Arquivo para família - Rodolfo

Top Top Fashion: o consumo depois da crise

É crise política, crise econômica, crise no consumo, tem sido tanta passação neste Braseeel que até mesmo crise emocional tá instalada coletivamente. Tá todo mundo mau. Com a crise política e econômica nós acabamos tendo que fazer escolhas na hora de comprar. E tem sido engraçado viver cada dia com tanta crise de identidade só por que tivemos que selecionar melhor os produtos, roupas e até mesmo comida.

 

O legal disse tudo é que aprendemos a nos livrar dos apelos sedutores da propaganda, ficamos mais habilidosos em comprar somente o que realmente precisamos, e passamos a entender que: o que realmente precisamos já nos faz bem feliz quando temos. Também passamos a experimentar produtos que por puro preconceito jamais, jamais usaríamos. E descobrimo ótimas qualidades deles.  Se liga no Top Top Fashion: o consumo depois da crise:

 

PRODUTOS DE BELEZA

Trocar a marca famosa, pela revistinha de encomendas de maquiagens. Você sim.
Marcas famosas X produtos de catálogos

Você passou a encomendar desodorante, demaquilante no catálogo de produtos da vizinha. Substituiu a limpeza de pele na dermatologista pela companhia das amigas em casa com açúcar na cara, vapor da cuscuzeira para abrir os poros e amido de milho como base. Exageros à parte, quem nunca? Sem falar na hidratação capilar com babosa. Fede muito, mas dizem que funciona, mai tá!

 

TROCA DE ROUPAS COM A FAMÍLIA E AMIGOS

Novos velhos com os amigos. Todo mundo sai ganhando.
Novos velhos com os amigos. Todo mundo sai ganhando.

Entrar na onda dos bazares e deixar de frescura com as roupas usadas. Como diz a música: lavou tá nova. E para quê afinal juntar tanta roupa sem utilidade no guarda-roupas? Junta tudo e vem participar  do bazar de trocas do 1º Encontro de Criativos de Santa Cruz do Capibaribe (clique aqui para ver a programação). Prepara uma sacolinha xia xia cheia de roupas para trocar mulambos, casacos e afins. Todo mundo sai ganhando. Aproveita e coloca uma play list massa pra tocar na hora de fazer o cata no guarda-roupas. Preparamos uma só com as músicas que tocaram na última São Paulo Fashion Week de inverno. Ai você entra no inverno de roupas novas/trocadas e com novas e maravilhosas 26 músicas pra se descolar de uma vez por todas. Aproveite a crise.

https://www.youtube.com/playlist?list=PL544wUWr8THtyDlZNRGi5oaE3eGgW0rY7

 

ESPORTES FREE

Malhar em casa. Melhor solução, se passe. Consegue?
Malhar em casa. Melhor solução, se passe. Consegue?

Academia de luxo pra fazer selfie? Jamais crida!!! Já não basta ter que comprar as melhores roupas pra ser mais estilosa, ter o celular mais moderno pra ser a mais desenrolada e o cabelo mais bem tratado pra ser a mais rica. Assim não resta grana para pagar o personal. O jeito mesmo é se jogar nos abdominais em casa, ligar no Youtube, baixar o aplicativo de dietas, e comer menos. Mas, comer menos em tempos de crise, não é um esforço tão grande.

 

PEGAR CARONA

Ir de moto, pegar carona, acordar cedo pra pegar o ônibus. Quem nunca? Bom pra ajudar o meio ambiente, para fazer amigos. Mas coloca novamente nossa play list de músicas de inverno se não estiver a fim de participar do assunto da vez: a crise. Haha!

TOP TOP FASHION O CONSUMO DEPOIS DA CRISE
Do filme As loucuras de Dick e Jane

 

Tem sido difícil e tem sido complicado. Mas a gente ainda tem como se divertir. No final tudo fica bem. Deixe nos comentários suas soluções para sobreviver à crise.

 

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Sobre Rodolfo Alves

Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.

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Uma visita de muitas histórias na casa de Sílvia Clemente

Sempre que visitamos pela primeira vez a casa de alguém muitos cuidados passam pela cabeça como se a voz da mãe ressoasse dizendo: se comporte, não quebre nada, não mexa em nada, não respire e só fale o necessário. Intensificada a sensação ou não, toda visita é sempre cuidadosa, silenciosa… pois a casa de cada visitado tem hábitos próprios, silêncios únicos e jeitos de existir que desconhecemos. Nossa expedição da vez foi uma visita de muitas histórias na casa de Sílvia Clemente em Santa Cruz do Capibaribe.

 

Sílvia é empreendedora no ramo da moda no polo de confecções já há muito tempo. Trabalha com moda junto aos pais desde pequena e é hoje uma das responsáveis junto com a família pela empresa criada pelos pais. Depois do trabalho o lugar mais amado é a casa, lugar de refúgio com a família, de ver filmes e receber amigos e parentes quase todos os dias. Ela é casada com Pil Queiroz como é conhecido (um marceneiro artista fazedor de palhaçadas) e tem com ele uma filha chamada Flora Clemente.

 

silvia clemente casa outubro 2015
Fotografias: Jean Max

 

Acompanhado por Jean Max estudante de arquitetura, Rodolfo Alves foi conhecer não somente a casa enquanto construção física, mas a casa onde habitam singularidades de uma família desencanada e liberta das amarras de design e decoração de ambientes. Tudo na casa, exatamente tudo, respira identidade e história.

 

Já na chegada Sílvia recebeu o Box com um bebê no colo, a luz clara da casa é uma extensão quase do céu, cores vivas e quadros de muitos rostos nas paredes se misturam com os rostos que naquele momento conversavam… a casa cheia de amigos, parentes, tias, madrinhas e um bebê no colo, sobrinho de Sílvia. Os rostos nas paredes assinam a presença do que Sílvia tem de mais sagrado e valioso: a família, um tipo de capital social que não se possui pela efemeridade dos tempos contemporâneos. De cara, Sílvia solta uma pérola que vai nortear toda a visita e o conhecer desse lugar:

 

“Obra de arte pra mim é foto de minha família, minha história é minha arte”

 

silvia clemente casa outubro 2015
Foto: Jean Max

 

Nas paredes apenas um quadro pintado por Fábio Xavier acompanha imagens de Pil (marido de Sílvia) maquiando Flora (a filha) de palhacinha para uma apresentação escolar entre sorrisos imensos “do povo da gente” como fala a própria, ao se referir aos seus: “o povo da gente daqui de casa”. A redundância representa o apego, o vínculo.

 

silvia clemente casa outubro 2015 (37)
Foto: Jean Max

 

Cadeiras da avó Severina Clemente, quadros peruanos na cozinha, fotos de tudo, desenhos infantis emoldurados nas paredes, sofás cobertos com tecidos do bairro do Brás em São Paulo, escolhidos por Sílvia e seu pai, peças decorativas da Fenearte, plantas, muitas plantas,  um banco em madeira reciclado de outros parentes e as inusitadas pendurezas de garrafinhas na entrada de ar que recebem o vento e espalham as cores, além de  móveis projetados e feitos pelo próprio Pil que é marceneiro. Regras quebradas, a casa é pura poesia, uma fuga descomplicada ao design regrado por planejamentos perfeitos, fazendo da casa não somente um equipamento de moradia mas uma extensão do ser e do habitar com as sutilezas de identidades.

 

silvia clemente casa outubro 2015
Parentes e amigos ao redor da mesa no domingo – Foto: Jean Max

 

Ali, acompanhados dos parentes e da família, Silvia, Flora e Pil todo, receio de ser visitante se dissipa com a recepção desencanada que diz com sinceridade “fiquem à vontade” e faz além das palavras um visitante se sentir assim, ‘à vontade’, com vontade de estar ali. Clique nas fotos da galeria para ampliar e ver mais. Lindas imagens de inspiração para morar.

 

 

Sobre Box Fashion - redação

Redação do Box Fashion. Moda no polo de confecções do agreste Pernambucano. Consumo, mercado local e conteúdos especiais sobre tudo que cerca a moda. Iluminuras, criatividade e indústria fashion no interior de Pernambuco. @oboxfashion

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