenvolvimento humano e o trabalho de marketing para reforçar a imagem de qualidade dos produtos. Entre as novidades, a mini blogueira Larah do perfil @fashion3kids estrelou a campanha de outono/inverno fazendo as fotos mais charmosas da temporada.
Outras novidades estão por vir e mais sonhos já estão sendo produzidos para as meninas de todo o Brasil. Confira as fotos:
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.
Eles são os profissionais que estão fazendo sucesso entre as marcas locais e fazendo trabalhos maravilhosos para a moda local. Conheça 7 fotógrafos de moda para conhecer no polo de confecções.
A moda em constante mudança e evolução tem reformulado o arranjo produtivo local do interior de Pernambuco, numa paisagem de novas profissões e talentos que atendem ao constante borbulhar da comunicação de empresas com seus públicos. Nesta paisagem a figura do fotógrafo e fotógrafa tem ganhado cada vez mais espaço na agenda dos pequenos e médios empreendedores, que fabricam e vendem para todo o Brasil na feiras populares das cidades do agreste.
Já falamos aqui sobre os modelos fotográficos (link da matéria) e agora chegou a vez de lançar um olhar para quem esta por traz das câmeras, produzindo os cliques feitos para a veiculação em redes sociais principalmente, os 7 fotógrafos de moda para conhecer no polo de confecções que estão com todas as atenções voltadas para seus trabalhos no momento.
RAMIRE LINS
Estudante de Design pela UFPE CAA, Ramire é filha de fotógrafo de eventos e já atua com fotografia de moda há dois anos.
“Sou de filha de fotógrafo, desde cedo comecei a me interessar por fotografia, 7 anos atrás comecei a fotografar eventos com meu pai, quando comecei minha graduação em Design procurei explorar mais a fotografia conceitual, e Ney (Avant), procurando alguém para auxiliar no estúdio me fez o convite para fazer parte de sua equipe.”
Veterana há 11 anos clicando de eventos a books pessoais, Hélida Chagas continua no mercado de fotografia e cada vez mais ganha evidência junto de marcas de moda. Para a fotógrafa as mudanças no mercado são muitas e avalia:
“Mudou muito, eu vejo um mercado competitivo e acho isso ótimo, pois de certa forma nos impulsiona a buscar se reciclar a cada dia.”
Formada na UFPE CAA, fez estágio no fotolab e atua há dois ano no mercado com a Pupila Design e Fotografia (saiba mais). Manuela consegue observar dimensões importantes do trabalho que realiza dentro do que está cada vez mais, sendo cobrado da moda local: valor agregado. Em sua fala sobre o assunto ela ver como ponto relevante as empresas que ainda não enxergam valor no trabalho de fotografia autoral, pois o ideal é mostrar os valores do negócio.
“Atualmente qualquer pessoa faz uma fotografia, mesmo sem enxergar o real significado que a imagem possa passar.”
Bruno começou em casa. Sob influência da família e desde pequeno, já estava no universo da fotografia quando entrou no ritmo dos cliques. Começou com eventos e atua na fotografia fashion há 4 anos. Bruno observa as mudanças no mercado vendo nas redes sociais um ponto de necessidade de renovação:
“A fotografia de moda mudou bastante, devido ao crescimento das redes sociais, a procura pela fotografia profissional aumentou consideravelmente.”
Contatos Bruno
bhproducoes@gmail.com
+55 81 994636727
Instagram: @brunoh_photographer
BRENO AUGUSTO
Publicitário de formação, Breno já atua no mercado fotográfico há 6 anos. O interesse por fotografia já na graduação levou o talento de Breno para trabalhos mais conceituais que os demais fotógrafos, tendo atuado em editoriais importantes para revistas e marcas. Breno em sua experiência concorda que há uma mudança significativa na relação com os clientes/marcas que solicitam seus Jobs:
“A comunicação está mais fácil e os empresários conseguem identificar a importância de criar uma identidade visual para sua marca através de suas coleções. Isso nos dá muita segurança na hora de produzir as imagens, pois conseguimos identificar o consumidor final com mais clareza.”
O olhar de Neto para a fotografia de moda é mais experimental, tendo iniciado a vida de fotógrafo nas atividades acadêmicas do curso de design pela UFPE CAA.
“Comecei a levar a fotografia como profissão depois de uma imersão no laboratório de fotografia da UFPE, em um campo mais poético e artístico e depois disso fui experimentando diversas áreas, procurando me encontrar dentro desse universo que é a imagem.”
O trabalho de Neto longe de ser pouco comercial, tende a uma estética reforçada noutras criatividades pouco óbvias em busca de sinceridade no olhar. Os principais jobs até agora listados por ele foram para o Coletivo Tabs (SCC) e marcas como Webe e o brechó Jardim 53.
Contato de Neeto
joseneto.fv@gmail.com
+55 81 993332251
Instagram: @neeto
O trabalho de Ricardo é fruto da nova levada de profissionais que iniciaram a profissão pela influência das mídias digitais. Ricardo já fotografava shows e passou a fotografar sua esposa para as redes sociais e a partir daí foram aparecendo os trabalhos. Mesmo com pouco tempo no mercado Ricardo coloca uma fala interessante sobre adequação cliente/fotógrafo e concorrência:
“Eu percebo que o mercado da fotografia vem aumentando, a procura por fotos com qualidade e o toque especial de cada fotógrafo é indispensável, acredito que não existe fotógrafo melhor ou pior, existe foto com ou sem qualidade, porém cada fotógrafo tem seu jeito de enxergar os melhores ângulos, basta o cliente procurar o que se identifica mais.”
Contatos de Ricardo
pauloricardo-m-s@hotmail.com
+55 81 991088283
Instagram: @ricardomenezesphotos
PONTOS EM COMUM
Observar o papel de destaque que a profissão vem ganhando no mercado local também requer pontuar, no seu movimento de desenvolvimento, como os profissionais desta área lidam com o lado bom e ruim do trabalho e quais pontos em comum, esses profissionais levantam em suas falas, que sinalizam em aspectos empíricos o cenário não só da profissão que clica as fotos, mas também dos bastidores da moda em Pernambuco.
Entre as falas mais comuns o medo da inovação estética por parte das marcas, a desvalorização da profissão pelos empresários, a repetição de conceitos criativos pasteurizados que limitam a experimentação do novo e mais uma arara de problemas pendurados que são deixados de lado pela correria das vendas. Num mundo em que a própria moda anda repensando seu papel como ferramenta de relacionamentos humanos para além da vestimenta, deixar esses problemas ensacados nos fardos de tecido é um ponto de limitação ainda maior que poucos encaram ver.
Gostou dos 7 fotógrafos de moda para conhecer no polo de confecções? Deixe seu comentário.
Sobre Rodolfo Alves
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Produção de moda experimenta observar as transformações estéticas nas relações dos jovens com o mundo do trabalho em fotografias cheias de contrastes. A atmosfera criada é inusitada trazendo para a formalidade da experiência de trabalho nova ambiência para a qual fomos ensinados a perceber. O executivo moderno cheio de possibilidades, constrói nova linguagem corporal, social e de moda. Confira as fotos do Ensaio fotográfico O GAROTO HOMEM.
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Vídeo | entrevista com a designer e fotógrafa Manuela Cristiane | Mais uma entrevista acaba de sair em nosso canal no YouTube. Dessa vez eu conversei com Manuela Cristiane designer e fotógrafa, empreendedora da Pipila Design e Fotografia em Caruaru.
PUPILA DESIGN E FOTOGRAFIA
A Pupila é a empresa guiada por Manuela que tem como seus parceiros Jéssica Cordeiro e Tuane Siqueira na edição de imagens, Vitor Emannuel no trabalho como design gráfico e na área de moda Eduardo Menezes, Augusto Ribas e Adilson fazem o coletivo completo. Surgida em 2015, no mesmo ano do BOX FASHION a Pupila oferece serviços em design e fotografia e também fomenta atividades culturais em formação com cursos diversos para o meio criativo.
O papo leve sobre sua atividade de trabalho, as questões que conhece do mercado de moda local ao lidar com marcas, design e fotografia no Polo de Confecções Pernambucano e apostura ética dessa profissional que é parceira do BOX FASHION também, você ver no vídeo abaixo:
Aqui você pode seguir a Pupila no Instagram: @pupiladef
Aproveita e segue o canal no Box Fashion no Youtubee nos ajuda a bater a meta dos primeiros 100 inscritos. Tá rolando!
Sobre Rodolfo Alves
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Oficina de fotografia artesanal comemora 160 anos de Caruaru | A Caruaru Capital do Agreste lá dos tempos de menino será tema da oficina artesanal de fotografia, que acontecerá próximo dia 18 em comemoração aos 160 anos da cidade pernambucana. A oficina oferecida gratuitamente pela Pupila Design e Fotografia terá a presença do professor historiadorUrbano Silva, do fotógrafo Antonio Preggo e da designer e artista visual Jess Cordeiro que ensiná a fazer a revelação fotográfica com a técnica do caffenol: aquele café que você toma em casa ou na feira, também serve para revelar foto. Ficou interessado? Então se inscreve.
Serviço: A oficina de Fotografia artesanal – data: 18 de maio de 2017 – terá início as 10h. Local: Empresarial Shopping Difusora. 12º andar – Sala 704.
4) Leve no dia da oficina, um pacote de ração gato ou de cachorro (no mínimo 2kg) para doar ao grupo @desabandonecaruaru
Sobre Rodolfo Alves
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