Na série de vídeos Criativos de propósito, conversei com Mariana empreendedora do brechó Jardim 53, durante o Chá da BB, evento que reúne criativos e consumidores num encontro cultural de vendas, trocas e brechós. Mariana tem o brechó Jardim 53 na cidade de Caruaru e atua há um bom tempo (desde agosto de 2013) fazendo vendas de produtos e acessórios de moda usados.
Sempre engajada com a tarefa de levar opções de moda sustentável é daquelas que acredita que as roupas que vão mudar o mundo são as roupas que já existem no mercado. Ela está sempre por aqui no Box Fashion, lembram dela no encontro de criativos de 2016? Clique aqui para ver Mariana no Show Roon de talentos.
Veja o depoimento dela sobre sua missão com a moda, seus valores no presente e a visão de futuro dessa trabalhadora da moda e criativa.
Já viu o vídeo anterior com os propósitos de Nadol Budega? O criativo está também na série e deixou seu recado. Veja aqui:
Sobre Rodolfo Alves
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.
Vestido masculino – você já tem o seu? | Quem tem coragem de usar vestido masculino. Depois das discussões sobre moda agênero num passado muito recente de nossas vidas, quando as roupas sem destino certo para homens ou mulheres virou debate político sobre sexualidade, e o boicote às marcas se tornou tema preocupante dos pensadores do marketing da moda; eu voltei a me perguntar: como anda a desconstrução dessas ideias junto dos consumidores.
Esbarro num desfile maravilhoso com roupas costuradas por alunos do SENAI – Unidade Santa Cruz do Capibaribe, e neste mesmo, duas peças me chamam atenção. Dois vestidos desfilados por alunos homens. Marcamos as fotos após saber que uma amiga próxima estava envolvida com as peças.
Turma reunida, me ative a ouvir o assunto em volta dos vestidos e da experimentação em vestir a peça dita feminina:
“Tira o short que está por baixo, vestido não se usa com short.” “O cara buzinou pra gente enquanto a gente posava, tu viu?” “Minha mãe me mata se me ver de vestido.” “Vamos fazer uma foto com os dois juntos.” “Você pode caminhar bem blogueira, bem pintosa, movimente o corpo com detalhes, mova todas as articulações, deixe a câmera capturar o movimento e ande devagar.” “Esses vestidos são lindos.” “A senhorinha da igreja está sem entender tudo isso.”
No set de fotos, no meio da rua, nós lidávamos ainda com toda a quixoteria de vestir homens com uma peça humana desde a antiguidade. Imagina só em pleno 2017, ano dos imagináveis carros voadores, da passagem pelo Buraco de minhoca, nós ainda nos achávamos ousados em vestir um vestido. Mesmo assim todo processo se valida a cada no momento presente em que nós também estávamos, de olhos abertos para o futuro, para algo desconstruído e já presente, pelo menos em nosso desejo. E esse mesmo nos movia para lá.
Sou publicitário que vivo criando conteúdos e ideias, fuçando novidades. Amo a comunicação e estou interessado pela moda no mundo: seja ela nas passarelas de grifes famosas ou nas feiras populares do Brasil.