Arquivo para especial - Rodolfo

Oficina de fotografia artesanal comemora 160 anos de Caruaru

Oficina de fotografia artesanal comemora 160 anos de Caruaru | A Caruaru Capital do Agreste lá dos tempos de menino será tema da oficina artesanal de fotografia, que acontecerá próximo dia 18 em comemoração aos 160 anos da cidade pernambucana. A oficina oferecida gratuitamente pela Pupila Design e Fotografia terá a presença do professor historiador Urbano Silva, do fotógrafo Antonio Preggo e da designer e artista visual Jess Cordeiro que ensiná a fazer a revelação fotográfica com a técnica do caffenol: aquele café que você toma em casa ou na feira, também serve para revelar foto. Ficou interessado? Então se inscreve.

 


Serviço: A oficina de Fotografia artesanal – data: 18 de maio de 2017 –  terá início as 10h. Local: Empresarial Shopping Difusora. 12º andar – Sala 704.

PARA PARTICIPAR:

1) siga o perfil @pupiladef no Instagram

2) Marque nos comentários do post 3 perfis verdadeiros

3) Envie uma foto linda de Caruaru para o e-mail: contato@pupiladesign.com.br

4) Leve no dia da oficina, um pacote de ração gato ou de cachorro (no mínimo 2kg) para doar ao grupo @desabandonecaruaru

Sobre Rodolfo Alves

Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.

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Quem faz a sua roupa? Hilda Xavier e a costura à moda antiga

Visitamos a casa e o ateliê da costureira Hilda Xavier na cidade de Taquaritinga do Norte numa entrevista para descobrir através de sua história a história de outras tantas costureiras no polo de confecções. Costureira à moda antiga, de encomenda, alfaiate… a profissão dos moldes que antecede a industrialização da moda permanece viva na forma que foi concebida, salvo os diferentes contextos, ainda existe um público cativo que se interessa pelo trabalho meticuloso de caráter exclusivo das costureiras que medem o corpo, tiram modelos de revistas do Instagram e realização sonhos.

Quem faz a sua roupa Hilda Xavier e a costura à moda antiga (19)
A galeria de imagens do celular de Hilda carrega os modelos que são referência para as peças pedidas pelas freguesas.

 

A profissão de Hilda é como um protesto aos processos do design industrializado, da produção em massa, da des-indentidade que tantos produtos iguais nos obrigam a ter/ser. Ela nos contou sobre seu começo e nos deu uma ideia de como é ser costureira à moda antiga hoje, em tempos tão modernos. Hilda Cristina Leandro da Silva Xavier, 59 anos. Costureira à moda antiga:

 

Chego na casa de Hilda e a encontro pegada com a costura de roupas em finalização para clientes que vão à festa de São José na cidade de Vertentes… a conversa começa naturalmente e meu esquema de perguntas fica na bolsa.

 

Hilda Xavier: Faço de tudo, mas não gosto de trabalhar com jeans. Não tenho o maquinário e nem pretendo, porque não gosto mesmo. Eu costuro das roupas mais triviais: vestido, shorts, saias e blusas até trajes sociais de formatura, casamento e vestido de noivas, fantasias… e roupa do noivo também (risos), até roupa de freiras eu já fiz, roupas de coroinhas, fardamento de bandas maciais, roupas do Capitão Mor.

 

Box Fashion: Como é sua rotina de trabalho?

Hilda Xavier: Hoje em dia eu trabalho pouco, no máximo 5 ou 6 peças ao dia, antigamente eu já cheguei a fazer 28 peças por dia, embora que fossem peças simples. Tem peças que eu passo dois a três dias, mas no geral hoje é mais fácil de fazer o trabalho. Os vestidos são mais fáceis, antes era tudo feito só à mão.

 

Box Fashion: Como era antes?

Hilda Xavier: As pessoas olhavam o que queriam nas revistas, misturavam modelos, copiavam, hoje quase não se usa mais a revista, é mais internet, chegam com a foto no celular. Uma vez me aconteceu uma coisa engraçada, uma mulher chegou com um vestido, na época do auge de Clodovil e Dener, Dener tinha lançado o drapeado e ela chegou com um modelo dele num jornal. Ela era acima do peso e queria esse vestido drapeado, na época eu recusei de fazer o vestido, por que ela queria ele muito acinturado, cintura de violão, e drapeado de cima abaixo. (risos). Até hoje ela não fez mais roupas comigo.

As revistas empilhadas estão quase esquecidas pela freguesia da costureira
As revistas empilhadas estão quase esquecidas pela freguesia da costureira

 

Box Fashion: Com quais os públicos que você mais trabalha?

Hilda Xavier: Mulheres e jovens, ah e profissionais de estilo executivo. Minha freguesia tem professoras, trabalhadores de serviços mais formais. Eles gostam de roupas mais elegantes. Eu tenho freguesas que já costurei pra mãe e filha e hoje estou na terceira geração, pois eu também faço infantil. Roupinhas de batizados, para primeira comunhão.

 

Box Fashion: Em se tratando de história, como você começou a trabalhar com costura?

Hilda Xavier: Foi por acaso, no São João de 1969, eu tinha comprado tecidos para uma roupa, por sinal seria uma calça rosa com uma blusa branca de estampas rosa, eu queria usar na véspera de São João… nessa época mamãe era quem costurava pra mim, mas ela não teve tempo pra fazer e eu fui e cortei, fiz e fui pra festa. Nisso minhas amigas começaram a querer também e eu não parei mais. Fui fazendo. Papai deu bravo, por que não queria que eu pegasse as costuras dos outros, mas eu segurei… e até hoje.

Quem faz a sua roupa Hilda Xavier e a costura à moda antiga (15)

Nunca fiz curso nenhum e já inventei de tudo, mas não consigo deixar de ser costureira. Só me agrado de costurar, já fui professora, já montei lanchonete e restaurante, já fui três vezes conselheira tutelar, minha formação é em magistério e eu comecei o curso de matemática, mas eu passo o dia aqui, tranquila, e adoro costurar. Eu já inventei de trabalhar com confecção de produção em série, mas eu só aturei 6 meses, me agradei não. Eu descobri que não aguento trabalhar em série. Minha cabeça não aguenta.

 

Box Fashion: Como é o processo de trabalho para fazer roupas sob medida?

Hilda Xavier: Eu já tenho clientes que somente ligam e dizem o modelo, a cor. São de uma cartela de clientes antigos, com 40 anos comigo. Eu organizo tudo nas agendas de trabalho, todo ano eu me desfaço das últimas agendas quando começo o ano trabalhando. Mas deixo tudo anotado.

Quem faz a sua roupa Hilda Xavier e a costura à moda antiga (6)

 

As agendas da costureira guardam a história do vestuário da freguesia.
As agendas da costureira guardam a história do vestuário da freguesia.

 

Hilda ainda nos mostrou seu acervo de roupas guardadas, parte dele em fantasias doado à uma escola da cidade.

HIlda Xavier em seu ateliê
Hilda Xavier em seu ateliê

 

Parte do acervo de vestidos e fantasias são guardados até hoje
Parte do acervo de vestidos e fantasias são guardados até hoje

 

Quem faz a sua roupa? Hilda Xavier e a costura à moda antiga junto ao trabalho de tantas outras costureiras, de uma enorme importância para a moda como referência histórica que precisa ser valorizada. Uma homenagem nossa ao dia da costureira! é bom saber que a moda se faz em tantas possibilidades e que há um mundo enorme de pessoas trabalhadoras do setor que fazem ele existir com tanto valor e dignidade. Parabéns a todos os costureiros e costureiras.

Galeria completa de fotos em nosso Tumblr, clique aqui para ver.

Sobre Rodolfo Alves

Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.

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Movimento Lamparina abre o Carnaval na capital da moda

Já em sua quarta edição o Movimento Lamparina abre o Carnaval na capital da moda. O coletivo de jovens santa-cruzenses encabeçado pela estudante de arquitetura Ágda Moura (e seus amigos Aninha Pedrosa + Felipe da Banda Plano Base + Matiara Menezes + Sérgio Hildo + Neto Lopes + Raiana Barros) ganha força na cidade como o levante necessário de resgate cultural e convívio social num formato de intervenção urbana de muita luz na cidade dos tecidos, camisas e roupas… é pouquíssimas atividades do tipo.

 

Quando a gente se cansa de ler livros, e não acha mais histórias interessantes, a gente pega papel e caneta e escreve a história que gostaria de ler. (Frase do Instagram).

 

 

Autoria à parte a frase representa maravilhosamente o que muitos jovens vem fazendo acontecer nas cidades do polo. Mover a cidade ao seu interesse e ao interesse do coletivo, não esperar apenas das divindades apolíticas soluções para os problemas de eleições antigas.

 

O Movimento Lamparina organiza edições de mobilização cultural e intervenção urbana de arte, debates e encontros de idades e gerações ao redor de um único e belo objetivo, lembrar e valorizar o passado e conviver no presente, tendo a cidade e o asfalto como referência do espaço tempo. Cria soluções exemplo a ser copiadas por prefeituras mais inteligentes, favorece a sociedade num todo.

 

Segundo Ágda em entrevista concedida ao BOXFashion durante a quarta edição do evento neste domingo, o projeto quer como “uma luz resplandecente de uma lamparina acesa no escuro, ser uma chama que unida à luz das pessoas, faça a cidade se mover positivamente“. A quarta edição homenageou em seu primeiro carnaval seu Zé de Zuza, um personagem icônico da cidade que fazia o Zé Pereira na rua em tempos de carnaval.

 

No final das contas a memória viva do povo também começa a ser escrita pelas mãos protagonistas de jovens como estes que fazem agora muito mais que a moda acontecer nas cidades do polo, mas também a vida.

Sobre Box Fashion - redação

Redação do Box Fashion. Moda no polo de confecções do agreste Pernambucano. Consumo, mercado local e conteúdos especiais sobre tudo que cerca a moda. Iluminuras, criatividade e indústria fashion no interior de Pernambuco. @oboxfashion

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2º time do Projeto Jogar Teatro começa em janeiro

Não faz muito tempo que o Box Fashion noticiou a chegada do projeto JOGAR TEATRO em Santa Cruz do Capibaribe (leia mais aqui). O projeto ganhou forma e nos últimos meses vem preparando jogadores, como são chamados os participantes para as artes cênicas com base em métodos de improvisação.

 

O 1º time formado por jogadores de cidades como Santa Cruz do Capibaribe e também Taquaritinga do Norte já retorna as atividades após recesso de final de ano neste sábado dia 09 de janeiro. 2ª time do Projeto Jogar Teatro começa em janeiro está sendo montado pelas mãos do produtor teatral do curso Bruno Melo em diversas divulgações no site e nas redes sociais do projeto. com horários possíveis nos finais de semana aos sábados pela manhã, domingos manhã ou tarde com valor de R$ 40,00 mensais.

 

Aqui na redação a felicidade nossa é enorme de saber que um projeto dessa importância tem dado tão certo. Vamos continuar apoiando e incentivando a cultura e queremos convidar você a também fazer parte disso. Por falar incentivar, que tal numa dessas tardes de sábado visitar a Usina 231 na Rua Grande em Santa Cruz do Capibaribe e se achegar para conhecer o projeto. Não jogadores podem entrar sem problemas na Usina para assistir uma aula experimental. AH!  Clique nas imagens para conhecer os atuais jogadores, mas lembramos que alguns faltaram nessas fotos.

 

Sobre Box Fashion - redação

Redação do Box Fashion. Moda no polo de confecções do agreste Pernambucano. Consumo, mercado local e conteúdos especiais sobre tudo que cerca a moda. Iluminuras, criatividade e indústria fashion no interior de Pernambuco. @oboxfashion

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2ª edição do Festival de cinema de Caruaru começa hoje

2ª edição Festival de Cinema de Caruaru começa hoje com programação de Caruaru extensa durante 6 dias de fomento ao talento audiovisual local, incentivado pelo Governo do estado e FUNCULTURA. A mostra exibirá durante a programação 126 filmes nacionais e internacionais em 14 mostras sendo 4 competitivas. A programação do Festival se divide em dois locais: hoje e amanhã no teatro João Lyra Fiho e nos dias de 03 a 06 no Teatro Difusora com entrada gratuita em todos os dias, além de oficinas de fomento à produção do áudio visual. Entre as mostras competitivas, os vencedores recebem o Troféu José Condé que homenageia o escritor caruaruense, autor do conhecido Terra de Caruaru.

 

Colaborativo

O festival ainda tem como parceira a UFPE e seus alunos fazendo a identidade visual do evento, a Prefeitura de Caruaru através da Fundação de Cultura e Secretarias de educação e Comunicação com apoio nas áreas de formação do Festival. Os alunos irão participar de sessões direcionadas e de duas oficinas gratuitas coordenadas por Yanara Galvão (cineclubista da FEPEC) e ministradas por Marlom Meirelles e Bruno Cabús… No entanto toda a programação é voltada ao público em geral, de todas as faixas etárias.

 

Jurados das mostras competitivas

O juri será composto por 10 profissionais ligados ao audiovisual brasileiro. O crítico da ABRACINE Edu Fernandes, além de cineastas e professores universitários de 5 estados brasileiros estarão julgando os filmes.. Todos os filmes são inéditos em Caruaru, produzidos entre 2014 ou 2015. Apesar de ser um Festival de curtas um longa sera exibido (também inéditos em Caruaru e região).

 

festival de cinema de caruaru 2014 premiados
Premiados da primeira edição – 2014

 

Homenageados

Esse ano Wellington Branco, produtor cultural e ator, trabalhador do desenvolvimento do audiovisual em Caruaru e Cláudio Assis, diretor caruaruense premiado em festivais no Brasil e no exterior são as figuras homenageadas pelo festival. Atualmente o mais recente trabalho de Cláudio BIG JATO venceu 4 prêmios no festival de Brasília, uma honra imensa para nossa região.

 

O festival conta com apoio também da ASSARTIC.

No site é possível conhecer mais do festival e conferir programação. Clique aqui.

Sobre Box Fashion - redação

Redação do Box Fashion. Moda no polo de confecções do agreste Pernambucano. Consumo, mercado local e conteúdos especiais sobre tudo que cerca a moda. Iluminuras, criatividade e indústria fashion no interior de Pernambuco. @oboxfashion

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