As palestras de tendências são chatas? Tenho me perguntado isso a cada ciclo novo de informações coletadas que são apresentados nas palestras de “tendências”, como os palestrantes não pretendem que sejam chamados esses eventos que reúnem empresários, criativos e interessados em geral.
Muito tem me admirado (sensacionalismo, pois não devia ser novidade) o pouco caso que os empresários locais dão aos eventos de moda com apresentação de tendências e análise de comportamento, como preferem alguns. Termos corretos à parte, o fato é que os confeccionistas não entram nessas reuniões “apaneladas de gente chic e da moda de mais”. Eu entre cochilos e bocejos sempre volto inquieto com perguntas do tipo: divulgaram bem? O pessoal ficou sabendo? Por que não vieram? (entendamos aqui distinções possíveis entre quem é confeccionista X e quem é empresário).
Se por um lado os eventos pecam nessa estratégia, por outro, quando acertam ou dão a sorte de ter a plateia cheia, a linguagem desses eventos é afetada por uma pesquisa global, entregue pasteurizada, que tomou uma nota geral do que pode servir para todo mundo… algo massificado e muitas vezes intangível. É interessante ver os palestrantes alfinetando o descaso de Beltranos para com Cicranos. Parece quem ninguém se entende, se cativa.
Por massificado digo que os cadernos tem algo que é levado para o país todo, num formato que pouco se adéqua as realidades de um polo de confecções, por exemplo, como o nosso… e intangível por que na mesma hora que o palestrante fala que pode fotografar tudo e registrar um arsenal de informações para sua nova coleção ele se incomoda com as pessoas usando o celular e joga uma sugesta digna de meme da internet ‘na galera’. Eu mesmo bocejei nessa hora, e nas outras também.
Uma possível resposta ao que julgo intangível também é quando você assiste no data show do evento um vídeo de chiados e ruídos visuais e auditivos, com tintas escorregando tela abaixo, algo sem nexo, no sense… Entre meus amigos criativos a conversa é unânime: sem futuro | não entendi nada | o que danado era aquilo? | olhe, eu perdi meu tempo. A cena é reflexo que todo a experiência com o público em anos de estudo, consultorias é colocada no bolso e o chiado reflete bem uma comunicação que começa e fica no data show.
Eu sempre pondero tanto antes de escrever coisas assim. Por que penso no peso das instituições que fazem esse tipo de conteúdo. Nunca consigo entender qual a estratégia por traz das palestras: vender um serviço? Ser referência no assunto para agregar valor? Se mostrar ao mercado? Usar a palestra como porta de entrada nas empresas? Bom nem e-mail a gente recebe deles… então fico confuso.
Tendo a última pergunta, uma resposta afirmativa a conta não fecha, eu suponho. Pois a maioria dos que converso saem mais confusos do que entram, poucos usam as informações e menos deles ainda colocam no mercado as provocações trazidas, transformadas em peças. “E onde é que a conta não fecha?” eu me pergunto. Nunca se mostra o que virou resultado real das palestras anteriores. E cá pra nós, falar de sucesso nas redes sociais já um commodity. Vamos adiante, sinto a necessidade de dizer.
No fundo todo mundo volta ao Pinterest
ou Instagram para uma pesquisa
básica de tendências de moda.
O que não critico, mas convido
a repensar os objetivos.
Retomando minha fala no quarto parágrafo: “num formato que pouco se adequa as realidades de um polo de confecções, por exemplo, como o nosso.” Quero, não desvalorizar o polo, mas indicar que nossa realidade por tão específica precisaria ter sido pelo menos considerada na forma como a mensagem é construída nas palestras e nos materiais. E isso não é fácil… conhecer em que ponto da cadeia produtiva nós estamos é um passo, traduzir a moda como uma provocação eficaz enquanto argumento de formação é outro ainda maior.
Eu também nesse ponto me pergunto onde a experiência dessas instituições (que vivem dentro das empresas do polo, conhecem os perfis e ainda insistem em ações que claramente são como peneiras para transportar água), deixou de ser usada.
É claro que as palestras de tendências não são o todo do trabalho com moda… a pitada de conhecimento que está ali (e no Google) é a porta de entrada em que cada criativo trilha caminhos próprios. As assessorias se vendem prometendo desenvolver ideias sinalizadas com aquilo que foi mostrado e quando chegam às empresas a realidade quase nunca possibilita realizar o sonho de um bom argumento de pesquisa.
Mais uma consideração a ponderar diz respeito ao fato de que sim, as palestras de tendências são aplicáveis, verdadeiras e saudáveis para os criativos, um frescor de sereno de chuva no meio da seca… tem seu valor. As questões pensadas aqui não findam a conversa e nem pretendem desqualificar a mensagem emitida… Mas é mania minha sempre refletir que: não é o que a gente fala que tem peso, é como os ouvidos ouvem que faz a diferença.
E você o que acha: palestras de tendências são chatas? Qual sua opinião sobre o assunto? Deixe seu comentário e vamos ampliar a conversa. Abraço meu, Rodolfo Alves.
Sobre Rodolfo Alves
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.
VAMOS COM CALMA, COMECE PELO COMEÇO: Depois do meu retorno do coma após o lançamento de Formation, que aconteceu dia 06 no mês passado, vim hoje me deliciar comentado sobre a maior obra prima que Beyoncé já colocou na terra, depois da Blue Ivy, que inclusive aparece no vídeo.
>> Um dia depois do aniversário de Trayvon Martin’s e um dia antes do aniversário de Sandra Bland’s, Beyoncé lança sua próxima música de estúdio, Formation, acompanhada do lançamento do vídeo clipe, não no Vevo, e sim na conta pessoal no You Tube (retirado do canal).
>> No dia seguinte ela rouba a cena de Coldplay e do incrível Bruno Mars com a apresentação fodastica no 50ª Super Bowl Halftime Show. Em seguida, mesmo sem o lançamento oficial da Columbia Records a música entra espontaneamente na programação das rádios nos EUA.
>> Depois Beyoncé anuncia a venda de ingressos para sua nova turnê mundial, Fotmation World Tour. Que esgota 16 shows dos 39 que foram marcados em menos de duas semanas e vende U$ 100 milhões em ingressos antes mesmo de começar. Paralelo a isso a rainha do marketing lança em sua grife peças com referências a nova música. Vejas as peças clicando aqui. Ficou chocada? Tem mais:
ATIVISMO HOJE
ATIVISMO AMANHÃ
ATIVISMO PARA SEMPRE
Beyoncé até então era a Diva gay que endemoninhava seu público a cada lançamento de álbum, vídeo clipe, turnê, apresentações em festivais, em premiações, cortes de cabelo, etc. com canções que sempre falaram de sentimento, amor, relacionamentos, o poder dela, exaltando seu ego, o poder do seu dinheiro, com o qual afirmava seu espaço. Poder enquanto mulher fora dos padrões estéticos, da época quando surgiu na mídia, padrão, que inclusive, ajudou a mudar quando começou a ascender. Poder econômico depois que através desse passou a assumir elementos e lugares que naturalmente não pertence(iam) ou podiam pertencer a mulheres negras.
Sua estética e estrutura de marketing enquanto entertainer não mudaram tão aparentemente ao longo de sua carreira. Seus shows, coreográficas e suas batidas seguiam as tendências estéticas e de marketing de cada época em que um trabalho novo era lançado e até aqui estava tudo ok, por que ela era a Beyoncé e todos nós ainda sempre ficávamos bestificados com sua potência vocal, seu fôlego pra dançar e cantar ao mesmo tempo sem desafinar. Eu não tenho dúvidas de que se ela continuasse seguindo a mesma forma e fórmula conseguiria se manter em alta.
Agora atente para o fato: Beyoncé sabe o tamanho que a bunda dela tem e ela gosta de ser sexual. E ela vai dizer para o cara se sentar e a assistir caladinho enquanto ela dança para ele (veja: Dance for you). Então me diga, quem é objeto de quem aqui? Se você acha que ela se coloca numa posição submissa, eu digo que ela sabe o poder que a sexualidade dela tem e não tem pudor em usá-la, não para agradar alguém, mas pelo puro prazer de ser sexual.
“A questão é que ela é mulher e óbvio que sempre que ela estiver usando sua sexualidade será para objetificação do desejo masculino.Por que homens podem andar sem camisa, sentar com as pernas abertas sem constrangimento com o tamanho do pacote fazendo volume na calça, mas tudo bem, esse é o lugar natural deles. Não da mulher, uma mulher não pode deixar o bico do seu peito marcar sua blusa, por que isso é vulgar.”
O fato é que ela foi crescendo e amadurecendo enquanto artista, empresária e pessoa. Foi a partir de seu álbum 4 que as coisas começaram a mudar; o tom ao qual ela passou a tratar seus velhos temas muda aqui. O álbum tem hit’s como End Of Time e Best Thing I Never Had, mais comerciais, óbvio. Ela participa de um sistema muito bem articulado e tem que se adequar a forma pra ser quem ela quer ser. Porém, foi nesse álbum que ela começou a falar de feminismo, em Run The Worlds (Girls), ou de fazer amor de uma maneira embriagante e extremamente sexy, em 1+1. Foi nessa época que ela gravou seu documentário, teve sua filha e deu uma pausa na carreira. Pra dois anos depois voltar com a turnê desse álbum já saturado no mercado.
Mas ela foi, e lotou estádios sem músicas novas. E na mesma turnê ela lança um álbum novo do nada com um clipe pra cada música e simplesmente começa a mesma turnê novamente com músicas novas. E é aqui, no álbum intitulado BEYONCÉ que ela diz que é Flawless trazendo um discurso feminista de Chimamanda que estampa o telão de led dos seus shows, é aqui que ela diz que já é uma Grown Woman e sabe pra onde está indo. Aqui também ela diz na mesma música que gosta de boquete e que seu parceiro não precisa nem pedir que ela se ajoelhe, e ainda na mesma música usando como referência um trecho do filme The Big Lebowski ela diz, na parte em francês de Partition, que os homens pensam que as feministas não gostam de sexo, mas ela fala do ato físico mesmo, do coito. Mama Bey gosta e não tem problema em dizer isso. #arrepios
Li essa frase em uma resenha sobre o feminismo da Beyoncé e resume bem meu pensamento a respeito: “Não precisamos defender o feminismo da Beyoncé, nós temos a Beyoncé […] A definição do feminismo não é limitada para as mulheres que se parecem com você” (clique aqui para consultar a fonte).
AGORA SOBRE FORMATION
Assim como diz em Grown Woman:
It took a while, now I understand / Just where I’m going / I know the world and I know who I am / It’s ‘bout time I show it.
Tradução minha: “Demorou um tempo, mas agora eu entendo onde estou indo, eu conheço o mundo e agora conheço quem eu sou. Tá na hora de mostrar isso”
E em Scholling Life ela diz “You know it costs to be the boss”
Tradução minha:
“Você sabe o que custa ser um chefe”.
Ela sabia em qual ferida estaria tocando quando decidiu se apresentar para 111 milhões de pessoas na quinquagésima edição do evento esportivo mais importante dos Estados Unidos, cantando para as garotas negras de todo o mundo entrarem em formação, adquirirem informação, (atenção para o maravilhoso trocadilho da música: “Ok ladies now let’s get in (in)formation”). Por que é só assim que um movimento se fortalece e ganha poder, com informação e articulação organizada em comunhão.
Era uma queixa sobre ela o fato de não se pronunciar antes a respeito de questões como essas, e eu me pergunto onde estaria o problema de ela apenas entreter com suas letras sem cunho político. Ou só por que ela é negra que precisa assumir todas as características de sua raça e herança cultural? Não pode fazer plástica ou dar chapinha no cabelo e o tingir de loiro? É um pouco controverso exigir dela que seja política e ativista desde sempre quando o próprio fato de ser negra, já é um ato de ativismo por natureza. Ela era negra e estava conquistando suas fatias nessa indústria.
Mas nós amamos ativista? A gente tem uma quedinha por eles? Sim nós temos! E é por isso que agora a gente admira e valoriza ainda mais essa mulher que fez o que fez e conquistou o que conquistou apenas sendo ela “sem gritar sua negritude” da forma que fez agora. A questão agora é que ela disse com todas as letras que é negra e tem orgulho disso. De cada elemento e particularidade que só negros reconhecem.
É claro que enquanto artista suas ações refletiam em um público que se identificava com ela, e ao que me parece, agora talvez ela tenha chegado à conclusão de que apenas ter sucesso sendo negra não era suficiente, ela precisava tornar isso mais claro. É por isso que incomodou, incomodou tanto que até a própria polícia ameaçou um boicote ao seu show em Miami, em resposta à Formation: “O ministro honorável Louis Farrakhan fez o principal discurso da Nação no evento do Dia do Salvador do Islã em Detroit, no domingo e afirmou que se as agências policiais estão se recusando a fornecer segurança de turismo para Beyoncé, então, a Nação do Islã vai” (veja completo aqui).
Depois do drama o SNL fez uma paródia com a reação dos americanos depois de descobrirem que a Beyoncé é negra:
https://www.youtube.com/watch?v=OFeyZCQIBBA
LETRA e a apresentação no
50 Super Bow Halftime Show
Na música ela diz para todos aqueles otários que adora o black da filha, que adora o nariz dela, que ela ainda gosta de molho picante, pão de milho e couve. Ela anda em carro de teto baixo. E ela não fala só sobre ser negrO, ela fala sobre ser negrA, rica. Aquela que leva o cara pra comer lagosta se ele a fuder direitinho, e se estiver de bom humor ela ainda o leva pra fazer umas comprinhas em seu helicóptero. E ainda diz em tom sarcástico que sabe o quão imprudente ela é ao fazer sucesso numa indústria de brancos e usar esses dólares brancos pra comprar um Givenchy de branco e sair arrastando ele em premiações por aí. Ela arrasa, quenga!
Como se não bastasse ela ainda convoca as negras de todo o mundo para se juntarem em formação com ela. E a platéia branca que foi obrigada a ver tudo isso em um espaço que naturalmente é seu ficou chocada. “Por que, tudo bem que você seja negro, desde que não fique negrando na minha frente e me traga a vista sua negritude”. Afinal de contas é vulgar… Essa Beyoncé é tão imprudente…
Ela fez (com algumas edições puritanas) vestindo uma jaqueta como a que Michael Jackson usou, vestindo suas dançarinas como os Panteras Negras, fazendo duelo de dança com o Bruno Mars. É claro que a sociedade protestante estadunidense iria se incomodar com aquela “magoa de cabocla”, por que não era em seu Twitter ou Facebook, nem foi em momento qualquer, foi um dia depois do aniversário da morte Trayvon Martin’s e um dia antes do aniversário de Sandra Bland’s, na abertura do principal festival esportivo deles. Em um espaço que naturalmente não era pra ser dela. “Em um lugar que não cabia discurso político”.
Por conta disso a polícia de Miami anunciou um boicote ao show da Beyoncé por acusar seu clipe de anti-polícia (magoa de cabocla), segura essa:
https://www.youtube.com/watch?v=L_Hgh7sPDLM
NEW ORLEANS E O FURACÃO KATRINAN
Em primeiro lugar você precisa saber que New Orleans fica no sul dos EUA, na Louisiana, um dos últimos estados do país a abolir a escravidão, cujo Ato de Emancipação dos negros cativos foi assinado em 1863, pelo presidente Abraham Lincoln, e que justamente aqui acontecem episódios constantes de crime racial e onde depois do furacão Katrinan:
“A população negra é, hoje, menor proporcionalmente àquela de antes. Quando o Katrina atravessou Nova Orleans, em agosto do ano passado, a cidade tinha 485 mil habitantes. Cerca de 70% eram negros. Aos poucos, os habitantes obrigados a deixar a cidade foram voltando. Mas hoje os negros são apenas metade da população.” (clique aqui para ver a fonte completa)
Você precisa saber também que New Orleans é berço e incubadora de vários rítmos negros estadunidenses como o R&B, o Jazz e o Bounce e que lá a cultura negra é sincrética e miscigenada como a nossa cultura negra baiana. Faz florescer movimentos naturalmente.
A MANSÃO
O vídeo tem cenas internas gravadas Fenyes Mansion, em Los Angeles, uma mansão que Ethan Tobman (Designer de produção) teve que preparar para atender ao estilo que predominava em New Orleans desde sua fundação, boa parte das cenas do vídeo são tiradas do documentário That B.E.A.T, que é ambientado no bairro mais negro da cidade e fala sobre o estilo musical Bounce, originário de lá, e que vale a pena dar uma conferida. Um detalhe interessante é sobre os quadros que você vê no clipe, eles foram pintados pela própria equipe que imprimiu quadros de pessoas brancas e os pintaram como pessoas negras por cima, visto que não há pinturas retratando senhores negros no período colonial dos Estados Unidos.
A VIATURA AFUNDADA
É clara a alusão aos crimes praticados por policiais contra os negros no clipe. Beyoncé começa em cima de uma viatura policial em um bairro alagado depois da passagem do Katrinan. E termina em uma das últimas cenas do clipe afundando com essa viatura, morrendo afogadA. Mas na última cena ela está bem prepotente balançando seu vestido Givenchy.
Figurino
Com produção impecável, o clipe leva novas e recentes coleções de roupa para a tela antes mesmo de chegarem nas lojas quebrando o paradigma do calendário de distribuição das coleções. Aparacem peças da Guci, Chanel, Zimmermann, Fendi e Alexandra Rich e quem cuida do figurino de Formation é Marni Senofonte e Shiona Turini. Clique nas fotos para ampliar em detalhes:
O GAROTO DE CAPUZ
Rouba a cena no vídeo dançando em frente a uma fileira de policiais com o gesto “hands up, don’t shoot” usado em protesto por todo o Estados Unidos após o caso de Michael Brown. Em seguida aparece no vídeo a frase pichada “Stop Shooting Us”: Parem de atirar em nós.
Samples
Beyoncé traz figuras como Messy Mya, um Youtuber da cidade de New Orleans, que comentava de maneira sarcástica o cotidiano da cidade para jovens como ele, assassinado em 2010 (clique aqui para saber mais) e a rapper Big Freedia (clique aqui para ver a fonte completa) conhecida como a rainha do Bounce.
Por essa e outras a gente aprende que ódio vira arte e transforma, por essas e outras que liberdade não deve ter precedentes além da ética humana. Por essas e outras que ser negro, bicha, maconheiro é um ato político. Parafraseando nosso amigo Peu no doc que quebrou a internet esse mês: Eu. Você. As pretas. As mulheres. As bichas. “Todo dia mais bicha, todo dia um level a mais. Igual Pokemon.” E nada de beijos pra inimigas. Beyoncé em Formation: ela arrasa quenga.
Sobre Box Fashion - redação
Redação do Box Fashion. Moda no polo de confecções do agreste Pernambucano. Consumo, mercado local e conteúdos especiais sobre tudo que cerca a moda. Iluminuras, criatividade e indústria fashion no interior de Pernambuco. @oboxfashion